'Novo Lucas’ do São Paulo tira habilitação e quer ir à praia dirigindo

O meia-atacante Lucas Evangelista, do São Paulo, agora pode curtir melhor a folga de dez dias dada pelo clube, durante a parada para a Copa das Confederações. Pela primeira vez, o jogador poderá viajar sem precisar de carona. O atleta de 18 anos tirou sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Agora, o desejo é visitar os pais e cair na estrada.

- Pretendo ficar um pouco com os meus pais, que moram em Limeira (interior de São Paulo), porque sinto falta deles no dia a dia. Depois, quero aproveitar que agora posso dirigir e vou para a praia (risos) - comemorou, em entrevista ao site oficial do São Paulo.

Lucas Evangelista, meia do Tricolo, comemora habilitação (Foto: Rubens Chiri / São Paulo FC)

Xodó de Lucas, do PSG, da França, o xará Lucas Evangelista recebeu elogios do ex-companheiro de Tricolor quando foi promovido ao elenco profissional. O jogador fez sua estreia no dia 22 de maio, na vitória por 2 a 1 sobre o Londrina, em um amistoso.

Quando retornar ao Tricolor, no próximo dia 24, ele e os demais jogadores seguirão para o Centro de Formação de Atletas Laudo Natel. Em Cotia, os comandados do técnico Ney Franco treinarão de olho na decisão da Recopa, nos dias 3 e 17 de julho, contra o rival Corinthians. A disputa reúne os vencedores da Taça Libertadores da América e da Copa Sul-Americana do ano passado.

- Estamos de folga, mas não podemos perder o foco. Vamos aproveitar esse período para descansar, mas sem exageros. Teremos dois jogos difíceis contra o Corinthians e, por isso, não podemos relaxar.

Minas garante classificação na Liga Futsal ao vencer São Paulo/Suzano

Minas garantiu vaga para a segunda fase da Liga
Futsal (Foto: Luciano Bergamaschi/CBFS)

O Minas confirmou, na tarde deste sábado, a classificação da equipe na Liga Futsal e complicou a continuidade do São Paulo/Suzano no nacional, ao vencer a partida por 5 a 3. Jogando em casa, no Ginásio Arena, a equipe mineira encontrou dificuldades para confirmar a vitória durante toda a partida. Inicialmente a equipe esteve com a vantagem, recebeu a virada da equipe tricolor, mas recuperou a superioridade no marcador no final do segundo tempo.

Com os três pontos, o Minas garantiu matematicamente a vaga para a segunda fase da Liga Futsal, com 24 pontos em 15 jogos disputados. O São Paulo/Suzano está na décima sétima colocação, uma posição abaixo do grupo de 16 times na zona de classificação, e tem 13 pontos em 15 partidas. O Tricolor ainda tem condições de passar para segunda fase.

O próximo jogo do São Paulo/Suzano é fora de casa, contra o Orlândia, no Ginásio Maurício Leite de Moraes, nesta segunda-feira, às 20h15. No mesmo dia, o Minas recebe o São José, às 19h30, no Ginásio Arena.

O jogo

O Minas fez valer o mando de quadra. Mesmo com o time desfalcado, os donos da casa tomaram a iniciativa e conseguiram abrir o placar aos seis minutos, com o ala Tom. A derrota não era uma opção para os visitantes. Fora da zona de classificação, o São Paulo/Suzano necessitava da vitória. Aos 11 minutos, Thiago Gouvêa empatou o marcador.

São Paulo/Suzano ainda tem condições para
permanecer na competição (Foto: Thiago Fidelix)

O Tricolor voltou a balançar a rede com o gol de Johnny, aos 16 minutos de jogo. Com a vantagem, a equipe visitante conseguiu manter o resultado até o final do primeiro tempo.

Com o início da segunda etapa, o Minas conseguiu repetir a mesma eficiência no início da primeira etapa. Logo nos primeiros minutos, Lucas fez o segundo gol dos donos da casa na partida.

O empate durou pouco, Ferrugem colocou o São Paulo/Suzano novamente com a vantagem no placar. O Minas não se escondeu e tentou definir a classificação matemática. Aos 11 minutos veio o gol de empate com ala Diego Belém, que fez o terceiro gol da equipe mineira na partida. E para a tristeza da equipe são-paulina, Alexandre colocou a vantagem no placar. O Minas sacramentou a vitória com o gol de Kelson restando 3 segundos para fim do jogo.

Lugano reforça amor pelo Brasil e espera melhor estrutura até 2014

Lugano lembrou melhor época que teve na carreira,
no São Paulo (Foto: Edgard Maciel)

O Brasil tem mesmo um lugar especial no coração do zagueiro e capitão do Uruguai Diego Lugano. Ex-atleta do São Paulo, time pelo qual ganhou o Mundial de Clubes, Libertadores, Brasileirão e Paulista, o jogador evitou críticas ao país durante sua passagem pelo Recife. O jogador está na capital de Pernambuco se preparando para a estreia da Copa das Confederações e enfrentou, junto com os companheiros, problemas para treinar. Mas nada pareceu abalar a relação de amor do defensor com o país que o acolheu durante anos.

- A melhor etapa futebolística da minha vida foi aqui no Brasil. Estar aqui me traz boas lembranças. Tivemos problemas, mas no Brasil as pessoas são muito carinhosas e agradáveis e nos trataram muito bem. Isso não se encontra em todo lugar. Se fosse uma seleção europeia, acostumada com o melhor, passando pelo que enfrentamos, ela iria achar tudo muito ruim.

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Lugano fez críticas à estrutura que encontrou no Recife, mas em todos os momentos deixou claro que estava feliz por participar da Copa das Confederações no Brasil.

- Foi uma surpresa não ter o mínimo de comodidade para treinar, mas as críticas que fiz são construtivas. O Uruguai está aqui para somar e esperamos que a Copa das Confederações seja incrível, que o Brasil siga crescendo e que a Copa do Mundo seja melhor ainda. Estar aqui é uma brincadeira para nós.

O capitão do Uruguai, no entanto, reforçou o que já havia dito com exclusividade ao GLOBOESPORTE.COM e destacou que não deve voltar ao país para jogar futebol.

- Sempre tive propostas para voltar ao Brasil, a imagem que tenho do país é boa, mas acho que não é o momento de voltar. A família está acostumada com a Europa e tenho três filhos na escola. Voltar a jogar bola aqui não é uma decisão apenas esportiva, mas familiar.

Lugano foi campeão mundial pelo São Paulo em 2005 (Foto: Divulgação / Site Oficial do São Paulo)

Pausa para Copa das Confederações vale muito para Flu, Coritiba e Timão

Thiago Neves é um dos tricolores que ganharam
um tempo a mais para se recuperar de lesões
(Foto: Nelson Perez / Fluminense. F.C.)

A Copa das Confederações significa um vazio no coração dos torcedores apaixonados por seus clubes. A pausa, entretanto, será muito benéfica para grande parte dos participantes do Brasileirão, com destaque para Coritiba, líder da competição, Fluminense, atual campeão, e Corinthians, vencedor da última Libertadores.

O Tricolor das Laranjeiras é de longe o time que contará com mais reforços após pausa. Atualmente, são sete atletas entregues ao departamento médico, entre eles Thiago Neves, Felipe e Wellington Silva, além de três servindo à Seleção - Diego Cavalieri, Jean e Fred. Deco, já liberado para jogar após julgamento nesta sexta-feira, é outro que volta. Michael, suspenso preventivamente por uso de cocaína, ainda será julgado. Abel Braga, após a derrota por 2 a 1 para a Portuguesa, na última quarta-feira, celebrou a parada provocada pela Copa das Confederações.

- Esse tempo será precioso justamente para termos um grupo forte como ele realmente é. Estou recorrendo a meninos que não têm de resolver. Já resolveram em alguns momentos, como o Denilson, mas o time titular do Fluminense é completamente diferente desse (que perdeu para a Portuguesa). A parada significa recuperar um grupo de jogadores que não estou contando. Será importante nesse aspecto - festejou o comandante tricolor.

Renato Augusto volta ao Timão após a pausa
(Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians)

Também com sete jogadores entregues ao departamento médico, o Coritiba provavelmente poderá contar com todos que atualmente estão no estaleiro já contra o Flamengo, primeiro duelo após a Copa das Confederações. O técnico Marquinhos Santos contará com, por exemplo, os importantes retornos da eterna promessa Keirrison e do zagueiro Emerson. O atacante Deivid, que atuou no sacrifício nas últimas duas rodadas com uma inflamação na sola do pé esquerdo, mostrou-se aliviado.

- Esse problema estava incomodando bastante e provocando muitas dores. Agora, vou poder descansar e fazer um tratamento para voltar a jogar, no início de julho, completamente recuperado - estimou.

Quem também considera a pausa crucial para renovar as baterias dos atletas é o fisiologista do Corinthians, Bruno Mazziotti. Para ele, o período será ótimo para o meia Renato Augusto, fora do time desde março devido a um problema muscular na coxa direita. Ele é um dos seis atletas do Timão em tratamento.

- Essa parada é fundamental para ajustar os aspectos físico e técnico. Logicamente você tem uma apreciação melhor para programar a carga de trabalho dos atletas. Como não temos lesões muito graves, a ideia é ajustar tudo (as lesões) na primeira semana da pausa para reestabelecer por completo o elenco e botar Chicão, Paulo André, Edenílson e Alessandro para treinar junto com o grupo já na segunda semana da pausa. O Renato (Augusto) já está liberado clinicamente. Esse tempo ele vai usar para pegar tempo de bola e fazer treinos físicos e técnicos - afirmou.

Médico do Flamengo só vê benefícios

Representante de um time que não foi muito prejudicado por lesões, o médico Marcelo Soares, do Flamengo, procurou dar uma panorama geral da parada. Só há benefícios, segundo ele, e principalmente para os clubes que disputaram competições simultaneamente no primeiro semestre.

- Há a questão individual, mas o primeiro fator positivo é que você ganha um período a mais para os lesionados não perderem jogo nenhum. O outro aspecto é que o atleta vem sempre trabalhando no limite dele (enquanto disputa competições). Quando você dá uma parada, é a chance de fazer as regenerações que têm de ser feitas normalmente durante o campeonato. Não tem aquele treino regenerativo depois dos jogos? Então esse é o momento de aliviar as dores musculares e diminuir esse desgaste. Na parte física, como a maioria dos clubes só deu uma semana de folga para os jogadores, perde-se muito pouco. Logo eles recuperam. Não tem nada de negativo nessa pausa. É muito positivo, ainda mais para clubes que disputaram as finais dos estaduais e a Libertadores. Esses sofrem um desgaste muito maior - completou.

Embora faça campanha intermediária, também é válido destacar a líder no quesito jogadores entregues ao departamento médico. Trata-se da Portuguesa, com oito lesionados.

Confira gráfico dos lesionados:

Denilson lembra infância são-paulina e diz que joga no clube por amor

Denilson assina ao lado de Adalberto Baptista
(Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net )

O volante Denilson permanecerá por, pelo menos, mais quatro anos e meio em “casa”. Após renovar o contrato com o São Paulo até dezembro de 2017, o volante lembrou seu passado tricolor e garantiu que a relação estreita com o clube pesou, mesmo diante de propostas tentadoras de Grêmio, Cruzeiro e Santos.

- É onde tudo começou, onde aprendi tudo, não só na bola, mas muita coisa como homem. Sou profissional, a questão financeira é importante, mas aqui no São Paulo jogo com muito amor. Toda vez que visto a camisa é com muito amor e dedicação. É a minha casa, onde me sinto feliz. Sou são-paulino. Tudo o que eu disser aqui vai ser pouco pelo que estou sentindo - afirmou, em entrevista ao site oficial do São Paulo.

Denilson chegou ao time principal em 2005, promovido pelo técnico Paulo Autuori. Logo depois do título do Mundial de Clubes daquele ano, o volante foi vendido ao Arsenal. Retornou ao Morumbi, por empréstimo, em julho de 2011, e, na semana passada, acabou rescindindo seu contrato com o clube inglês.

- É um jogador com uma qualidade inquestionável, que não se encontra fácil no mercado. E, acima de tudo, tem um amor pelo clube. Ele foi revelado aqui e tem o DNA do São Paulo. É um grande reforço e, motivado, tem tudo para voltar à Seleção - disse o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista.

Com 128 jogos disputados com a camisa tricolor – e um gol marcado, no clássico contra o Palmeiras, no Brasileiro do ano passado –, Denilson revela que sua ligação com o clube vem de muito antes de se tornar jogador profissional.

- Aos três anos, meu pai me levou numa loja de esportes e me deixou livre para escolher qualquer camisa. Lembro como se fosse hoje. Escolhi a do São Paulo, a listrada. Minha mãe sempre sonhou em me ver jogando no Morumbi. Um mês depois que ela faleceu fui aprovado na base (com 11 anos). Esse momento, muito especial na minha carreira, dedico a ela, que deve estar muito feliz lá no céu - finalizou.