quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Estudioso, Ney Franco poderia ter sido dentista em vez de treinador de futebol

Bruno Quaresma e Gabriel Saraceni - 26/09/2012 - 08:17 São Paulo (SP)

HOME Ney Franco - São Paulo (Foto: Tom Dib)
Ney Franco está há pouco mais de dois meses no São Paulo (Foto: Tom Dib)

Ney Franco poderia estar um consultório, cuidando dos dentes de seus pacientes. Mas uma decisão tomada em 1987 fez com que o rumo de sua vida mudasse totalmente e, nesta quarta-feira, ele está em Loja, no Equador, para comandar o São Paulo em busca do título inédito da Copa Sul-Americana. 

O treinador prestou vestibular para odontologia, mas não foi aprovado. No ano seguinte, em meio a testes para entrar em equipes juniores, descobriu que queria seguir pela área esportiva. Aprovado em educação física na Universidade Federal de Viçosa deu os primeiros passos para iniciar uma carreira com passagens vitoriosas por Ipatinga, Flamengo, Coritiba e Seleção Brasileira. 

Em uma entrevista de quase 45 minutos, o técnico contou ao LANCENET! um pouco de sua formação e curiosidades sobre seu jeito de ser e a vida particular. Qual era a matéria que tirava o sono de Ney Franco na faculdade? O que ele gosta de fazer durante os momentos de folga? O que ele gosta de assistir na televisão quando não revendo os jogos de seu time? A seguir, conheça um pouco mais do homem que está há pouco mais de dois meses dirigindo o Tricolor e tem a missão de levar o clube de volta para a Libertadores.

Em pouco mais de dois meses de São Paulo, já se adaptou ao clube e à cidade?

A adaptação está ótima. Estou totalmente interagido no clube. Em relação à cidade, estou morando sozinho, sem minha família, aqui no CT. Então não estou tendo nenhum problema em relação à transito, moradia, vida social na cidade. Eu estou respirando o CT, o Morumbi, aeroporto e viagens, mas totalmente adaptado à rotina aqui do clube do São Paulo. 

Você lê, assiste e escuta tudo que falam sobre você?

Leio quando estou ganhando. Leio tudo, escuto tudo, vejo tudo, mas quando estou na fase ruim não vejo nada e leio nada. Nessa hora, eu prefiro não ver nada, embora tenha algumas críticas construtivas, mas a maioria é em cima do resultado de momento. Então, eu prefiro direcionar minha mente para outras coisas.

Mas não acha que algumas críticas podem ajudá-lo?

Podem ajudar sim. Mas essas críticas construtivas, eu normalmente sei delas quando vou dar uma entrevista, depois de um jogo ou do treinamento. A gente sabe perceber direitinho. Na realidade, eu tenho um posicionamento muito claro sobre isso. Eu tenho um caminho de trabalhar, uma forma e aposto nisso. Logicamente a maioria do feedback de alguns erros, vem da comissão, dos números dos atletas e da própria conversa com eles. Logicamente que é cima disso que eu me pauto. Então, em alguns momentos é interessante você assistir ou ler algumas coisas de outras áreas.   Como você trabalha a sua imagem? Parece não ter muita vaidade e se preocupar com isso... Eu tenho a minha metodologia de trabalho, a minha forma de ser. Não adianta eu querer inventar outra forma de ser. A minha metodologia de trabalho é mais vitoriosa do que perdedora. Não tenho nenhum trabalho específico, nenhuma empresa que gerencia minha imagem. Eu tenho uma forma de conduta que ela não vai sair desse padrão, porque se sair não vai dar certo e eu estaria interpretando um personagem. A minha imagem é isso aí e não vai sair disso.

De onde você trouxe a  sua metodologia de trabalho?

Vem um pouquinho da prática. Eu trabalhei 13 anos de categoria de base. Dez anos como treinador, três como preparador físico. Nesses 10 anos, aliado ao que eu aprendi dentro da universidade com o curso de educação física, acho que se somar tudo isso, eu criei uma metodologia de trabalho que é mais vencedora do que perdedora, e isso me dá auto-confiança para desenvolver meus projetos. Logicamente, não foram só vitórias, tiveram algumas derrotas também e essas derrotas você tem de saber tirar proveito. Mas não adianta ficar mudando toda hora a forma de trabalho e eu acredito que vamos ter sucesso com ela aqui também aqui no São Paulo.   Qual o grande diferencial que trouxe da faculdade, em relação aos que não tiveram formação? Do embasamento teórico até a psicologia. Dentro da parte esportiva, na escola você tem três níveis de futebol. Você estuda todos os sistemas de jogo, a evolução do futebol mundial, isso vai te dando um embasamento teórico do futeobl. Depois você vai para a área de planejamento esportivo. Como é feita uma pré-temporada, como é o período de competição, como é o período de recuperação desses atletas. Tudo vira embasamento que você vai criando a sua metodologia de trabalho. Depois você vai para a parte prática e vai vendo o que vai dando certo, o que é teórico e o que te ajuda.

Além do futebol, na faculdade tinham diversas outras matérias. Quais que você não gostava?

Ginástica olímpica que era pesada (riso). Você tinha que fazer uma parte prática e eu me lembro que tinha de fazer argola e saltar sobre o cavalo era um tormento para a gente que não tinha prática nenhuma. Eu falo que sempre fui um aluno mediano porque tem algumas matérias como a natação e a ginástica, que passava no limite. No futebol eu era sempre A, mas tem algumas matérias que eu estava ali entre o C e o B, fazia o básico para passar.   Tentou ser jogador? Eu tentei. Como qualquer adolescente, sonhava em ser jogador de futebol. Na minha cidade (Juiz de Fora), no futebol amador, eu tinha um certo destaque como volante. Isso me deu um pouquinho de noção e visão de como é comportamento do jogador em campo. Cheguei a fazer testes. Estava fazendo testes nos juniores do Tupi com 19 para 20 anos, mas chegou um determinado momento, que eu tive de decidir se iria ser jogador ou estudar, optei por estudar. No time da faculdade, dei continuidade.

O que você mais gosta de fazer quando está de férias ou folga?

Eu gosto mais de ficar com os filhos e curtir. No final do ano, a gente está planejando de ficar em um resort. Meu hobby maior é música mesmo. Não sou de pescar, eu sou mais urbano, gosto de ficar na cidade. Mesmo morando no Rio, vou pouco à praia. Quando vou, é pelas crianças.   Tem uma noção de quantos jogos você assiste por semana? Vejo muitos do Campeonato Brasileiro. Série A e Série B. Quando não estou vendo ao vivo, tenho algo gravado e gosto muito de rever nosso jogo. Eu vejo completo e depois alguns lances específicos. Isso requer muito tempo.

Você, que viajou pelo mundo, acha que o Brasil está preparado para sediar a Copa do Mundo?

Acho que em relação a estádios, não teremos muito problemas. Agora em relação ao transportes, como chegar nos estádios, não sei. Uma coisa para mim é muito clara, nossos aeroportos estão muito aquém e estamos perdendo uma grande oportunidade. Se a Copa do Mundo serviria para mexer com isso, está passando batido.

Como foi a experiência de trabalhar na CBF, um local onde muitos dizem que há muita sujeira?

Foi uma experiência excelente. Minhha vida na CBF foi muito intensa, quando cheguei em dezembro de 2010 para preparar uma equipe para o Sul-Americano em janeiro, que era um pré-olímpico. Então já cheguei na CBF lá na Granja Comary, fazendo convocações, totalmente isolado da vida política. Eu nem entrava e nem fazia questão de entrar, porque meu objetivo maior era classificar o Brasil para as Olimpíadas e fui contratado para isso. Eu não vivi muito a parte política da CBF, não sabia o que estava acontecendo, estava envolvido com a parte prática. Quando acabou o Mundial, aí teve uma discussão do Pan-Americano, que foi o grande insucesso que passei no período da CBF. A CBF decidiu disputar um Pan-Americano com a sub-17. Com a sub-17, eu falei que não iria como treinador. Aí definiram levar uma sub-20, e a competição era sub-23. Foi o sub-20, mas eu não poderia convocar os jogadores que estavam atuando pelos times para não atrapalhar, tive de levar uma equipe de última hora, com jogadores que não conhecíamos muito bem e foi um fiasco. Mas acho que foi uma passagem muito positiva em relação a títulos. Acho que foi uma Seleção sub-20 que realmente deu retorno para a principal, acho que deixamos a nossa marca.

Ufologia, Marte e arqueologia agradam

Ney Franco não gosta de respirar futebol 24 horas por dia. Em meio à rotina, o treinador tem seus momentos de descanso e procura dois tipos de programação alternativas na televisão.

A primeira opção é a música, com canais que exibem shows. Mas ele também gosta de se entreter com outro tipo de programa:

– Eu gosto muito da área musical, de ver algum show. Assim como na área do futebol você tem muitos canais, você também tem muitos shows à disposição na televisão fechada. Eu gosto muito do Discovery (canal em TV fechada). Assistir algumas coisas de antiguidade, alguma matéria de arqueologia, documentários e coisas futuristas. Uma espaçonave, alguma coisa que está chegando no Planeta Marte, coisas futuras e  em relação à ufologia. A gente viaja um pouquinho nisso aí também.   Questionado se acreditava na teoria do povo maia, que dizia que o mundo acabaria em 2012, o comandante brincou com a situação.

– Nessa, eu não acredito muito não. Embora estamos em setembro ainda e até dezembro tudo pode acontecer, né? (risos) Mas eu gosto muito desse tipo de assunto, principalmente dos documentários – declarou o estudioso treinador.



Jornal equatoriano classifica duelo em Loja como 'Davi x Golias'

LANCEPRESS! - 26/09/2012 - 12:40 São Paulo (SP)

Site LaHora - São Paulo x LDU de Loja (Foto: Reprodução)

Logo em sua primeira participação em competições internacionais, a LDU de Loja (ECU) já surpreendeu nesta Copa Sul-Americana ao chegar às oitavas de final deixando para trás o Nacional, do Uruguai, na fase anterior.

Agora, diante do São Paulo, a equipe equatoriana possui mais um grande desafio pela frente. E para a imprensa local, um desafio bastante improvável, mas sem descartar uma nova zebra por parte dos "lojanos".

No portal do diário La Hora, da capital Quito, o duelo desta quarta-feira à noite em Loja é  tratado como um embate de "Davi contra Golias", dando ao Tricolor a alcunha de multicampeão brasileiro.

Além da grandeza do clube do Morumbi, o site - assim como grande parte dos veículos de comunicação equatorianos - destaca também a ausência do recém-contratado Paulo Henrique Ganso e do artilheiro são-paulino Luis Fabiano, ambos lesionados.



Luis Fabiano comemora volta 'fora do normal' e quer jogar domingo

LANCEPRESS! - 25/09/2012 - 23:38 São Paulo (SP)

Luis Fabiano - São Paulo (Foto: Ale Cabral)
Em programa de TV, atacante afirma que retorno ao time será em breve (Foto: Ale Cabral)

Recuperando-se um problema na coxa direita, o atacante Luis Fabiano afirmou que poderia enfrentar a LDU de Loja, do Equador, nesta quarta-feira, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana. No programa 'Cartão Verde', da Tv Cultura, o artilheiro comentou que foi preservado para seguir o planejamento que o evita de ter lesões mais graves.

- Eu participaria, na minha condição de hoje (desta terça-feira). Só que, como a viagem era longa, é melhor eu me recuperar bem, para voltar 100% - declarou o atacante, que logo em seguida emendou a decepção por perder várias partidas em razão de lesões.

- Sem dúvida, eu gostaria de ter participado de todos os jogos. Gostaria de ter jogado muito mais. Mas, temos de ter paciência. Ano passado foi muito duro para nós. Esse tempo que eu fiquei parado, me prejudicou muito. Eu ainda sinto o ritmo da Europa, foram sete anos. E, sinceramente, não tive um grande tempo para recuperar bem, bem mesmo. A necessidade de jogar é muito grande. Quando eu me recupero, eu já jogo. Ficar parado seis meses, no ano passado, me prejudicou bastante. Com certeza, ano que vem vai ser bem diferente - afirmou o artilheiro do Tricolor.

Sem estipular retorno ao time, ele pretende já estar em campo diante do Coritiba, no domingo, pela 27ª rodada do Brasileiro. Questionado se o retorno seria contra o Palmeiras, ele se mostrou 'pé-quente' em clássicos e pretende jogar contra o Alviverde. Vale lembrar que, no primeiro turno, ele marcou um gol no rival.

- Eu estou trabalhando para tentar jogar contra o Coritiba. Seria uma recuperação fora do normal. Estou fazendo esforço físico normal. Ultimamente, eu tenho dado sorte (em clássico) - disse.

De olho no título da Copa Sul-Americana, Luis Fabiano não se preocupa com o fato de os grandes rivais do estado (Santos, Corinthians e Palmeiras) terem conquistado um título na temporada e o São Paulo ainda não. Para ele, o torneio sul-americano é o caminho mais curto para uma vaga na Libertadores, ambição da equipe.

- Esse ano estamos com uma pressão extra, porque nossos adversários conquistaram títulos. (Santos ganhou o Paulista, Corinthians ganhou a Libertadores e Palmeiras, a Copa do Brasil). Essa é uma grande oportunidade de conquistarmos um título e irmos para a Libertadores. O principal de tudo é o titulo, mas a Libertadores é a competição que o torcedor são-paulino gosta, que o São Paulo gosta. Ganhar a Sul-Americana é um objetivo nosso, porque o Brasileiro ficou muito distante - analisou o camisa 9.



Técnico da Liga de Loja chama o São Paulo de 'monstro do futebol brasileiro'

LANCEPRESS! - 26/09/2012 - 09:00 São Paulo (SP)

LDU Loja x Nacional-URU (Foto: Miguel Rojo/AFP)
LDU de Loja eliminou Nacional e também quer ser monstruosa (Foto: Miguel Rojo/AFP)

A Liga Deportiva Universitaria de Loja (ECU), adversária do São Paulo nas oitavas de final da Copa Sul-Americana, está se preparando para duelar com um 'monstro' nesta quarta-feira, às 22h, no Estádio Reina Del Cisne. Pelo menos foi com essa palavra que o técnico Paúl Vélez se referiu ao clube do Morumbi.

- Vamos enfrentar um monstro do futebol brasileiro, mas nosso time também está pronto para ser um monstro - disse o comandante, que tem agradado à diretoria e acaba de renovar seu contrato até o fim de 2013.

O tratamento dado pela imprensa equatoriana ao Tricolor evidencia que os brasileiros são respeitados no país. O jornal "El Comercio" se refere ao clube como "gigante" e o considera aquele que melhor se reforçou na temporada.

A contratação de Paulo Henrique Ganso por aproximadamente R$ 24 milhões serviu de comparativo para a situação financeira complicada da LDU de Loja, que vai precisar solicitar empréstimos bancários para viajar ao Brasil na partida de volta.

Na fase anterior, a Liga de Loja eliminou o uruguaio Nacional, fato que causou surpresa em alguns jogadores são-paulinos. Já o Tricolor se classificou ao vencer o Bahia.



São Paulo inscreve Paulo Henrique Ganso na Copa Sul-Americana

LANCEPRESS! - 25/09/2012 - 17:26 São Paulo (SP)

Ganso - São Paulo (Foto: Eduardo Viana)
Ganso foi inscrito pelo São Paulo na lista da Copa Sul-Americana (Foto: Eduardo Viana)

Mal foi apresentado pelo São Paulo e o meia Paulo Henrique Ganso já está incrito pelo clube na Copa Sul-Americana. O camisa 8 do Tricolor substituiu o lateral-esquerdo Henrique Miranda na lista de nomes entregues à Conmebol.

Recuperando-se de uma lesão na coxa esquerda, o Maestro não viajou com o grupo para o Equador pois faz tratamento no Reffis em dois períodos. O mais novo são-paulino, inclusive, deixou de ir a um evento de um patrocinador nesta segunda-feira para seguir tratando da lesão.

A previsão é de que Ganso retorne a trabalhar no gramado em seis semanas e, depois, ainda leve algum tempo até adquirir condicionamento físico. Dessa forma, o são-paulino perderia o jogo de volta contra a LDU de Loja (ECU), no dia 24 de outubro, no Morumbi.

Outro atleta inscrito recentemente na competição foi o volante Paulo Assunção, que havia ficado fora da fase anterior devido a uma demora para que seus documentos fossem regularizados.

Quem deu lugar ao camisa 12 foi outro lateral - desta vez direito -, o jovem de 18 anos Lucas Farias, que nunca jogou pela equipe profissional do São Paulo.



Ney saca Douglas e Willian José para escalar Paulo Miranda e Ademilson contra LDU de Loja

LANCEPRESS! - 25/09/2012 - 22:31 São Paulo (SP)

No treino de reconhecimento do gramado do estádio Reina Del Cisne, palco do confronto desta quarta-feira contra a LDU de Loja (ECU), o técnico Ney Franco promoveu mudanças na equipe do São Paulo. Priorizando o esquema com três atacantes, ele optou por Ademilson no lugar de Willian José, que atuou contra o Cruzeiro no domingo. Já na defesa, Ney optou por improvisar Paulo Miranda e preteriu Douglas.

Fazendo a habitual atividade para reconhecer o campo do jogo desta quarta-feira, os jogadores do São Paulo fizeram um treinamento leve. Apenas para ajustar alguns aspectos e sentir o gramado, os jogadores pisaram pelo primeira vez no estádio Reina Del Cisne. Contudo, Ney fez alterações na equipe que venceu o Cruzeiro na rodada passada do Brasileiro.

O treinador sacou Douglas, lateral mais ofensivo, e improvisou Paulo Miranda no setor. O zagueiro já cumpriu a função em várias partidas e tem um rendimento elogiável. Já no comando de ataque, Ney, que não pode contar com Luis Fabiano que está machucado, preteriu Willian José, que teve atuação apagada contra o Cruzeiro, e colocou o jovem Ademilson.

Com isso, o time que vai ao campo será formado por: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Rhodolfo e Cortez; Denilson, Maicon e Jadson; Lucas, Osvaldo e Ademilson.