O próximo domingo, dia 10, é de clássico no estádio do Morumbi pelo Campeonato Paulista. São Paulo e Palmeiras jogam às 16h pela 11ª rodada depois de tropeços no meio da semana pela Libertadores. Apesar de pressionados a vencer, o Tricolor ocupa a liderança da competição, enquanto o Alviverde é apenas o sétimo colocado, e assim precisa do triunfo na casa do adversário para se manter na zona de classificação. Às vésperas do confronto, o relembra duas goleadas, uma de cada lado, e mata a saudade do torcedor com grandes craques em campo. Mas o que não faltou mesmo nos dois jogos foi pênalti: seis no total.
Clássico no interior
Em 2008, o Palmeiras comandado por Vanderlei Luxemburgo mandava a partida no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, pela 15ª rodada do Estadual. Com quase 30 mil pessoas nas arquibancadas, o clássico começou com o torcedor alviverde temeroso por uma derrota. O São Paulo foi quem abriu o placar. Aos 38 minutos do primeiro tempo, Jorge Wagner cobra escanteio pela esquerda e Adriano, de cabeça, coloca no fundo do gol. Carlos Alberto, hoje no Vasco, engraxou a chuteira do Imperador na comemoração.
Mas a reação do Palmeiras não demorou a começar. Aos 44 minutos, Kleber recebeu na meia-lua da grande área, fintou um adversário, e bateu de fora da área, no canto direito de Rogério Ceni, que tocou na bola mas não conseguiu pegar. A virada ficaria para o segundo tempo.
Perto do fim do jogo, aos 34 minutos da etapa final, Valdívia sofreu pênalti marcado pelo árbitro Flávio Rodrigues Guerra, e Denílson bateu no canto esquerdo de Ceni. Cinco minutos depois, Kleber recebeu na área após cobrança de falta e foi derrubado. Mais um pênalti, desta vez cobrado pelo próprio chileno, que provocou a torcida adversária com o "chororô". E antes do apito final, aos gritos de olé, Diego Souza entrou na área e foi derrubado por Richarlyson. No terceiro pênalti palmeirense, o próprio meia bateu e transformou a vitória em goleada por 4 a 1.
Palmeiras levantou a taça do Campeonato Paulista em 2008 (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)
Naquele ano, São Paulo e Palmeiras voltariam a se encontrar nas semifinais. O Tricolor venceu o primeiro jogo por 2 a 1, com gols de Adriano, enquanto Alex Mineiro descontou. Na volta, vitória do Alviverde por 2 a 0, com Léo Lima e Valdívia. Na decisão, o Palmeiras venceu a Ponte Preta e foi campeão.
Confira as escalações das equipes:
Palmeiras: Marcos, Elder Granja, Gustavo, Henrique e Leandro; Wendel (Martinez), Léo Lima, Diego Souza e Valdivia; Kléber (Makelele) e Alex Mineiro (Denílson). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
São Paulo: Rogério Ceni, Zé Luiz, Juninho, André Dias e Júnior (Aloísio); Hernanes, Richarlyson, Jorge Wágner e Carlos Alberto (Joílson); Borges e Adriano. Técnico: Muricy Ramalho.
Tarde inspirada de Serginho
Em 1999, pelo Campeonato Paulista, no Morumbi, foi o torcedor do São Paulo quem fez a festa, e por cinco vezes, num dia inspirado do lateral-esquerdo Serginho, que depois ainda faria história no Milan. O placar foi aberto por Marcelinho Paraíba, logo aos seis minutos de jogo, após passe de Serginho.
Rogério Ceni, capitão do São Paulo, estava em
campo em 1999 (Foto: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM)
O empate do Palmeiras veio dois minutos depois. O árbitro Paulo César de Oliveira apontou a marca penal após chegada mais forte de Wilson em Euller. O paraguaio Arce bateu e deu números iguais ao placar. E assim terminava o primeiro tempo.
Na etapa final, logo aos cinco minutos, Serginho passou por Roque Júnior e foi derrubado na área. Na cobrança de pênalti, Serginho colocou o São Paulo de novo na frente. Aos 15, novo pênalti, desta vez do goleiro Sérgio em Raí. Serginho cobrou novamente e ampliou para 3 a 1. E ainda teve mais. Aos 37, Serginho cruzou para a cabeçada de Edu. E, aos 42, após troca de passes entre Fabrício, Serginho e Raí, o lateral concluiu para fechar o jogo em 5 a 1.
Mais tarde, o São Paulo foi eliminado pelo Corinthians na semifinal, rival que viria a ser campeão na final com o Palmeiras.
Confira as escalações do clássico:
Palmeiras: Sergio; Arce, Roque Junior, Cléber e Tiago (Rivarola); Rogério (Evair), Pedrinho, Jackson e Junior; Edmílson (Juliano) e Euller. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
São Paulo: Rogério Ceni; Wilson, Márcio Santos e Bordon; Edmílson, Carabáli (Raí), Carlos Miguel, Marcelinho Paraíba e Serginho; Warley (Fabrício) e França (Edu). Técnico: Paulo César Carpegiani.
Assista aos vídeos do "É Gol!!!"