Lucas foi ovacionado pela torcida, maioria de são-paulinos, e causou a maior vaia ao técnico Mano Menezes quando foi substituído por Jonas durante a vitória da Seleção por 1 a 0 sobre a África do Sul, nesta sexta-feira. Mas dentro de campo sua atuação não foi boa. Os transtornos causados ao chefe, dentro e fora de campo, não serão punidos com a perda da posição. Antes do jogo, o treinador havia garantido que ele seria titular nesta sexta-feira, no amistoso contra a China, segunda, e também nos confrontos diante da Argentina, pelo Superclássico das Américas.
Para defender o jogador de críticas em razão de seu mau rendimento, Mano chegou a comparar sua situação à de Lionel Messi, que apesar de craque no Barcelona e eleito por três vezes seguidas o melhor jogador do mundo, era contestado na seleção argentina.
- Talvez tenham colocado uma responsabilidade grande sobre ele, passaram a semana dizendo que ele iria jogar, não havia sido aproveitado na Olimpíada e que seria a solução da Seleção. Só que ninguém, individualmente, é solução de Seleção nenhuma. O Messi, que é o melhor do mundo, só melhorou agora porque o coletivo da Argentina melhorou. Até pouco tempo se discutia isso - comparou.
Mano afirmou que fará uma análise de Lucas, mas somente depois da sequência de jogos que prometeu. Se fizesse isso agora, seria aproveitador, segundo suas próprias palavras.
O técnico, normalmente, pega muito no pé do meia-atacante. Em sua visão, Lucas, até por ser o mais jovem do grupo, com 20 anos completados depois de Neymar e Oscar, precisa de um amadurecimento maior do que os outros.
- Vamos cuidar dele como sempre cuidamos. É um grande potencial do futebol brasileiro, e fui deixando essa condição para resolver por último porque, na minha visão, ele precisava de um amadurecimento diferente dos demais. Teremos muito cuidado.
Lucas teve atuação apagada no Morumbi contra a África do Sul (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
