quinta-feira, 6 de junho de 2013

Troca intensa de técnicos marca primeiras rodadas do Brasileirão

Jorginho jogo Flamengo contra Náutico (Foto: Cristiano Andujar / Agência Estado)Jorginho viu o Fla perder para o Náutico e deixou o
cargo (Foto: Cristiano Andujar / Agência Estado)

A tendência no Brasileirão 2012 foi a manutenção dos técnicos, tanto que nove clubes não demitiram seus comandantes do início ao fim da competição, um recorde na era dos pontos corridos. Neste ano, porém, as primeiras rodadas já fizeram quatro vítimas. Comparando com a temporada passada, apenas um técnico havia sido demitido a essa altura: Adilson Batista deixou o Atlético-GO após a segunda rodada. A quarta mudança só aconteceu depois da 10ª rodada. A julgar pela média de 2013 de uma demissão por rodada, o emprego de ninguém está garantido por muito tempo.

Neste ano, o primeiro a cair depois de apenas duas partidas foi Muricy Ramalho, que estava no Santos há pouco mais de dois anos, e foi demitido em nome de uma reformulação após a também muito sentida saída do craque Neymar para o Barcelona. A diretoria elegeu o treinador do time sub-20, Claudinei Oliveira, como substituto, garantindo que ele não seria interino, mas já mudou de ideia e está buscando alguém mais experiente no mercado. Na rodada seguinte, foi a vez de Silas perder o emprego no Náutico e, neste meio de semana, Jorginho, do Flamengo, e Guto Ferreira, da Ponte Preta, não resistiram ao início ruim de suas equipes no Brasileiro. Os três clubes optaram momentaneamente por interinos, enquanto negociam com um novo treinador.

Em 2012, ao todo, foram 20 mudanças de comando, a menor também em dez anos de pontos corridos, uma tendência que vem baixando, com exceção de 2010, que teve 31 trocas. Em 2011, foram 22, em 2009, 23, em 2008, 27, em 2007, 24, em 2006, 28, e assim por diante. E, além dos quatro que já perderam o emprego, outros técnicos foram ou vêm sendo muito questionados recentemente. Ney Franco teve que ouvir gritos de Muricy na derrota do São Paulo para o Goiás, enquanto Luxemburgo esteve prestes a ser demitido do Grêmio após a eliminação na Libertadores, mas foi mantido e o time teve uma boa largada no Campeonato Brasileiro.

Na Série B, em que as mudanças de técnicos são bem mais constantes - foram 35 em 2012 -, também ocorreram quatro trocas até o momento. Bragantino, Ceará, Icasa e Paysandu não tiveram paciência com os trabalhos de Mazola Júnior, Leandro Campos, Francisco Diá e Lecheva, respectivamente. Vagner Benazzi assumiu o comando da equipe de Bragança Paulista, enquanto Givanildo Oliveira inicia sua jornada no Papão nesta sexta-feira. As equipes cearenses treinam sob o comando de interinos, por enquanto.



Maicon se apega a retrospecto fora de casa para reagir no Brasileirão

Maicon São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)Maicon confia em retrospecto como visitante para
reagir no Brasileirão (Foto: Marcos Ribolli)

A perda da invencibilidade do São Paulo no Campeonato Brasileiro não tirou a confiança de Maicon. Após a derrota por 1 a 0 para o Goiás, na última quarta-feira, no Morumbi, o jogador aposta no retrospecto positivo fora de casa na competição para o time conseguir a reabilitação já no próximo compromisso.

Invicto como visitante na competição, o Tricolor tem pela frente o Grêmio, em Porto Alegre, na próxima quarta. Será o último jogo antes da parada para a disputa da Copa das Confederações. Um resultado positivo aliviaria a pressão sobre Ney Franco.

Até o momento, o Tricolor bateu a Ponte Preta, em Campinas, por 2 a 0, e empatou por 0 a 0 com o Atlético-MG, em Belo Horizonte. O desempenho longe do Morumbi é o principal responsável para a equipe figurar na vice-liderança da competição. O São Paulo tem sete pontos, assim como o Cruzeiro, que leva vantagem no número de gols marcados (nove a sete).

– Conquistamos dois bons resultados fora de casa e temos condições de pontuar de novo. Claro, o Grêmio tem uma grande equipe e muita força na Arena, mas podemos ir lá e trazer um resultado positivo – disse Maicon ao site oficial do clube.

O revés para o Goiás causou protestos da torcida. No segundo tempo, uma parte pediu o retorno de Muricy Ramalho, insatisfeita com o trabalho de Ney Franco na atual temporada, principalmente pelas eliminações no Paulistão e na Libertadores.

– Até pela importância da camisa do São Paulo, não podemos pensar em outra colocação. O campeonato é equilibrado, mas queremos evitar esse perde e ganha – finalizou Maicon.



PH Ganso nega propostas, mas não descarta sair do São Paulo

Ganso (Foto: Cleber Akamine)Ganso admite conversa caso receba proposta
(Foto: Cleber Akamine)

Mesmo sem mostrar no São Paulo o bom futebol que esbanjou no Santos, o nome de Paulo Henrique Ganso voltou a aparecer como alvo de clubes do exterior para a reabertura do mercado internacional. Cotado para trocar o Tricolor pelo Paris Saint-Germain, o jogador garantiu que não recebeu nenhuma proposta, mas não descartou ir embora.

- Não chegou nada, apenas especulação. O que chegar vai ficar nas mãos dos meus empresários - disse o meio-campista na entrevista coletiva desta quinta-feira, no CT da Barra Funda.

Há duas semanas, o discurso da diretoria era o mesmo. O diretor de futebol Adalberto Baptista, porém, admitiu que uma oferta muito boa poderia fazer o clube liberar o meia.

O São Paulo desembolsou R$ 16,4 milhões para contratar Ganso do Santos no ano passado. O clube ficou com 32% dos direitos. O Grupo DIS injetou R$ 7,5 milhões para completar a transferência e possui 68% (a empresa já tinha uma porcentagem dos direitos dele, em acerto feito ainda na época que jogava no Santos).

- Tem de ver com o São Paulo. Eu estou muito feliz. Se chegar (proposta), vamos sentar e conversar – ressaltou Ganso.

Paulo Henrique ainda não conseguiu engrenar no Tricolor. Ele alternou boas e más atuações desde o início do ano e ficou fora das três primeiras partidas do Brasileirão por causa de uma lesão na coxa esquerda. O discreto retornou aconteceu na derrota para o Goiás, quarta, no Morumbi.

- Tenho mais quatro anos e meio de contrato com o São Paulo. Penso em cumprir – afirmou.



Ganso vê Muricy mais preparado, mas espera permanência de Ney

Paulo Henrique Ganso, meia do São Paulo (Foto: Divulgação/ Site Oficial do São Paulo)Ganso espera que diretoria mantenha Ney Franco
(Foto: Divulgação/ Site Oficial do São Paulo)

As especulações sobre a troca de comando no São Paulo geram comparações entre Ney Franco e Muricy Ramalho também entre os jogadores. Para o meia Paulo Henrique Ganso, que trabalhou com os dois treinadores, Muricy está um estágio acima de Ney devido ao histórico de conquistas. Isso não quer dizer, no entanto, que o meia aprova a substituição. Pelo contrário, ele pede que seja dado um voto de confiança ao atual comandante tricolor.

- A diferença dos dois é que o Muricy já ganhou muita coisa no futebol, tem uma carreira mais consolidada, enquanto que o Ney Franco está no começo, ainda tem muito a conquistar, mas tem tudo para fazer um bom trabalho no São Paulo. O campeonato está apenas começando e nós já estamos nas primeiras colocações - disse o camisa 8 do São Paulo, nesta quinta-feira, em entrevista coletiva no CT da Barra Funda.

O nome de Muricy, demitido do Santos na semana passada, voltou a ganhar força entre os torcedores principalmente após a derrota por 1 a 0 para o Goiás, na última quarta, no Morumbi. O revés em casa causou protestos dos pouco mais de 8 mil que compareceram ao estádio e, insatisfeitos com Ney Franco, gritaram “É Muricy, é Muricy”. Apesar dos pedidos, o presidente Juvenal Juvêncio descartou o retorno de Muricy ao Morumbi.

- Muricy é um treinador muito vitorioso, mas temos de manter o trabalho, conversar com o Ney e melhorar nos treinamentos. O Ney está fazendo a parte dele. Essa foi a primeira que perdemos na competição - completou Ganso.

O meia foi comandado por Muricy no Santos. Juntos, eles conquistaram dois Paulistas (2011 e 2012) e uma Libertadores (2011). Pelo Tricolor, o meia ainda busca a primeira taça. Depois de chegar na metade da temporada passada e pouco atuar devido a lesões, ele ainda tenta superar as limitações físicas parara recuperar o bom futebol mostrado no início da carreira no Peixe.

Contra o Goiás, aliás, Ganso fez sua estreia no Brasileirão. Em recuperação de uma lesão muscular na coxa esquerda, sofrida nas oitavas de final da Libertadores contra o Atlético-MG, ele desfalcou o São Paulo nas vitórias sobre Ponte Preta e Vasco e também no empate com o Galo.



Juvenal descarta retorno de Muricy Ramalho ao São Paulo: 'Não!'

juvenal juvencio são paulo (Foto: Agência Estado)Juvenal Juvêncio diz que não vai tentar contratar
o técnico Muricy Ramalho (Foto: Agência Estado)

Apesar dos pedidos da torcida durante a derrota para o Goiás, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro, o técnico Muricy Ramalho não será contratado pelo São Paulo. É o que garantiu o presidente Juvenal Juvêncio na chegada ao CT da Barra, nesta quinta-feira à tarde. Com seu motorista particular, o dirigente apareceu no local às 15h50 e seguiu diretamente para a área destinada aos jogadores. O caminho, porém, fica localizado ao lado da sala de imprensa.

Questionado pela reportagem do GLOBOESPORTE.COM se o treinador seria contratado, o mandatário cravou:

– Não! – afirmou, caminhando, aos risos.

Juvenal não quis parar para conversar com a imprensa, mas disse que analisaria o pedido para conceder uma entrevista após o treinamento do elenco. A última vez que o dirigente falou foi na dispensa de sete jogadores após a eliminação nas oitavas de final da Taça Libertadores.

A pressão sobre Ney Franco é bastante grande, mesmo com o bom início no Brasileirão – duas vitórias, um empate e uma derrota. Durante a má atuação diante do Esmeraldino, os torcedores pediram o retorno de Muricy Ramalho, demitido do Santos há duas semanas.

A cobrança caiu também sobre os dirigentes. Após o jogo, tricolores se aglomeraram no portão principal do Morumbi para cobrar a saída de Juvenal. O volante Denilson, o lateral-esquerdo Juan, o zagueiro Lúcio e o atacante Luis Fabiano também tiveram suas cabeças pedidas.



Mesmo com classificação, Cabral condena postura de seus jogadores

SPFC/Suzano x Araçariguama oitavas Liga paulista (Foto: Thiago Fidelix)Tricolor passou de fase mas não agradou o técnico
Fernando Cabral (Foto: Thiago Fidelix)

Ao superar o Araçariguama por 6 a 5 na noite da última quarta-feira, no segundo jogo das oitavas de final da Liga Paulista de futsal, podia-se imaginar que o treinador do São Paulo/Suzano, Fernando Cabral, estaria satisfeito com o desempenho de sua equipe. Porém, após a partida, o técnico tricolor desabafou e se mostrou insatisfeito com o comportamento dos atletas são-paulinos, que precisaram da prorrogação para avançar, após empatarem no tempo normal em 4 a 4.

- Vou ser curto: nossa equipe teve o pior comportamento do ano. Sem menosprezar o adversário, mas não soubemos entender o primeiro jogo e muito menos o de hoje. Mas é futsal. Não tem merecimento, porque se tivesse, eles deveriam ter saído com a vaga. Mas é bola na rede, fizemos um gol a mais e estamos classificados. Se o que vale é isso, vamos comemorar - comentou, insatisfeito.

No primeiro confronto o Tricolor só se livrou da derrota no finalzinho da partida, com um gol marcado pelo ala Johnny, que atuava como goleiro linha. Já no jogo decisivo, o São Paulo saiu na frente, mas permitiu a reação do adversário.

- Hoje faltou um pouco de cada coisa. Não podemos abrir 2 a 0 dentro de casa, perder no mínimo cinco gols, um deles sem goleiro, e depois sofrer o que sofremos. Sou treinador e aviso. Eu respeito os adversários. Não sei se nossa equipe teve o respeito ideal. Que sirva de lição e aprendizado, mas como futsal é aproveitamento, estamos classificados - desabafou Cabral.

SPFC/Suzano x Araçariguama oitavas Liga paulista 2 (Foto: Thiago Fidelix)São Paulo/Suzano precisou da prorrogação para superar o Araçariguama e avançar na Liga Paulista
(Foto: Thiago Fidelix)

O comandante acredita que sua equipe tenha entrado com o chamado "salto alto", por isso encontrou dificuldades durante a partida. Para ele, os jogadores precisam colocar a cabeça no lugar e trabalhar com seridade em todos os confrontos.

- Nossa equipe é uma equipe simples. Não é porque estamos vestindo a camisa de um clube grande que temos que nos achar maiores. Eles sabem disso. Se eles não forem operários todo jogo, todo jogo, complica - concluiu.

Ainda sem adversário definido nas quartas de final do campeonato estadual, agora o São Paulo/Suzano se concentra nas disputas da Liga Futsal, já que no próximo sábado o time recebe o Cascavel, a partir das 17h, no ginásio Professor Roberto David, em Suzano.



Por empréstimo, Mirassol contrata quatro reforços do São Paulo

O Mirassol apresentou na tarde de quarta-feira, no estádio José Maria de Campos Maia, quatro reforços que vieram de empréstimo do São Paulo. Os jogadores chegam para disputar a Copa Paulista.

A competição, que movimenta os clubes de São Paulo que não disputam nenhuma divisão nacional no segundo semestre, muitas vezes é usada como laboratório pelas equipes para testarem atletas mais jovens.

Quem fará esta função para parte do elenco do Tricolor Paulista é o time de Mirassol. O meia Paulinho, o volante Marcel e os zagueiros Marcelo Augusto e Luiz Paulo foram cedidos de forma gratuita até o final da Copa Paulista.

- Estamos muito contentes de vestir a camisa do Mirassol. É um time com estrutura e ótima visibilidade no futebol brasileiro – afirmou o volante Marcel, de 21 anos.

Os reforços chegam não só com o objetivo de exibirem seu trabalho individual, mas também buscam colocar o Mirassol em âmbito nacional.

– Vamos fazer de tudo para ajudar o Leão a se classificar para a Copa do Brasil – acrescentou o meia Paulinho, de 21 anos, que fez o gol da vitória sobre o selecionado de Bady Bassitt, aos 21 minutos do segundo tempo.

Paulinho, Marcel, Marcelo Augusto e Luiz Paulo, reforços do Mirassol que vieram do São Paulo (Foto: Vinicius de Paula/Agência Mirassol FC)Atletas do São Paulo reforçam o Mirassol para a Copa Paulista (Foto: Vinicius de Paula/Agência Mirassol FC)

Sobre o amistoso contra a equipe da cidade vizinha a Mirassol, que terminou em 1 a 0, o técnico Anderson Batatais fez avaliações positivas e prevê evolução nos próximos jogos.

– Gostei da atuação do time na segunda etapa. Temos muito a melhorar ainda, mas com o tempo vamos aperfeiçoando o ritmo de jogo – comentou o treinador.

A estreia do Mirassol na Copa Paulista - competição que garante ao campeão vaga na Copa do Brasil de 2014 - é contra o Linense, no domingo, dia 14 de julho, às 10h, no Maião. O Leão da Araraquarense está no Grupo 1, ao lado de Francana, Noroeste, de Bauru, Atlético Monte Azul e Rio Preto.



Ney mira Recopa contra Corinthians para mudar o ano do São Paulo

Ney Franco olha para o mês de julho com esperança. O São Paulo não consegue engrenar na temporada e vem despertando a ira da torcida, como na derrota em casa para o Goiás (veja os melhores momentos do jogo no vídeo ao lado). No entanto, o treinador acredita que uma vitória sobre o arquirrival Corinthians na decisão da Recopa Sul-Americana poderá transformar o ano do time.

– Título é sempre bom para clube, torcedores e jogadores. Temos essa final em que o São Paulo chega na mesma situação do Corinthians. É uma competição equilibrada. A equipe que ganhar fica mais forte para o final da temporada – afirmou.

Os confrontos entre o campeão da Taça Libertadores e da Copa Sul-Americana de 2012 estão marcados para os dias 3 e 17 de julho. A primeira partida será disputada no Morumbi, e a segunda no Pacaembu. Não há vantagem do empate.

Grande inimigo do São Paulo nos últimos anos, o Corinthians vem levando vantagem em 2013. Em dois confrontos pelo Campeonato Paulista, o Timão venceu um (2 a 1 pela primeira fase) e empatou outro (0 a 0, mas venceu nos pênaltis e avançou à decisão diante do Santos).

A torcida são-paulina, aliás, colocou o título da Recopa em sua lista de cobranças após a derrota para o Goiás. Os torcedores exigiram a conquista enquanto protestavam na porta do Morumbi.

ney franco são paulo (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)Ney Franco, técnico do São Paulo (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)



Ney se exime de culpa após derrota: 'O problema não é o treinador'

De quem é a culpa pela temporada irregular do São Paulo até agora? Depois da derrota para o Goiás (veja os melhores momentos do jogo no vídeo ao lado), a primeira no Campeonato Brasileiro, o técnico Ney Franco e a diretoria mostraram que divergem em alguns pontos. Para o comandante, o erro não é do treinador. Já para o vice-presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, a culpa não é dos jogadores.

– Acho que o problema não é o treinador. É ruim chegar aqui e ser meu próprio advogado. Quando tem o insucesso é um pouco de cada coisa. Hoje estou como treinador do São Paulo, mas o cargo é do clube. Tenho firmeza em continuar, mas não sou eu que tomo algumas decisões – afirmou Ney.

O técnico começou a cobrar a chegada de reforços no início do ano, logo após perder Lucas. A reposição, porém, não foi à altura. A diretoria optou por jogadores menos badalados, como Aloísio, Silvinho e Roni, mas garante que está no mercado de olho em atletas de renome que hoje atuam no futebol internacional. Vágner Love, do CSKA, é um deles.

– Não é falta de jogador. O São Paulo tem bons jogadores, indiscutivelmente. Contra o Goiás não estiveram em campo alguns de grande categoria, como Rafael Toloi e Denilson. A questão tática pode ser discutida, mas não sou eu a pessoa abalizada para responder isso – disse Leco, que hoje não faz mais parte do departamento de futebol.

Ney Franco São Paulo grupo jogadores (Foto: Rubens Chiri / Site oficial do São Paulo FC)Ney Franco (de costas) conversa com jogadores do São Paulo (Foto: Rubens Chiri / Site oficial do SPFC)

Quando tinha poderes no setor, o dirigente foi um dos responsáveis pela saída de Muricy Ramalho em 2009. Curiosamente, o nome do técnico foi gritado pela torcida durante a derrota por 1 a 0 em casa para o Esmeraldino. Leco, porém, vê a postura dos tricolores como normal.

– É uma reação natural, ainda mais por ser um técnico como o Muricy, com a história que tem, como jogador, sócio, homem são-paulino, que conquistou um tricampeonato brasileiro. É um peso grande (para Ney Franco). Não significa que vá acontecer qualquer coisa no sentido de contratação ou que se desenvolva alguma coisa nesse sentido.

Ney garante que o trabalho continuará normalmente no Tricolor e que, até o momento, não notou qualquer mudança nos planos traçados pela diretoria. Mas deixa o futuro em aberto.

– Tem de saber avaliar. Se eu chegar a uma definição de que sou o problema, sou o primeiro a dar o boné. Não quero atrapalhar o São Paulo.



Vilaron, sobre gritos por Muricy: 'Essa sombra vai atormentar o Ney'

O São Paulo entrou invicto em campo no Morumbi na noite desta quarta-feira, enquanto o seu adversário, o Goiás, estava na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Mas como a lógica muitas vezes não entra em campo no futebol, o time esmeraldino venceu por 1 a 0 com um gol marcado logo no primeiro minuto, com o zagueiro Rodrigo. Com a derrota, além dos gritos de "fora Juvenal", pôde se ouvir o nome de Muricy Ramalho entoado com força nas arquibancadas. Para o comentarista do SporTV Wagner Vilaron, esse "fantasma" ainda promete assombrar bastante o técnico tricolor Ney Franco.

- Não tem jeito, esse fantasma vai ficar em cima do Ney Franco. Enquanto o São Paulo não vencer, essa sombra vai atormentar o Ney Franco, pode ter certeza - afirmou o jornalista do Canal Campeão.

Para o ex-jogador e também comentarista Belletti, o problema do time tricolor não passa pelo banco de reservas.

- Normal (que isso aconteça), num jogo em casa, perdendo para uma equipe como Goiás, que estava na zona de rebaixamento. Claro que a torcida vai ficar impaciente. Acho que o Ney Franco armou bem o time, mas infelizmente não conseguiram concluir as tantas oportunidades que tiveram em gols. No São Paulo não é um problema para treinador resolver. Se uma equipe cria mais de 20 oportunidades de gol durante 90 minutos, não é culpa do treinador que tantas oportunidades não acabem em gol.

Belletti destacou que, por ter levado o gol logo no início do jogo, o São Paulo foi obrigado a sair mais para buscar o empate, o que deu boas chances ao Goiás no contra-ataque. Mesmo assim, o Tricolor teve um bom volume no ataque.

- Foi um jogo em que o Goiás fez um gol no começo da partida e a partir dali começou a se defender, colocou os 11 jogadores atrás da linha da bola, dificultando o ataque do São Paulo, que mesmo assim criou muitas ocasiões de gol, mas não conseguiu concluir. O Goiás foi muito inteligente. Apesar de tudo, jogando num esquema um pouco diferente, com só dois atacantes, o São Paulo finalizou muito, 24 vezes. Não fez o gol por falta de sorte ou incompetência.

O São Paulo, com sete pontos, só volta a jogar no dia 12 de junho, quando enfrenta o Grêmio, às 22h, em Porto Alegre. O Goiás, agora com cinco pontos, enfrenta o Fluminense no domingo, às 18h30, em Macaé, no Rio de Janeiro.

Banner SporTV Premiere FC (Foto: SporTV.com)


Veja os resultados de quarta-feira das Séries A, C e D e de quatro estaduais

06/06/2013 00h41 - Atualizado em 06/06/2013 00h41

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

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Ney ignora pedidos por Muricy e diz estar respaldado pela diretoria

O técnico Ney Franco manteve o tom sereno na entrevista coletiva após a derrota do São Paulo para o Goiás, por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Morumbi, pela quarta rodada do Brasileirão. Durante e depois da partida, os oito mil torcedores presentes pediram a volta do técnico Muricy Ramalho, demitido pelo Santos na semana passada. O atual comandante tricolor garante que não se sente pressionado pela manifestação e entende ter o apoio da diretoria.

- Tenho de entender (o protesto) pelo momento que passamos, de frustração por causa de duas eliminações seguidas (Paulistão e Libertadores). Eu entendo essa impaciência. Não tem interferência no meu trabalho, vou continuar normalmente. Sei que não me atrapalha em nada esses gritos. Tenho força suficiente para desenvolver meu trabalho - afirmou.

Ney vem sendo pressionado desde que o São Paulo caiu nas oitavas de final da Libertadores, diante do Atlético-MG, em uma de suas piores campanhas na história da competição. Apesar disso, a diretoria optou por mantê-lo e mudar o elenco. O treinador acredita que continua forte no cargo e não teme uma possível mudança de postura dos dirigentes agora que o técnico tricampeão brasileiro pelo Tricolor está no mercado.

- Acho que sim (estou respaldado). Está tudo na mesma situação. É dessa forma que vou me apresentar para trabalhar no clube. O vestiário está tranquilo, da mesma forma de todos os outros jogos. Não vi nada de anormal - ressaltou.

O comandante admitiu a má atuação diante do Esmeraldino. O São Paulo ficou em desvantagem logo no primeiro minuto, em nova falha da defesa pelo alto. Na etapa final, mesmo depois de tantas mudanças de jogadores e de posições, o time não reagiu e acabou derrotado pela primeira vez na competição.

- Fizemos um primeiro tempo muito mal. Criamos pouco e tomamos um gol em uma jogada que estamos trabalhando muito. A equipe ficou nervosa e, no segundo tempo, não teve competência para fazer o gol. Hoje foi um misto de competência do Renan (goleiro do Goiás) e de falta de capacidade nossa - lamentou.

Clique aqui e assista a vídeos do São Paulo

Ney Franco, Atlético-MG x São Paulo (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)Ney Franco garante que vaias não interferem em seu trabalho (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)



Após derrota, torcida do São Paulo protesta e pede a volta de Muricy

O apito final não foi o bastante para a torcida do São Paulo interromper os protestos contra o time, o técnico Ney Franco, o presidente Juvenal Juvêncio e parte do elenco. Após a derrota por 1 a 0 para o Goiás, no Morumbi, pela quarta rodada do Brasileirão, parte dos torcedores se dirigiu ao portão principal do Morumbi para continuar as críticas.

Juvenal voltou a ser um dos alvos preferidos dos gritos, sempre exigindo a saída dele do cargo. O volante Denilson, o lateral-esquerdo Juan, o zagueiro Lúcio e o atacante Luis Fabiano também foram hostilizados enquanto estavam nos vestiários.

A torcida cobrou o retorno do técnico Muricy Ramalho, demitido do Santos na semana passada. O treinador conquistou o tricampeonato brasileiro pelo Tricolor (2006, 2007 e 2008), deixando o clube após a eliminação na Libertadores de 2009.

Com o tumulto na porta do estádio, a polícia militar organizou um cordão de isolamento para que nenhum torcedor tentasse invadir.

Esta é a segunda vez que os tricolores protestam contra o time. Em abril, um grupo se reuniu em frente ao CT da Barra Funda para cobrar por causa dos maus resultados na primeira fase da Libertadores.

Torcida do São Paulo protesta contra o time (Foto: Carlos Augusto Ferrari)Torcedores se concentram em frente ao Morumbi para protestar (Foto: Carlos Augusto Ferrari)

Torcida do São Paulo protesta contra o time (Foto: Carlos Augusto Ferrari)Policiais à postos para evitar confusão na entrada do estádio  (Foto: Carlos Augusto Ferrari)



Atuações: Renan e a defesa do Goiás seguram o São Paulo no Morumbi

Header Sao Paulo (Foto: Infoesporte)

ROGÉRIO CENI – GOLEIRO
Sem culpa no gol do Goiás, apareceu no segundo tempo em chute de Ramon. No ataque, arriscou chute em cobrança de falta, mas a bola ficou na barreira.
Nota: 5,5

DOUGLAS – LATERAL DIREITO
Apareceu com frequência no ataque, mas pecou nas finalizações. Na defesa, salvou gol certo de Hugo após bom contra-ataque dos goianos.
Nota: 5

ALOÍSIO – ATACANTE
Entrou no lugar de Douglas e mudou o setor ofensivo do São Paulo. Já faz por merecer uma chance entre os titulares.
Nota: 6,5

LÚCIO – ZAGUEIRO
Participação direta no gol do Goiás. Deixou Rodrigo livre para subir e cabecear.
Nota: 4

PAULO MIRANDA – ZAGUEIRO
Compôs bem o seu lado da defesa são-paulina.
Nota: 5

JUAN – LATERAL ESQUERDO
Perdeu chance clara no início do segundo tempo. Apoiou bastante, mas não mostrou muita eficiência nos cruzamentos.
Nota: 5,5

SILVINHO – ATACANTE
Entrou na vaga de Juan e pouco tocou na bola.
SEM NOTA

WELLINGTON – VOLANTE
Teve trabalho para desarmar os contra-ataques do Goiás, principalmente no primeiro tempo.
Nota: 4

RODRIGO CAIO – VOLANTE
Corre o campo todo e não desiste das jogadas. Não tem muita qualidade para decidir o jogo com a bola nos pés, mas compensa com a dedicação.
Nota: 6

MAICON – MEIA
Lento e sem muita objetividade, foi peça nula do meio-campo.
Nota: 4

CARAMELO – LATERAL DIREITO
Entrou no lugar de Maicon e foi notado em campo apenas porque recebeu cartão amarelo.
Nota: 4

PAULO HENRIQUE GANSO – MEIA
Retorno apagado ao time titular. Errou passes e atrapalhou a sequência das jogadas ofensivas do São Paulo.
Nota: 4

OSVALDO – ATACANTE
Incomodou a defesa com suas arrancadas pelas laterais do campo. Mas caiu de produção na segunda etapa.
Nota: 5,5

LUIS FABIANO – ATACANTE
Referência do time, levou perigo em uma cabeçada, no primeiro tempo, e um chute rasteiro, na segunda etapa. Renan levou a melhor nas duas ocasiões.
Nota: 5,5

Header GOIAS (Foto: Infoesporte)

RENAN – GOLEIRO
Bem posicionado em todas as finalizações do Tricolor, salvou o Goiás com pelo menos três boas defesas. Destaque para lance com Juan, no início do segundo tempo.
Nota: 7,5

VALMIR LUCAS – ZAGUEIRO
Para conter os avanços do São Paulo, teve de apelar para as faltas.
Nota: 5,5

ERNANDO – ZAGUEIRO
Fez o simples e não comprometeu o setor defensivo do Goiás.
Nota: 6

RODRIGO – ZAGUEIRO
Apareceu com eficiência no ataque ao abrir o marcador no começo do jogo. Ganhou disputa com Lúcio e cabeceou sem dar chances ao goleiro Rogério Ceni.
Nota: 7

VITOR – LATERAL DIREITO
Teve trabalho para conter os avanços de Juan pelo seu setor. Recebeu cartão amarelo por disputa com o são-paulino.
Nota: 5,5

THIAGO MENDES – VOLANTE
Posicionado à frente da zaga, foi mais um na boa retranca feita pelo Goiás no segundo tempo.
Nota: 6,5

RAMON – MEIA
Obrigou Rogério Ceni a fazer boa defesa no segundo tempo. Ajudou a compor bem a defesa quando necessário.
Nota: 5,5

HUGO – MEIA
Movimentou-se bastante e se apresentou para o jogo. Teve boa chance para marcar em chute que Douglas conseguiu desviar para escanteio.
Nota: 6,5

JULIANO – VOLANTE
Entrou no lugar de Hugo nos acréscimos.
SEM NOTA

WILLIAM MATHEUS – LATERAL ESQUERDO
Deu cruzamento para o gol marcado por Rodrigo no começo da partida.
Nota: 6

ARAÚJO – ATACANTE
Podia ter levado o Goiás com mais vantagem no marcador. Perdeu grande oportunidade no fim da primeira etapa.
Nota: 6

FELIPE AMORIM – ATACANTE
Entrou na vaga de Araújo para puxar contra-ataques, mas não teve muito sucesso em sua tática.
Nota: 5

WALTER – ATACANTE
Apagado no primeiro tempo, chamou mais a atenção na reclamação pelas chances perdidas pelos companheiros. Foi substituído no intervalo.
Nota: 5

NETO BAIANO – ATACANTE
Entrou no lugar de Walter, trombou com a defesa e arriscou alguns chutes de longa distância.
Nota: 5,5



Juan reclama de vaias da torcida são-paulina: 'Preciso de confiança'

A boa campanha do São Paulo no Campeonato Brasileiro foi esquecida no primeiro tropeço da equipe na competição. Nesta quarta-feira, o Tricolor foi derrotado em casa pelo Goiás por 1 a 0, perdeu a liderança da competição e teve de enfrentar sua primeira crise com a torcida.

Além das vaias, os quase nove mil são-paulinos que foram ao Morumbi para acompanhar a quarta rodada da competição nacional pediram o retorno do técnico Muricy Ramalho ao clube antes mesmo do apito final do árbitro Francisco Carlos do Nascimento.

– Paciência sempre falta ao torcedor. O brasileiro em geral não é paciente. Jogando em casa, em time grande, se não vence a cobrança vem. Não tem como fugir disso – admitiu Juan.

O lateral-esquerdo criticou a postura dos torcedores e pediu um voto de confiança aos tricolores neste início de Brasileirão.

– É claro que é pior vaiar. Com o apoio já é difícil, ainda mais eu que estou voltando agora. Preciso de confiança. Assim fica difícil – completou o lateral-esquerdo.

Com sete pontos ganhos, o São Paulo volta a campo no Campeonato Brasileiro somente na próxima quarta-feira, dia 12 de junho. O Tricolor viaja até Porto Alegre para enfrentar o Grêmio, às 22h (horário de Brasília).

Juan, São Paulo x Goiás (Foto: Ale Cabral/Agência Estado)Juan disputa jogada com o atacante Walter, do Goiás (Foto: Ale Cabral/Agência Estado)



Luis Fabiano reclama da falta de criação do Tricolor contra o Goiás

O São Paulo sofreu sua primeira derrota no Campeonato Brasileiro nesta quarta-feira, no estádio do Morumbi. Superado por 1 a 0 pelo Goiás, o Tricolor esbarrou nos próprios erro, não conseguiu ter volume de jogo como nas primeiras rodadas e saiu da própria casa ouvindo vaias da torcida. O atacante Luis Fabiano reclamou das poucas chances criadas pela equipe ao longo da partida.

Referência do setor ofensivo são-paulino, o Fabuloso aprovou a postura do time, apesar da derrota inesperada. O atacante ressaltou o domínio tricolor em chances – especialmente no segundo tempo, após uma etapa inicial apática – mas reclamou do fato de a bola mal ter chegado ao ataque, para que ele e Osvaldo buscassem ao menos o empate.

– Jogamos em cima, tivemos mais posse de bola e mais iniciativa, mas não conseguimos criar. Faltou criação, fazer mais jogadas. Aí fica difícil. Fomos abaixo do esperado – afirmou, em rápida entrevista na saída do gramado.

Claramente irritado com o resultado adverso, Luis Fabiano deixou o campo com expressão de poucos amigos. A baixa produtividade refletiu também em parte dos 8.892 torcedores que compareceram ao Morumbi: o nome de Muricy Ramalho, técnico recém-demitido do Santos e ídolo no Tricolor, foi gritado com veemência.

Reserva na noite desta quarta-feira, o atacante Aloísio preferiu elogiar a equipe do Goiás, que marcou o gol da vitória logo no início do primeiro tempo e soube segurar o resultado. Para ele, resultados inesperados são normais no Campeonato Brasileiro, e o Tricolor poderá se recuperar do vacilo vencendo como visitante.

– O Brasileiro é assim mesmo. Às vezes conseguimos pontos fora de casa, mas em outras perdemos jogos em casa que não para explicar. Mérito para o Goiás – resumiu.

Fora da liderança, o São Paulo faz o último jogo antes da pausa para a Copa das Confederações na próxima quarta-feira, às 22h (horário de Brasília), contra o Grêmio, na Arena, em Porto Alegre.

Luis Fabiano jogo São Paulo Goiás (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)Luis Fabiano reclamou das poucas jogadas criadas pelo São Paulo (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)

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