quarta-feira, 27 de junho de 2012

Tricolor vê no Cruzeiro "chance de ouro" para reagir no Brasileiro

O São Paulo quer tomar um novo rumo nesta temporada. Com Milton Cruz no comando interino da equipe, o Tricolor Paulista vê no Cruzeiro uma boa chance dar a volta por cima em 2012. Afinal, nada melhor que vencer o líder do Campeonato Brasileiro para se redimir dos últimos maus resultados.

No próximo sábado, as equipes se enfrentarão no Estádio Independência, em Belo Horizonte. Após seis rodadas, o time mineiro lidera o Brasileiro com 14 pontos, enquanto o São Paulo está na oitava colocação com nove pontos - três vitórias e três derrotas. O elenco sabe das dificuldades que enfrentará, mas segue confiante.

"Uma vitória como essa daria de volta o moral do time, temos de pegar esta confiança de volta. No decorrer da competição, se a torcida ver que estamos nos dedicando dentro de campo, ela vai nos apoiar e iremos crescer de produção", disse o zagueiro Rhodolfo.

Para vencer o Cruzeiro fora de casa, o Tricolor terá de acabar com a incomoda série como visitante neste Nacional. Em três jogos, foram três derrotas - Botafogo (4 a 2), Internacional (1 a 0) e Portuguesa (1 a 0).

Por outro lado, o desempenho contra o Cruzeiro no Campeonato Brasileiro é animador. A última derrota foi em 2004 - 2 a 1 no Mineirão. Desde então, são nove vitórias são-paulinas e seis empates. No Brasileiro do ano passado, no último duelo entre eles, empate em 3 a 3 na Arena do Jacaré. Cícero (foto), Dagoberto e Juan fizeram os gols do Tricolor.

"Só cura a dor de uma derrota com vitória. Espero que isso possa acontecer já diante do Cruzeiro. Nada melhor do que vencer o líder do Brasileiro para dar mais moral ao time", completou o meia-atacante Lucas.



Milton Cruz deve fazer mudanças na equipe que pega o Cruzeiro

O técnico interino do São Paulo, Milton Cruz, projeta fazer mudanças na equipe que enfrenta o Cruzeiro neste sábado, pelo Campeonato Brasileiro.

"Pretendo fazer algumas mudanças. Vou falar com alguns jogadores que não estão rendendo. Mas no próximo jogo quem sabe estes não podem voltar ao time", disse Milton Cruz ao site oficial do São Paulo.


O treinador sabe da dificuldade que será enfrentar o líder do Brasileirão fora de casa. Mas acredita que uma vitória contra a Raposa poderá ser o começo de uma nova fase no Tricolor.

"Vamos buscar uma sequência de vitórias, até para quando o novo treinador chegar, já estar bem colocado", finalizou.

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Após demissão de Leão, novas mudanças podem acontecer no São Paulo

Leão - São Paulo

Rubens Chiri / www.saopaulofc.net

Antes de ser tirado do treino da manhã dessa terça-feira para ser informado de sua demissão, Emerson Leão programava para a tarde um coletivo com portões fechados no CT da Barra Funda no qual mudaria bastante o time. Nomes como Casemiro, perseguido pela torcida e pouco empenhado, deveriam ser sacados. E alterações como essa devem realmente ser executadas pelo interino Milton Cruz, para alegria de Juvenal Juvêncio.

"Talvez uns dois ou três atletas estejam precisando ficar fora. Depende do Milton, mas vai ter mudança", disse o presidente, que não esconde sua tranquilidade para interferir na montagem da equipe - e não deve pensar duas vezes para fazer ‘sugestões’ ao coordenador técnico que estará à frente do time no sábado, contra o Cruzeiro.

Embora já ciente de que é nome certo nas Olimpíadas, Casemiro deve passar por mais um período no banco em seu clube, como Leão já havia feito neste ano. Cortez, Jadson e, mais uma vez, Paulo Miranda são cotados a terem o mesmo destino. E há ainda quem irrita o mandatário são-paulino por sua postura fora de campo.

"Quem não está bem comigo e com o plantel é o jogador que chegou atrasado, que foi visto não sei onde, que sabe que vou mandá-lo embora e que não gosto dele porque não está comprometido", afirmou Juvenal, recusando-se a citar nomes e dizendo "gostar muito" de Casemiro, a quem garantiu que não seria negociado após recusar propostas de 8 milhões de euros do Tottenham no início do ano.

O volante, porém, vive um momento bastante conturbado. Foi o principal alvo dos insultos preparados pela principal organizada do clube entoados durante toda a derrota para a Portuguesa. O jogador de 20 anos foi chamado de baladeiro, cachaceiro e mercenário, além de ouvir o cântico "Um minuto de silêncio, Casemiro está morto".Claramente abalado, foi sacado por Leão no segundo tempo e não deveria ter sequência na equipe.

"Está na hora de mexer mais radicalmente na equipe. Muitos jogadores se dedicam muito e outros precisam melhorar. O São Paulo é muito grande e tem necessidade de algumas coisas que o próximo treinador vai perceber", afirmou o técnico ao se despedir do clube.

Juvenal, ao falar do assunto, tratou de considerar óbvia a conclusão do, agora, ex-treinador do Tricolor. "O Leão disse que ia fazer modificações radicais. Então, está admitindo que o que vinha vindo estava ruim. Mas não podia esperar chegar a essa situação, tinha que ver antes. Viu um pouco tardiamente. Depois que a Inês é morta..."

Se Milton Cruz ou o novo técnico não agirem, será feito como ocorreu com Paulo Miranda, tirado até da concentração por ordem da diretoria. "Vivemos durante a gestão do Leão percalços naturais do futebol. Apanhamos muito no caso Paulo Miranda, criticaram uma intromissão que houve mesmo no processo. E não foi subalterna, foi direta. Mas não foi cometido nenhum pecado capital", argumentou Juvenal.



Após protesto, Milton Cruz cita time de 2005 e aceita investigação

O presidente Juvenal Juvêncio e até Emerson Leão, na entrevista em que anunciou sua demissão, relataram a tristeza de Milton Cruz por ter visto membros da principal organizada do São Paulo insinuar que ele agenciava jogadores. A chateação estava clara na fisionomia do coordenador técnico. Mas o agora técnico interino lembra que seu trabalho já valeu título mundial. E se coloca à disposição para ser investigado.

"Estou tranquilo, durmo tranquilo e venho trabalhar tranquilo. Não ando escondido nem de cabeça baixa, estou sempre olhando para todos. É a minha realidade, e quem me conhece sabe. Podem me investigar porque, graças a Deus, não tenho rabo preso", afirmou Milton, que já tinha ouvido a mesma acusação de conselheiros opositores a Juvenal.

Para comprovar sua qualidade, o ex-atacante usa os gritos de nomes do elenco campeão da Libertadores e do Mundial de 2005 e dos Brasileiros de 2006, 2007 e 2008 entoados pelos revoltados no sábado, no Canindé. "O time de 2005 tem a minha mão em muitas coisas, e o que foi campeão em seguida também", argumentou.

"Posso errar em contratação como outros treinadores, até o Telê Santana. Ninguém acerta em tudo. Você aposta em um cara que está bem ali, ele vem aqui e não dá certo. Mas o intuito é sempre acertar e fazer a torcida feliz", assegurou, apoiado pelos dirigentes. "Tenho a confiança da diretoria. Todos sabem do meu passado e não faço nada escondido, a diretoria sabe tudo que faço e me dá aval."

Um dos alvos em meio à crise instaurada na relação com a torcida, Milton Cruz está certo de que, logo, terá algo perto de uma unanimidade entre os são-paulinos, como ocorreu nos anos de glória. "É futebol. Quando jogadores feras passaram aqui, também foram vaiados e deram a volta por cima?", indagou, dizendo-se mais tranqüilo.

"Levo numa boa. Não foi a torcida, foram três quatro membros que foram lá não sei por qual motivo e não vão com a minha cara. Não posso julgar, mas sou sempre muito bem recebido. Saio na rua e mesmo as torcidas de outros clubes me incentivam, dizem que sou o cara e que tenho que assumir o São Paulo. Tenho crédito. Por isso, quem fez o manifesto não me afeta", minimizou.



Milton Cruz pode escalar São Paulo no 3-5-2 e fechará treino

LANCEPRESS!
Publicada em 27/06/2012 às 12:41
São Paulo (SP)

Interino após a saída de Emerson Leão, Miton Cruz vai mudar taticamente o São Paulo para o jogo de sábado, contra o Cruzeiro. O auxiliar técnico deve escalar a equipe com três zagueiros.

- Conversamos bastante com os jogadores que têm liderança e não serei só eu que vou salvar o São Paulo. Conversamos com quem tem influência sobre o grupo. O Rogério, Rhodolfo, Jadson, Luis Fabiano... Falo não só agora, mas sempre, para ver o que pode ser corrigido. Vamos usar eles para que juntos possamos sair dessa maré. Só com todos unidos para conseguirmos um bom resultado em Belo Horizonte - explicou o interino.

Mílton Cruz sobre o time: 'Eu vou fazer mudanças'

- Não sei se vou usar 3-5-2, 3-6-1, 4-4-2... Ainda não sei. Vamos ver. Já vi o Vasco com o Cruzeiro, vou ver outros jogos para ter uma definição. Já sei como jogam, vi, tem jogadores rápidos na frente. Fabinho, Wellington Paulista, três volantes, Montillo que se enfia e marcação forte no meio - finalizou Milton

Apesar da mudança, o auxiliar pode manter os mesmos jogadores que perderam da Portuguesa por 1 a 0, só com a volta de Luis Fabiano (estava suspenso). Com isso, Denilson ou Casemiro ficariam mais recuados.

- Ainda não sei como escalar, vou ver. Amanhã (quinta-feira) devo fazer um coletivo e vou ver. Vou conversar com os jogadores e ver como jogar. Vou mudar a formação, então quero ver se estão acostumados a jogar dessa forma. Jadson não está acostumado a jogar com três zagueiros, fazendo a ligação. Temos de falar com ele, Cícero, Casemiro, Cortez, Douglas, para ver se uniremos o útil ao agradável. Talvez jogar os mesmos, mas variar o esquema - finalizou Milton.

Para deixar Celso Roth, técnico do Cruzeiro, com dúvida sobre a escalação, o treino desta quinta-feira será em sua primeira parte fechado para a imprensa. Marcado para as 9h, só deve abrir uma hora depois para os jornalistas.

A zaga também pode sofrer outra mudança. Paulo Miranda, que era um dos queridinhos de Leão, pode perder a vaga para João Felipe ou Edson Silva. Se optar por três defensores de ofício, Bruno Uvini entra na disputa.



Sábado, Wellington Paulista reencontra o ídolo Fabuloso

Thiago Fernandes
Publicada em 27/06/2012 às 08:12
Belo Horizonte (MG)

O compromisso entre Cruzeiro e São Paulo, no próximo sábado, às 16h20, no estádio Independência, representa muito mais do que um jogo do Campeonato Brasileiro para Wellington Paulista. Em ótimo momento, o centroavante tem a oportunidade de reencontrar Luís Fabiano, um de seus ídolos no mundo do futebol.

Artilheiro da Raposa nesta temporada, com 22 gols marcados, o jogador enfrentou Fabuloso em duas oportunidades na carreira. Na primeira vez, em 2004, o atacante celeste ainda defendia as cores do modesto Juventus (SP). Luís Fabiano, por outro lado, já era atleta do Tricolor Paulista e estava em ascensão no esporte. A segunda partida entre os dois goleadores ocorreu no ano passado, no confronto entre Cruzeiro e São Paulo.

Apesar da pouca diferença de idade, três anos apenas, Wellington Paulista revela que se inspira no atleta são-paulino desde a época em que atuava no clube da Mooca.

- Vou realizar outro sonho no sábado. Muitos já sabem que tenho uma admiração por ele (Luís Fabiano) e que é um dos caras que me inspiro para entrar em campo. Joguei uma vez contra ele quando eu estava no Juventus e a outra no ano passado - revelou.

Fã assumido do camisa 9 tricolor, o jogador da Raposa quer aproveitar este reencontro para trocar o uniforme com Fabuloso:

- Vou tentar conseguir a camisa dele no sábado. Sou fã declarado dele, mas espero fazer outro jogo agora. Espero que a nossa equipe consiga uma vitória, para aumentar a sequência e se manter na liderança do Brasileirão.

No reencontro com o seu ídolo, Wellington Paulista quer mostrar que, como Luís Fabiano, segue a cartilha do bom centroavante e pode decidir o duelo a favor do Cruzeiro, garantindo a manutenção de equipe na liderança do Campeonato Brasileiro.

Duelos entre Fabuloso e Wellingol
14/3/2004 – Juventus 1 x 2 São Paulo – Wellington Paulista, no Juventus (SP), e Luís Fabiano, no São Paulo, tiveram atuação discreta na partida. Um gol de Fabuloso foi anulado na ocasião. Grafitte foi o responsável pelos gols do Tricolor Paulista.

5/10/2011 – Cruzeiro 3 x 3 São Paulo – Fã, defendendo as cores do Cruzeiro, e ídolo, atuando com a camiseta do Tricolor Paulista, não mostraram um bom futebol no jogo, válido pelo Brasileirão do ano passado.



Com Ceni e rachão, Milton comanda treino no São Paulo

LANCEPRESS!
Publicada em 27/06/2012 às 11:29
São Paulo (SP)

Por cerca de duas horas, o auxiliar técnico Milton Cruz, que está interinamente no comando do São Paulo após a saída de Emerson Leão, comandou seu segundo treino na manhã desta quarta-feira.

Milton dividiu a atividade em quatro partes. Na primeira, aquecimento com os preparadores físicos Zé Mário e Sérgio Rocha. Depois, trabalho em dois toques em dois campos reduzidos e finalização com marcação dos zagueiros em cruzamentos.

Para terminar, por cerca de 20 minutos, um descontraído rachão em dois toques, que terminou empatado (1 a 1). Desde a chegada de Leão, em 24 de outubro do ano passado, que esta atividade estava banida do CT da Barra Funda. Os jogadores chegaram a pedir mais um pouco, para desempatar, mas Zé Mário finalizou o treino.

Outra novidade da atividade foi a presença de Rogério Ceni. O goleiro participou do toques, o que não vinha acontecendo com Leão, mas também fez alguns exercícios específicos de goleiro. Na parte final, seguiu para o Reffis e continuou a recuperação de lesão no ombro direito. O camisa 1 tem bom relacionamento com Milton e pode até ajudá-lo a definir a equipe de sábado, que enfrentará o Cruzeiro.



Após Muricy, São Paulo sofre com técnicos. Para Juvenal, safra é ruim

Entre 2005 e 2008, o São Paulo viveu provavelmente o melhor momento de sua história, conquistando a Taça Libertadores e o Mundial de Clubes, em 2005, e o tricampeanato brasileiro em 2006, 2007 e 2008. Passada essa fase de fartura, porém, o time caiu. De 2009 para cá, desde a saída de Muricy Ramalho, cinco treinadores passaram pelo banco de reservas do Morumbi. Um a cada cinco meses, em média. Nenhum deles conseguiu resultados expressivos e, pior, a cada ano que passa, a performance do time vai piorando (veja o desempenho dos técnicos abaixo).

MONTAGEM São Paulo treinadores - Ricardo GOmes, sérgio baresi, Carpegiani, Adilson Batista e Leão (Foto: Editoria de arte / Globoesporte.com)Ciranda: Ricardo Gomes, Baresi, Carpegiani, Adilson e Leão. Nenhum emplacou (Foto: Globoesporte.com)

Mesmo com tantas mudanças de perfil no comando e sem conseguir sucesso, o presidente tricolor, Juvenal Juvêncio, não mostra preocupação com as trocas que fez no comando da equipe. Ele justifica dizendo que a safra de técnicos no Brasil é ruim.

- Eu não tenho culpa se um jogador funciona lá e não funciona aqui. Futebol não se ensina na escola. A diretoria do São Paulo pensa bastante, mas o Brasil não é brilhante em técnicos, somos brilhantes em jogadores. Eles têm nome, mas causam outros problemas. É difícil esse momento. É penoso contratar técnico - afirmou o dirigente.

O Brasil não é brilhante em técnicos"

Juvenal Juvêncio

Comandante tricolor no tricampeão nacional (Paulo Autuori foi o técnico nos títulos continental e mundial), Muricy se desgastou demais com a eliminação da equipe na Libertadores de 2009. Foi demitido em uma sexta-feira, dia 19 de junho. No dia seguinte, Ricardo Gomes foi anunciado como substituto. Com trabalho reconhecido no futebol europeu, Ricardo era considerado nome ideal. Pode-se até dizer que ele fez um bom trabalho, levando o time até a semifinal da Taça Libertadores de 2010 - o time acabou eliminado pelo Internacional, que venceria a competição. Com a queda na Libertadores, porém, o treinador foi muito pressionado pela torcida, e a diretoria optou por não renovar o vínculo, atendendo aos torcedores.

Veio então a maior ousadia da gestão de Juvenal Juvêncio, no início do segundo semestre de 2010. Com o discurso de que era preciso pensar em algo novo e, principalmente, apostar nas categorias de base, o presidente resolveu efetivar o técnico do time sub-20, Sérgio Baresi. Ele tentou inovar, com treinos diferentes e um sistema no qual cada atleta recebia informações impressas e por vídeos dos adversários. Durou apenas três meses. Perdida, a diretoria resolveu apostar em Paulo César Carpegiani, que já tinha feito um bom trabalho em 1999, quando levou o time até as semifinais do Campeonato Paulista e do Brasileirão.

Muricy ramalho são paulo treino (Foto: Gaspar Nobrega / vipcomm)No São Paulo, Muricy conquistou três Brasileiros
(Foto: Gaspar Nobrega / Vipcomm)

Dos cinco técnicos pós-Muricy, Carpegiani é o que tem melhores números. Chegou para a reta final do Brasileiro de 2010 sabendo que a classificação para a Libertadores viria apenas por milagre. No Paulista de 2011, foi eliminado pelo Santos. Na Copa do Brasil, começou a cavar sua sepultura com a eliminação diante do Avaí e a discussão acalorada com Rivaldo, quando chegou a chamar o veterano meia de "mau caráter". Durou poucos jogos mais e, no começo do Campeonato Brasileiro, foi demitido para a chegada de Adilson Batista.

Começava a terceira passagem do treinador pelo futebol paulista. Ele tinha a obrigação de, na equipe do Morumbi, apagar a péssima imagem deixada pelos trabalhos ruins feitos em Santos e Corinthians, entre o fim de 2010 e o início do ano passado. Muito elogiado pelos atletas pela forma de trabalhar no dia a dia, Adilson não conseguiu traduzir a eficiência nos treinos em bons resultados. Foi demitido após uma derrota por 3 a 0 para o Atlético-GO.

A essa altura, Juvenal sentenciou que o problema não era o comandante e sim, o perfil do grupo, que precisaria ser mudado. Primeiro, decidiu por um técnico conhecido por ter pulso firme para colocar os jogadores na linha: trouxe Emerson Leão, cuja principal missão seria sacudir o elenco. A princípio, Leão apenas preencheria a vaga por dois meses. Terminaria o Brasileiro e, a partir de janeiro, a diretoria partiria em busca de um novo técnico.

Os resultados não apareceram, mas o treinador ganhou mais uma chance e teve seu contrato renovado para 2012. Conforme prometido, Juvenal reformulou o elenco. Mas Leão conseguiu fazer o São Paulo entrar nos eixos. Sofreu ingerência do presidente, que determinou o afastamento do zagueiro Paulo Miranda, em má fase, e ainda amargou as eliminações no Paulistão, diante do Santos, e na Copa do Brasil, para o Coritiba. Na última terça-feira, uma semana após a derrota para o Coxa, o técnico foi dispensado. Agora, o Tricolor busca um novo comandante. Resta saber quanto tempo o substituto vai durar à frente do time do Morumbi.

Desempenho dos técnicos à frente do São Paulo desde a 'Era Muricy'
Técnico Jogos Vitórias Empates Derrotas Gols pró Gols contra Aproveitamento
Muricy Ramalho 364 197 101 66 629 353 63,37%
Ricardo Gomes 73 38 15 20 117 75 58,90%
Sérgio Baresi 14 5 4 5 18 23 45,24%
Paulo César Carpegiani 47 30 4 13 79 50 66,67%
Adilson Batista 22 7 9 6 35 30 45,45%
Emerson Leão 44 26 6 12 82 49 63,64%

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Vadão nega convite do São Paulo: 'Sou igual ao dólar: cotado todo dia'

Vadão, técnico do Guarani (Foto: Murilo Borges / Globoesporte.com)Vadão nega que tenha sido procurado pelo Tricolor
(Foto: Murilo Borges / Globoesporte.com)

Cotado como um dos candidatos a assumir o São Paulo após a queda de Emerson Leão, o técnico Oswaldo Alvarez descartou que tenha recebido uma proposta da diretoria tricolor. Dizendo-se satisfeito no comando do Guarani, Vadão brincou com a sua situação e se comparou ao dólar ao comentar seu futuro.

- Estou igual dólar: sou cotado todo dia. Não teve nada, fico feliz de ser ventilado, mas não tem nada - disse o treinador, que, durante a campanha do Bugre no Campeonato Paulista, também teve seu nome ligado ao clube do Morumbi.

A especulação foi tão grande que alguns jogadores chegaram a perguntar ao treinador se ele deixaria o Brinco de Ouro. Tamanha confusão gerou risos de Vadão durante a entrevista coletiva.

- Alguns me perguntaram se eu ia para o São Paulo. Eu não sabia se estavam torcendo para mim ou queriam que eu vazasse do time (risos) - afirmou o comandante, que descartou que o elenco dependa da atual comissão técnica para fazer sucesso na Série B.

- Se um dia eu sair, e isso não significa que eu estou indo embora, o treinador que chegar vai ter sucesso, porque o grupo é muito consciente.

O contrato de Vadão com o Guarani é válido até dezmebro deste ano, mas é grande a possibilidade de o técnico renovar e ficar por pelo menos mais um ano no clube. Recentemente, ele assumiu a coordenação das categorias de base e ajudará no processo de integração entre as categorias infantil, juvenil, juniores e profissional.

Em sua quarta passagem pelo Guarani, Vadão também já teve a experiência de dirigir o São Paulo. Em 2001, o técnico venceu o Torneio Rio-São Paulo (título inédito para o clube) e ficou famoso por revelar a safra de Kaká e Júlio Baptista. Eliminado da Copa do Brasil pelo Grêmio, foi demitido seis meses depois de iniciar o trabalho.

Vadão, técnico do Guarani (Foto: Carlos Velardi/ EPTV)Vadão observa treinamento: jogadores perguntaram se ele sairia (Foto: Carlos Velardi/ EPTV)



Júlio Baptista fala com carinho do São Paulo, mas ainda não quer voltar

Revelado pelo São Paulo aos 18 anos, Júlio Baptista logo chamou a atenção pelo porte físico avantajado para um garoto daquela idade. Talvez por isso, tenha começado a carreira como volante. Mas, ainda no Tricolor paulista, sua habilidade com a bola foi notada e ele adiantado para a armação das jogadas. Daí para frente o jogador evoluiu, até se transferir para o Sevilla (ESP), em 2003. Hoje no Málaga (ESP), o meia guarda boas lembranças dos tempos de Morumbi.

Concorra a uma camisa autografada pelo Júlio Baptista

- Foi o clube que me revelou, pela qual tenho um grande carinho por ter me dado a oportunidade de crescer como jogador, de mostrar meu futebol para outros times. Eu não teria chegado até aqui sem minha trajetória pelo São Paulo – disse em entrevista ao 'É Gol!!!'.

malaga x mallorca julio baptista (Foto: EFE)Júlio Baptista foi um dos desatques da campanha do Málaga no Campeonato Espanhol (Foto: EFE)

Aos 30 anos, Júlio ainda não sente vontade de voltar ao país. Ele pretende cumprir o contrato com o time espanhol antes de tomar qualquer decisão.

- São muitos anos na Europa, tive a sorte de fazer toda minha carreira aqui conquistando e ganhando o respeito das pessoas com meu trabalho. Nunca diria nunca, mas hoje tenho a cabeça toda voltada para cá (Málaga). Tenho dois anos de contrato e não penso em voltar.

Com passagens por grandes clubes do mundo como Real Madrid, Arsenal e Roma, o meia acredita que fez a escolha certa ao deixar o São Paulo em 2003 para tentar a sorte no Sevilla, time de menor expressão no futebol espanhol. O plano deu certo.

- Não conhecia quase nada, foi uma mudança radical. Já tinha viajado pela Europa, mas não imaginava que iria para o Sevilla. Foi uma aposta de ir para um time intermediário para no futuro fazer meu nome e ir para um grande, foi isso que aconteceu, acabei no Real Madrid.
 



Veja preços e locais da venda de ingressos para Cruzeiro x São Paulo

De olho em manter a boa fase e conquistar mais um resultado positivo, o Cruzeiro receberá o São Paulo, neste sábado, às 16h20m (de Brasília), no Independência, em Belo Horizonte. A partida será válida pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.

A partir da manhã desta quinta-feira, os torcedores interessados em assistir à partida poderão adquirir os ingressos, em diversos postos de venda da capital mineira. Os ingressos terão valores que variam entre R$ 20 e R$ 80. Crianças, idosos e estudantes têm direito à meia-entrada.

Veja a relação de preços, horários e postos de venda

Preços

Setor Minas: R$ 40 (inferior), R$ 20 (superior)
Setor Pitangui: R$ 60 (inferior), R$ 30 (superior)
Setor Ismênia Tunes: R$ 80 (inferior), R$ 40 (superior)

Veja horários e postos de venda

Quinta e sexta-feira – das 9h às 17h

Ginásio do Cruzeiro, sede campestre do Cruzeiro, Loja Cruzeiro Mania do Barreiro, Class Club Sion e bilheteria do Independência (Rua Pitangui)

Sábado – das 9h até o intervalo da partida

Bilheterias do Independência (Ruas Pitangui e Ismênia Tunes)
  



Secadores têm reduto boquense em SP para torcer contra o Corinthians

Qualquer conversa entre amigos dá uma mostra clara de que a torcida contra o Corinthians na final da Taça Libertadores da América diante do Boca Juniors será grande, até maior do que aquela a favor. São-paulinos, santistas e palmeirenses estão unidos para agourar o maior adversário na busca pelo primeiro título da competição. Os “antis”, como são chamados pelos alvinegros, têm um reduto boquense no bairro da Mooca, na Zona Leste de São Paulo, para se reunir e torcer pelo time argentino na decisão desta quarta-feira, às 21h50m.

O bar se chama MoocAires, junção dos nomes Mooca e Buenos Aires, mas já foi apelidado de La Moocanera - referência, claro, ao estádio do Boca. Com espaço para cerca de 130 pessoas em dois andares, o estabelecimento receberá alguns torcedores do Boca nascidos na Argentina, mas a maioria da torcida será formada mesmo pelos aficionados pelos outros times de São Paulo que não querem ver o maior rival conquistando o título inédito.

– Alguns amigos argentinos virão, mas a maioria mesmo torce para o São Paulo, Santos ou Palmeiras. Eles não querem ver de jeito algum o Corinthians conseguir este título. Terão alguns corintianos, também, mas o clima aqui dentro será de paz. O pessoal que frequenta o bar é bem tranquilo – disse Cristian Galarza, 41 anos, argentino de Resistencia, capital da província de Chaco, a cerca de mil quilômetros da capital Buenos Aires. Ele mora no Brasil há 12 anos e é o proprietário do Bar MoocAires.

Cristian conta que os outros jogos tiveram um público bom, mas ele espera que nesta quarta a quantidade de gente seja bem maior. O argentino busca solidificar a tradição entre os bocaneros.

Para entrar ainda mais no clima da final da Libertadores, os funcionários do bar irão usar um uniforme especial. Camisetas brancas, amarelas e azuis receberam o escudo do Boca Juniors no peito. E o símbolo do clube está por toda parte - na parede, no tampo das mesas... A imagem de Diego Maradona, maior ídolo do futebol argentino e da história do Boca, também está presente - uma das mesas é estampada com a foto do gol marcado com a mão na Copa do Mundo de 1986, nas quartas de final contra a Inglaterra.

Fachada do bar Moocaires em São Paulo (Foto: Gustavo Serbonchini / globoesporte.com)Fachada remete ao Caminito, que fica perto da
Bombonera (Foto: Gustavo Serbonchini)

Com medo da ação de vândalos em caso de derrota do Corinthians, Cristian irá contratar dois seguranças particulares para tomar conta da entrada do bar. Além disso, a polícia do bairro já foi avisada do evento e prometeu que irá reforçar as rondas por ali durante a partida.

Cristian acredita no título do Boca. Para ele, a primeira partida será 1 a 0, e o jogo do Pacaembu acabará empatado. Pelo lado dos argentinos, Riquelme, Ledesma e Somossa serão os jogadores que vão desequilibrar.

Pelo Corinthians, clube pelo qual, ironicamente, tem admiração no Brasil, o dono do bar acredita que os destaques serão Ralf e Paulinho. Incapazes, porém, de brecar os argentinos, na visão de Cristian

Bocanero por sorte
Normalmente os torcedores passam a gostar de um time por influência dos pais, parentes e até mesmo dos amigos. Com Cristian não foi bem assim. Com cinco anos ele se tornou bocanero na sorte. Seu pai, Rufino Galarza, torcedor do Boca, mas que não levava o futebol tão a sério, não queria influenciar diretamente os filhos em relação ao time para o qual deveriam torcer. Mas deu um empurrãozinho.

Ele (Cristian) quer que eu torça pelo Boca, mas eu sou corintiana"

Rita Valério, gerente do bar

Ele comprou dois fardamentos completos – um do Boca e um do River Plate, os dois maiores rivais do país – e colocou em uma sacola na qual não era possível ver o que tinha dentro. Com quatro anos de idade, Cristian pegou uma, e Alexis, seu irmão mais novo, ficou com a outra. Após a definição por sorte, o dono do bar acabou vestindo azul e amarelo, e o outro filho de Rufino farda o vermelho e branco.

– Na Argentina primeiro existem os torcedores de Boca ou River e só depois que o pessoal gosta dos outros times – lembra Cristian.

Oito anos depois nasceu o terceiro irmão, Roger Adrian. Por ter mais amizade com Alexis do que com Cristian, ele, que hoje tem 33 anos, acabou virando torcedor do River Plate. Roger atualmente trabalha com o irmão e o ajuda no bar. Segundo o proprietário, ele será um dos poucos que torcerá a favor do Corinthians na decisão.

Mas existem outros espiões no bar. Além de Roger, mais seis funcionários são corintianos, dois são santistas e um é torcedor do Boca. Entre os alvinegros estão a esposa de Cristian, Daniela Correia, e a gerente Rita Valério.

– Ele quer que eu torça pelo Boca, mas eu sou corintiana. Aqui é democrático e não vai ter problemas se o Timão fizer um gol e eu vibrar – disse Rita.

Cristian Galarza, dono de restaurante do Boca Juniors em São Paulo (Foto: Gustavo Serbonchini / globoesporte.com)Cristian Galarza, dono do MoocAires, em São Paulo (Foto: Gustavo Serbonchini / globoesporte.com)

Na arquibancada
Torcedor do Boca desde os 4 anos de idade, Cristian só viu pela primeira vez o time do coração aos 12. O clube da capital viajou até a cidade onde ele morava para enfrentar o Chaco for Ever, clube local. O jogo acabou empatado em 1 a 1. Seis anos depois o argentino finalmente conheceu o estádio do seu time: La Bombonera. O Boca venceu o Ferro Carril, clube de Buenos Aires, por 2 a 0.

No Brasil, Cristian já acompanhou a equipe duas vezes e tem boas lembranças. Ele estava no Morumbi quando o Boca empatou com o São Paulo, em 2 a 2, pela Recopa Sul-Americana, em 2006. O resultado, somado à derrota do Tricolor por 2 a 1 na Bombonera, foi suficiente para os argentinos conquistarem o título.

– Estava com um amigo corintiano, que torcia pela gente, e com mais um argentino. O corintiano ficou pulando na numerada do Morumbi comemorando, mas eu e meu outro amigo ficamos quietos o tempo todo. Apenas cochichando. Se alguém ouvisse o nosso sotaque poderia dar confusão.

Dois anos antes, nas quartas de final da Libertadores, ele também acompanhou diretamente do estádio o Boca. Foi no empate em 0 a 0 contra o São Caetano, no Anacleto Campanella. O jogo de volta acabou 1 a 1 e o time argentino conseguiu a vaga nos pênaltis. Naquela edição, eles acabaram com o vice-campeonato da competição após perder a decisão para o Once Caldas-COL.

Maradona é melhor que Pelé
Cristian viu Maradona, seu maior ídolo no futebol, jogar na Bombonera. El Pibe, como é conhecido, atuou no Boca entre 1981 e 82 e entre 95 e 97. Foi na segunda passagem que Cristian acompanhou os passos do jogador.

– Ele é muito melhor do que Pelé. Não há o que discutir. Vai ver o que ele fez na Copa do Mundo de 1986. É inacreditável – explicou Crisitan, tomando chimarrão e lembrando da conquista. A Argentina já havia sido campeã do mundo em 1978.

Para o torcedor, Messi é melhor que Neymar por conta do físico, e Tévez, melhor que Robinho.



Milton Cruz promete mudanças na escalação do São Paulo

LANCEPRESS!
Publicada em 27/06/2012 às 07:19
São Paulo (SP)

Interino no cargo de técnico do São Paulo até a contratação de um novo treinador, Milton Cruz planeja comandar um coletivo na quinta-feira. E a equipe titular deve ter novidades em relação ao time que vem jogando.

- Pretendo fazer algumas mudanças. Vou falar com alguns jogadores que não estão rendendo. Mas, no próximo jogo, quem sabe estes não podem voltar ao time – declarou o auxiliar, ao site oficial do clube.

Com Emerson Leão, o planejamento era de realizar o treino de quinta na parte da tarde. No entanto, a programação mudou. Agora, os jogadores treinarão até sexta-feira pela manhã.

No próximo sábado, o Tricolor enfrenta o Cruzeiro, às 16h20, em Belo Horizonte. A equipe mineira está na liderança do Brasileirão. E é uma boa chance para reverter a má fase do time:

- Nós só vamos conseguir sair deste lugar que chegamos com muita vontade, dedicação e união. Os jogadores estão querendo sair do mau momento. Vamos buscar uma sequência de vitórias, até para quando o novo treinador chegar estar bem colocado. Temos chances de conseguir um bom resultado em Minas.



Falta de padrão, rixas com diretoria e atletas: a crônica da saída de Leão

Emerson Leão foi apresentado no São Paulo no dia 24 de outubro de 2011. Chegou para assumir um time completamente perdido em campo e que, pior, tinha comportamento condenável no vestiário. O recado da diretoria era claro: usar o pulso firme para colocar o time na linha e baixar a bola de vários atletas que causavam problemas na época, como Jean, Dagoberto e Marlos. No mesmo dia, ele seguiu para o Paraguai para comandar a equipe na partida contra o Libertad, pela Copa Sul-Americana. A derrota por 2 a 0 causou a primeira eliminação logo de cara.

Leão fala com os jogadores do São Paulo no vestiário (Foto: Rubens Chiri / divulgação - São Paulo FC)Leão fala com os jogadores. Seu comando já não era unanimidade... (Foto: Rubens Chiri / SPFC)

Sobrava então o Campeonato Brasileiro. O time lutava por uma vaga na Taça Libertadores de 2012. Apesar da postura firme nos treinos, a melhora tão esperada não aconteceu. A ponto de o presidente Juvenal Juvêncio detectar que o problema era o elenco, e não o treinador. Virou o ano, Leão teve seu contrato renovado por mais uma temporada e o elenco foi reformulado. Saíram dez atletas e chegaram outros oito.

Após uma campanha boa na primeira fase do Campeonato Paulista, veio o primeiro revés: a derrota na semifinal para o Santos de Neymar. Leão teve, então, de engolir seu primeiro desaforo: o afastamento do zagueiro Paulo Miranda, ordenado pelo presidente Juvenal Juvêncio. Leão foi contra, mas teve de aceitar. O atleta não disputou os jogos contra a Ponte Preta, pela Copa do Brasil, mas voltou logo depois.

Veio então a segunda decisão na temporada: a Copa do Brasil. O São Paulo pecava pela falta de padrão de jogo, peças não funcionavam, mas, como o time seguia vencendo, o momento era de apoio. A derrota por 2 a 0 para o Coritiba transformou tudo em um pesadelo: acabou a paciência da torcida, que protestou no último sábado, contra a Portuguesa e pediu a saída do treinador e do presidente Juvenal Juvêncio. Pressionado, o dirigente resolveu ouvir o povo e, nesta terça-feira, após oito meses, acabou a era Emerson Leão.

Leão no treino do São Paulo (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)Leão, em meio a Jesus Lopes e Adalberto Baptista: divergências (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)

Divergências com dirigentes e jogadores
Durante todo o período em que trabalhou, Leão nunca foi unanimidade com dirigentes e jogadores. Com os comandantes, os problemas eram com o diretor de futebol, Adalberto Baptista, com quem Leão conversa somente o necessário. O dirigente fazia questão de ressaltar que o trabalho do treinador limitava-se ao campo. Por isso, Leão não podia dar pitacos em contratações, por exemplo.

Com os jogadores, também ocorreram problemas. A começar pelo goleiro e capitão Rogério Ceni. As duas partes nunca se deram bem. Na época em que se machucou na pré-temporada no CT de Cotia, o camisa 1 não gostou nem um pouco de saber que o treinador chegou a fazer piadas na entrevista coletiva, afirmando que o goleiro se machucou fazendo a barba. Rogério nunca externou isso, mas confidenciou a amigos próximos que o excesso de treinos em Cotia ocasionou a lesão, que ainda não permitiu que ele jogasse em 2012.

Novo treinador conversa com o goleiro e capitão Rogério Ceni (Foto: Rubens Chiri / Site oficial do São Paulo FC)Rogério Ceni e Leão: problemas, problemas, problemas... (Foto: Rubens Chiri / Site oficial do SPFC)

Luis Fabiano e Lucas também não viviam às mil maravilhas com o treinador. Rhodolfo, semanas antes da Copa do Brasil, pediu para ficar fora de uma partida porque estava com medo de sofrer uma lesão muscular. Seu pedido não foi atendido e, em algumas rodadas, ele precisou tomar injeções de anti-inflamatório para jogar. Até que na véspera do jogo contra o Bahia, no Morumbi, foi sacado da lista dos relacionados no dia da partida e ficou duas semanas em tratamento. O comportamento do treinador, que a cada derrota fazia críticas públicas, também era bastante criticado pelos atletas.

Na última terça, Leão nem foi a campo para comandar o treino. Decidiu como seria a semana de trabalho e depois foi ao barbeiro do CT da Barra Funda para cortar o cabelo. Lá, foi comunicado por um funcionário que deveria subir na sala da presidência para conversar com o presidente Juvenal Juvêncio. Demitido, nem se despediu dos atletas.

Leão conversa com Lucas durante o treinamento desta terça-feira (Foto: Anderson Rodrigues / GLOBOESPORTE.COM)Lucas e Leão também tiveram algumas divergências (Foto: Anderson Rodrigues / globoesporte.com)



Mexida radical já prevista por Leão pode afastar nomes como Casemiro

Antes de ser tirado do treino da manhã dessa terça-feira para ser informado de sua demissão, Emerson Leão programava para a tarde um coletivo com portões fechados no CT da Barra Funda no qual mudaria bastante o time. Nomes como Casemiro, perseguido pela torcida e pouco empenhado, deveriam ser sacados. E alterações como essa devem realmente ser executadas pelo interino Milton Cruz, para alegria de Juvenal Juvêncio.

"Talvez uns dois ou três atletas estejam precisando ficar fora. Depende do Milton, mas vai ter mudança", disse o presidente, que não esconde sua tranquilidade para interferir na montagem da equipe - e não deve pensar duas vezes para fazer ‘sugestões’ ao coordenador técnico que estará à frente do time no sábado, contra o Cruzeiro.

Embora já ciente de que é nome certo nas Olimpíadas, Casemiro deve passar por mais um período no banco em seu clube, como Leão já havia feito neste ano. Cortez, Jadson e, mais uma vez, Paulo Miranda são cotados a terem o mesmo destino. E há ainda quem irrita o mandatário são-paulino por sua postura fora de campo.

"Quem não está bem comigo e com o plantel é o jogador que chegou atrasado, que foi visto não sei onde, que sabe que vou mandá-lo embora e que não gosto dele porque não está comprometido", afirmou Juvenal, recusando-se a citar nomes e dizendo "gostar muito" de Casemiro, a quem garantiu que não seria negociado após recusar propostas de 8 milhões de euros do Tottenham no início do ano.

O volante, porém, vive um momento bastante conturbado. Foi o principal alvo dos insultos preparados pela principal organizada do clube entoados durante toda a derrota para a Portuguesa. O jogador de 20 anos foi chamado de baladeiro, cachaceiro e mercenário, além de ouvir o cântico "Um minuto de silêncio, Casemiro está morto".Claramente abalado, foi sacado por Leão no segundo tempo e não deveria ter sequência na equipe. "Está na hora de mexer mais radicalmente na equipe. Muitos jogadores se dedicam muito e outros precisam melhorar. O São Paulo é muito grande e tem necessidade de algumas coisas que o próximo treinador vai perceber", afirmou o técnico ao se despedir do clube.

Juvenal, ao falar do assunto, tratou de considerar óbvia a conclusão do, agora, ex-treinador do Tricolor. "O Leão disse que ia fazer modificações radicais. Então, está admitindo que o que vinha vindo estava ruim. Mas não podia esperar chegar a essa situação, tinha que ver antes. Viu um pouco tardiamente. Depois que a Inês é morta..."

Se Milton Cruz ou o novo técnico não agirem, será feito como ocorreu com Paulo Miranda, tirado até da concentração por ordem da diretoria. "Vivemos durante a gestão do Leão percalços naturais do futebol. Apanhamos muito no caso Paulo Miranda, criticaram uma intromissão que houve mesmo no processo. E não foi subalterna, foi direta. Mas não foi cometido nenhum pecado capital", argumentou Juvenal.



Fabuloso reúne o grupo no CT e quer mudanças no São Paulo

Gabriel Saraceni
Publicada em 26/06/2012 às 20:41
São Paulo (SP)

Na manhã desta terça-feira, Luis Fabiano mostrou sua liderança perante ao grupo do São Paulo.

Capitão da equipe na ausência de Rogério Ceni, o camisa 9 reuniu o grupo durante o treino e, por cerca de 15 minutos, cobrou uma reação imediata. Segundo apurou a reportagem do LANCENET!, o assunto não foi o técnico Emerson Leão, que pouco depois anunciou sua saída. A ideia foi mostrar que a crise pode ser superado.

Fabuloso passou por situação semelhante em 2004, quando o elenco foi alvo de protestos da torcida. No último sábado, muitas vaias, gritos e faixas contra comissão técnica, diretoria e jogadores. Para o atacante, é hora de virar a página.

A atitude de Luis Fabiano foi elogiada pela diretoria, que aposta no elenco. Prova é que o presidente Juvenal Juvêncio afirmou que está satisfeito com o grupo, reformulado no início do ano, e por isso resolveu trocar o comando demitindo Emerson Leão.

Fabuloso falou um pouco sobre o que viveu na outra passagem, algo que a maioria do elenco não tinha passado. Foi uma maneira de tentar amenizar a situação e mostrar que é preciso encarar a pressão.



Procurado, Villas-Boas rejeita oferta para treinar o São Paulo

O português André Villas-Boas rejeitou o convite para assumir a vaga deixada por Emerson Leão no São Paulo. Na verdade, a diretoria tricolor havia aventado essa possibilidade há cerca de dois meses, já insatisfeita com o trabalho do treinador recém-saído do clube. Segundo o diretor de futebol Adalberto Baptista, o ex-comandante de Chelsea e Porto chegou a considerar a ideia, mas gostaria de começar um trabalho a partir de janeiro de 2013.

"O português respondeu hoje que não aceita, ele quer planejar mais um pouco, e eu não tenho tempo para esperar. É difícil trazer um técnico de fora. Até ele pegar o jeito, a vaca foi para o brejo, o barco afundou", explicou o dirigente em declarações reproduzidas pelo Globoesporte.

"Aqui no futebol brasileiro, você tem de ganhar a próxima partida. Agora, vamos para a guerra, vou atrás de um técnico. O Leão já estava na hora de sair. Enquanto isso, o Milton Cuz fica como interino."

Sem muitas alternativas disponíveis, o presidente Juvenal Juvêncio admite que pode buscar alguém empregado. De qualquer maneira, a palavra de ordem é evitar novos tropeços no trabalho que foi concebido no início do ano.

"Posso pegar alguém que esteja empregado, até porque se estiver desempregado, não serve. Vou tentar errar o menos possível. É um risco enorme, mas vou procurar. Oxalá com a chegada de um zagueiro de primeira linha e um técnico capaz de enxergar o jogo, fazer mudanças no intervalo e ter o controle de tudo que está acontecendo, poderemos brigar fortemente", afirmou o mandatário.

O São Paulo encara o Cruzeiro neste sábado, em Belo Horizonte, pela sétima rodada do Brasileirão.

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Juvenal descarta técnico estrangeiro e fala sobre a saída de Leão

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, falou sobre a saída de Emerson Leão do comando técnico da equipe. Segundo o mandatário, a má fase do time não é culpa do time e sim do treinador.

"Temos uma equipe competitiva. Trouxemos 23 jogadores novos. O problema agora não foi do plantel, como aconteceu no ano passado. O problema agora foi o técnico”, discursou Juvenal.


Sobre o novo técnico, o dirigente sãopaulino descartou a possibilidade de contratar um treinador estrangeiro.

"Trazer um treinador estrangeiro é difícil porque eles precisam de um fim de ano mais calmo e um começo de ano mais calmo para se aclimatar ao futebol brasileiro. Mas vamos ver com calma o que vamos fazer e escolher um técnico com capacidade de carregar nossa bandeira", completou.

Milton Cruz assume o time de forma interina. O primeiro desafio dele será já neste fim de semana contra o líder Cruzeiro, pelo Brasileirão.

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Leão anuncia que deixa o comando do São Paulo

Émerson Leão - Técnico do São Paulo

Jefferson Bernardes/VIPCOMM

Segundo o site globo.com, o técnico Leão não é mais o comandante do São Paulo. O treinador, que estava na corda bamba desde a eliminação no Paulistão, não resistiu à queda na Copa do Brasil, diante do Coritiba. Ele ainda esteve à frente da equipe na derrota por 1 a 0 para a Portuguesa no último fim de semana.

"Quero confirmar que, a partir de agora, não sou mais o técnico do São Paulo. Tive um minuto de conversa com o presidente Juvenal, ele agradeceu pelo meu trabalho e agora cada um segue para o seu lado", disse Leão, depois do treino desta terça-feira.

As divergências entre Leão e a diretoria tricolor se tornaram públicas depois do episódio Paulo Miranda. No dia 2 de maio, a poucas horas do confronto com a Ponte Preta, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o zagueiro foi barrado pela diretoria já na concentração, a contragosto de Leão.