sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Mercado: Top 5 das contratações no Brasil

POR FERNANDO H. AHUVIA

Às vésperas do início dos principais campeonatos estaduais do país, os clubes brasileiros já estão com suas equipes praticamente montadas para o início da temporada 2013. Goal.com elegeu as cinco melhores contratações do futebol nacional até o momento. Deixe sua opinião, avalie ou comente também!

5º LUGAR | Eduardo Vargas, Grêmio


Ficha técnica
Nascimento 20/11/1989 Santiago (Chile)
Altura 1,75m
Posição Atacante
Detalhes
Tempo de contrato 1 ano (empréstimo)
Valor da negociação Cerca de R$ 3,2 milhões
Último clube Napoli-ITA

Contratado pelo Grêmio após uma longa novela, cheia de idas e vindas, Eduardo Vargas é uma das apostas do time comandado por Vanderlei Luxemburgo para fazer a dupla de ataque ao lado do centroavante Marcelo Moreno na Copa Libertadores da América.

Um dos melhores jogadores da América do Sul em 2011, quando brilhou na campanha do título da Copa Sul-Americana pela Universidad de Chile, Vargas chegou ao Napoli há um ano. O chileno, porém, acabou não conseguindo se firmar no futebol italiano.

Segundo o Grêmio, Vargas será emprestado por um ano, com possibilidade dos italianos pedirem o retorno do atleta depois de seis meses. Se o Tricolor chegar à decisão da Libertadores, o chileno permanece no clube gaúcho até o fim da competição que acontece só no segundo semestre.

4º LUGAR | Renato Augusto, Corinthians


Ficha técnica
Nascimento 08/02/1988 - Rio de Janeiro
Altura 1,86m
Posição Meia
Detalhes
Tempo de contrato 4 anos
Valor da negociação Cerca de R$ 9,4 milhões
Último clube Bayer Leverkusen-ALE

Vindo do Bayer Leverkusen, o meia-armador destro Renato Augusto chega ao Corinthians para disputar posição com os canhotos Danilo e Douglas. Para contar com o jogador até o fim de 2016, o Timão vai desembolsar € 3,5 milhões (aproximadamente R$ 9,4 milhões).

Revelado nas categorias de base do Flamengo, Renato Augusto conquistou pelo clube carioca a Copa do Brasil de 2006 e os Estaduais dos dois anos seguintes. Em julho de 2008, ele se transferiu para o Bayer Leverkusen. Nas quatro temporadas e meia em que defendeu o time alemão, o atleta convenceu os torcedores com seu estilo de jogo agressivo e suas habilidades técnicas, porém as seguidas lesões o atrapalharam.

Rápido, habilidoso e inteligente, Renato Augusto espera não sofrer mais lesões para poder mostrar em campo que o Corinthians acertou ao contratá-lo.

3º LUGAR | Lúcio, São Paulo


Ficha técnica
Nascimento 08/05/1978 Planaltina-DF
Altura 1,88m
Posição Zagueiro
Detalhes
Tempo de contrato 2 anos
Valor da negociação Sem custo
Último clube Juventus-ITA

Depois de 12 anos atuando no futebol europeu, Lúcio, de 34 anos, chega ao São Paulo com status de um novo líder do elenco e um xerife da defesa. O zagueiro, que estava no Juventus-ITA, assinou contrato com o Tricolor pelas próximas duas temporadas.

Revelado nas categorias de base do Planaltina-DF, Lúcio ganhou destaque no futebol nacional com a camisa do Internacional. Em 2001, o defensor se transferiu para o Bayer Leverkusen, onde permaneceu por três temporadas. Na sequência, foi para o Bayern de Munique e lá conquistou nada menos que oito títulos. Após oito anos na Alemanha, foi vendido à Internazionale de Milão, em 2009. Lá, Lúcio virou ídolo da torcida, conquistando mais seis competições. No meio de 2012, seguiu para o Juventus. Seis meses depois, porém, ele rescindiu o contrato com o clube italiano e chegou a um acordo com o São Paulo.

Titular absoluto na campanha do pentacampeonato mundial em 2002 e campeão da Copa das Confederações em 2005 e em 2009, quando ergueu a sua única taça como capitão da Seleção Brasileira, Lúcio espera ajudar o São Paulo a conquistar o tetra da Libertadores e pensa que ainda pode voltar a vestir a camisa canarinho.

2º LUGAR | Alex, Coritiba


Ficha técnica
Nascimento 04/09/1977 - Curitiba
Altura 1,75m
Posição Meia
Detalhes
Tempo de contrato 2 anos
Valor da negociação Sem custo
Último clube Fenerbahçe-TUR

Considerada a maior contratação da história do Coritiba, o meia Alex está de volta ao clube que o revelou para o futebol, em 1995. O camisa 20, que foi disputado por diversos times do futebol brasileiro, assinou contrato de dois anos com a equipe paranaense.

Depois de deixar o Coritiba, em 1997, Alex passou por Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro, Parma e Fenerbahçe. Ao longo da sua carreira, o jogador conquistou uma série de títulos. Com o time paulista foi uma Libertadores, uma Copa do Brasil, uma Copa Mercosul e um Torneio Rio-São Paulo. Na Raposa, ele conquistou a tríplice coroa, em 2003: Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Estadual. Já pelo time turco, foram três campeonatos nacionais, duas Supercopas do país e uma Copa da Turquia. Pela Seleção Brasileira, Alex foi campeão do Pré-Olímpico e da Copa América duas vezes.

Alex foi apresentado com uma grande festa em outubro do ano passado, no Couto Pereira, diante de mais de 10 mil torcedores. Aos 35 anos, o “Menino de Ouro” sonha em conquistar seu primeiro título com a camisa Coxa-Branca.

1º LUGAR | Alexandre Pato, Corinthians


Ficha técnica
Nascimento 02/09/1989 - Pato Branco
Altura 1,79m
Posição Atacante
Detalhes
Tempo de contrato 4 anos
Valor da negociação Cerca de R$ 40 milhões
Último clube Milan-ITA

Ao contrário da maioria dos grandes craques que deixam o futebol nacional cedo em busca de sucesso na Europa e só retornam ao país de origem no fim da carreira, o atacante Alexandre Pato, principal reforço do Corinthians para a temporada, volta ainda jovem ao Brasil para reconquistar o prestígio e finalmente se firmar com a camisa da Seleção Brasileira. O novo camisa 7 custou € 15 milhões (cerca de R$ 40 milhões) ao Timão, que ficará com 60% de seus direitos, enquanto o próprio atleta fica com 40%.

Revelado pelo Internacional em 2006, Pato rapidamente chamou a atenção de todos graças às suas boas atuações e ao título do Mundial de Clubes, contra o Barcelona-ESP. Negociado com o Milan em agosto de 2007 por aproximadamente R$ 58 milhões, o atacante rapidamente tornou-se ídolo do clube italiano e conquistou títulos importantes. Nos últimos anos, contudo, o jogador sofreu diversas lesões e não conseguiu mais manter a regularidade.

Pato garante estar 100% fisicamente para jogar no atual campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes. A princípio, ele chega para disputar posição com Paolo Guerrero, mas também pode atuar pelas pontas.



Álcool e bola: 30 anos após morte de Mané, bebida ainda estraga carreiras

Header_30anos_sem-Garrincha (Foto: infoesporte)

Completam-se neste domingo 30 anos do adeus a um dos maiores jogadores da história. Gênio e imprevisível, Garrincha encantou o mundo com seus dribles desconcertantes e a maneira simples de encarar os oponentes, que eram chamados por ele de “João”. Porém, não foi capaz de enfrentar seu maior adversário: o alcoolismo. Assim, no dia 20 de janeiro de 1983, o ídolo do Botafogo e campeão das Copas do Mundo de 1958 e 1962 faleceu no Rio de Janeiro, com apenas 49 anos, por consequência de uma cirrose hepática (relembre no vídeo). O aniversário de morte do craque traz à tona um assunto com o qual o futebol convive há décadas - e que ainda prejudica o rendimento de jogadores, a ponto de arruinar carreiras.

Ruy Castro, autor da principal obra sobre Mané, a biografia “Estrela solitária - Um brasileiro chamado Garrincha”, diz que o álcool foi apresentado para o mito alvinegro logo na infância. A dependência só apareceu com 30 e poucos anos, quando ele já não podia viver sem a bebida. O jornalista faz um paralelo e cita outros exemplos, como Sócrates e Adriano.

- O contato de Garrincha com o álcool começou praticamente ao nascer, quando sua família o alimentava com uma mamadeira contendo cachaça, mel e canela em pau - o popular “cachimbo” dos indígenas nordestinos. Ou seja, foi estimulado desde cedo a beber e, durante muitos anos, isso não representou um problema maior. Até que, por volta dos 30 e poucos anos, seu organismo lhe apresentou a conta - Garrincha já não podia funcionar sem bebida. Chama-se a isto dependência. Garrincha era amado por um país inteiro e, principalmente, por uma mulher e, mesmo assim, bebia. Por quê? Bebia porque bebia. Porque seu organismo era feito para beber. E não só o dele, mas o do Sócrates, o do Adriano e de tantos outros menos famosos. Já os do Bebeto, do Romário e, espero, do Neymar, não são. Esses últimos fazem parte dos 85% da população que passam mal se beberem um pouquinho demais; já Garrincha, Sócrates, Adriano [e, antes deles, Veludo, Canhoteiro e muitos mais] podiam ou podem beber quantidades descomunais sem acusar muita alteração. Até, repito, a dependência se instalar. A partir daí, só tratamento com internação. Mas até hoje o Brasil é medieval nesse departamento.

Garrincha na Seleção Brasileira (Foto: Ag. Estado)Garrincha com a seleção brasileira: álcool impediu carreira mais longa (Foto: Ag. Estado)

Considerado uma doença, o alcoolismo está relacionado ao consumo excessivo e prolongado do álcool. Uma das características mais importantes é a negação de sua existência por parte do usuário. Raros são aqueles que reconhecem o uso abusivo de bebidas, passo considerado essencial para livrarem-se da dependência, conforme alerta o médico Oscar Cox, membro do Conselho Municipal Antidrogas do Rio de Janeiro.

- Para a Organização Mundial de Saúde, o alcoolismo é considerado doença desde 1965. Todo individuo que não para de beber quando quer e como consequência muda de comportamento, fazendo coisas que não desejava e não gostaria, é portador do alcoolismo. Ele começa no social e vai tirando do individuo sua qualidade de vida. Chega um determinado momento em que essas pessoas perdem o poder de escolha, mesmo que aleguem o contrário. O Garrincha é um exemplo que o álcool destruiu. Nesse caso, é preciso uma internação compulsória. Serão sucessivas atenções que vão quebrando as resistências. O individuo joga a toalha e depois vai agradecer.

Álvaro, não joga mais pelo Flamengo (Foto: Agência Estado)Álvaro admite: chegou para treinar alterado nos
tempos de Flamengo (Foto: Agência Estado)

Além de ser um grande problema para os familiares, o álcool interfere diretamente na vida profissional das pessoas. No futebol, muitos jogadores reconheceram que o consumo exagerado acabou sendo prejudicial no rendimento dentro de campo. O zagueiro Álvaro, que teve passagens por São Paulo, Flamengo, Internacional e hoje atua no Linense-SP, lembrou de momentos complicados. Segundo ele, a luta ainda continua.

- Quando resolvi procurar ajuda, meu nível de alcoolismo ainda era baixo. Eu trouxe da Europa quando voltei para o Internacional em 2008. A questão familiar também ajudou, pois meu pai faleceu devido ao alcoolismo. Foi prejudicial principalmente no estágio psicológico. O álcool me tornou uma pessoa mais fraca. Estava me separando da minha esposa, ficando longe dos meus filhos e me sentindo inseguro na minha profissão. Queria suprir essa falta de carinho e passava noites bebendo. Em 2010, cheguei para treinar no Flamengo alterado e resolvi ir embora. Minha esposa pagou um preço muito alto e foi a grande responsável pela minha melhora. Não é fácil sair sem tratamento. Essa luta não acabou, ela ainda dura 24 horas por dia. Hoje, sou um vitorioso. 

Agressividade, fuga, doenças

Como aconteceu com o zagueiro, a mudança de comportamento é um dos fatores que mostram o nível de alcoolismo de uma pessoa. Segundo Sâmia Hallage, doutora em psicologia pela USP e psicóloga da seleção brasileira de vôlei de praia masculino, o consumo exagerado pode causar uma ansiedade generalizada e atrapalhar o foco no trabalho.

O atleta profissional pode se tornar mais agressivo. O consumo pode causar uma ansiedade generalizada"

Sâmia Hallage, doutora em Psicologia

- O álcool vai agir no sistema nervoso central e fazer com que esse indivíduo fique dependente. É uma droga social. Às vezes, a pessoa bebe para acabar com a timidez e causa euforia. Esses exageros também são muitas vezes para se livrar de um problema como ausência da família, uma briga com o namorado, mas quando passa o efeito do álcool o problema volta. O atleta profissional, por exemplo, pode se tornar mais agressivo. O consumo pode causar uma ansiedade generalizada. O álcool prejudica o rendimento físico e vai mudar o comportamento. Quando a pessoa fica viciada em alguma coisa, ela se prende ao vício e esquece das outras obrigações. A vida de atleta é muito complicada e desgastante. Nesse sentido, a bebida pode servir como uma fuga.

Presidente da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas, o médico Joaquim Ferreira de Melo Neto alerta para o perigo de outras doenças, que podem ser relacionadas ao álcool. Além disso, diz que os atletas podem perder a capacidade normal de locomoção.

- O álcool abala o sistema nervoso e o aparelho digestivo. Quando você ingere, a bebida é absorvida no intestino e vai para o fígado. Ao metabolizar, uma parte é mantida no organismo. O uso abusivo abala a capacidade motora, de raciocínio e pode levar a diversas doenças. Demência alcoólica, hepatite alcoólica, cirrose e problemas cardiovasculares, por exemplo. Os dependentes perdem a capacidade de concentração. Aos poucos o fígado fica prejudicado e não vai conseguindo trabalhar. A pessoa começa a perder a capacidade normal de locomoção, as ações do cérebro ficam mais lentas.

Ídolo do Corinthians, Sócrates, que também era médico, cansou de falar publicamente sobre o assunto. Porém, em uma entrevista ao programa "Mais Você", da TV Globo, na manhã do dia 26 de setembro de 2011, ele afirmou que isso não chegou a prejudicar sua carreira. O ex-jogador morreu no dia 4 de dezembro, vítima de infecção generalizada de origem intestinal.

Socrates (Foto: Marcos Guerra/Globoesporte.com)Sócrates foi mais um craque vitimado pelo álcool
(Foto: Marcos Guerra/Globoesporte.com)

- O uso do álcool não afetou a minha carreira. Até mesmo porque eu nunca tive uma estrutura física para jogar futebol. Se eu fosse um atleta de verdade, aí, sim, teria alguma limitação. Mas como eu já não tinha uma condição física, então não prejudicou muita coisa. Comportamentalmente o álcool é importante para mim, talvez pela minha timidez. O álcool era um companheiro para mim.

Jogadores internacionais também ficaram marcados pela doença. O argentino Ortega, por exemplo, revelou em 2008 ter problemas com álcool, que prejudicou sua carreira e a permanência no River Plate. Ele se aposentou no ano passado, aos 38 anos, quando atuava no modesto Defensores de Belgrano, da terceira divisão argentina. Na Inglaterra, o polêmico Paul Gascoigne chegou a dizer que tomou quatro garrafas de uísque por dia durante três meses para contrabalancear o efeito das drogas.

Ruy Castro lembra que o envolvimento com o álcool envolve forte componente social. O alcoólatra não é visto como uma pessoa doente. Isso distancia a possibilidade de tratamento.

- Até hoje, o alcoólatra é considerado um vagabundo, um sem-vergonha, não um doente. Ou seja, há um estigma moral. É por isso que as pessoas não se importam de se dizer cardíacas, diabéticas ou até cancerosas, mas, alcoólatras, jamais. Eu, que deixei de beber há 25 anos, sou o único alcoólatra que conheço e que se diz alcoólatra... Sim, porque, assim como na diabetes o diabético não deixa de ser diabético - apenas deixa de comer açúcar -, o alcoólatra também não passa a ser ex-alcoólatra porque deixou de beber. Ele apenas deixa de beber - conclui o escritor.



São Paulo leva seis zagueiros e só três atacantes para a estreia

Ney Franco comanda treino com grupo do São Paulo (Foto: Site Oficial/saopaulofc.net)Ney Franco comanda treino com grupo do Tricolor
(Foto: Site Oficial/saopaulofc.net)

O técnico Ney Franco convocou 20 jogadores do São Paulo para a estreia no Campeonato Paulista, contra o Mirassol, neste sábado, às 17h, no Morumbi. Com problemas no setor ofensivo, o treinador só terá três atacantes à disposição. No entanto, levou nada menos que seis zagueiros para a primeira partida oficial da temporada.

Dos quatro reforços anunciados até agora, estão presentes apenas o zagueiro Lúcio, titular ao lado de Rhodolfo, e o atacante Aloísio, reserva de Osvaldo e Luis Fabiano. Negueba, operado no joelho direito, e Wallyson, em recuperação de uma cirurgia no tornozelo esquerdo, estão fora.

Outro desfalque é o lateral-esquerdo Cortez. O jogador sentiu dores no músculo adutor da coxa direita no início da semana e foi preservado pelo corpo clínico. A previsão, porém, é de que ele esteja em campo para enfrentar o Bolívar, quarta-feira, às 22h, no Morumbi, pela primeira partida da fase prévia da Taça Libertadores.

O volante Fabrício, liberado pelos médicos após operar o joelho esquerdo, treinou normalmente nesta sexta-feira, mas não seguirá com o grupo nos dois jogos. Segundo Ney Franco, ele ainda precisa melhorar fisicamente para estar em condições de ser utilizado em partidas oficiais.

Já o também volante Casemiro se recuperou de uma indisposição que o tirou da atividade pela manhã, no CT de Cotia, e está confirmado entre os 20 convocados.

Confira a lista de relacionados do São Paulo:

Goleiros: Rogério Ceni e Denis
Laterais: Douglas e Carleto
Zagueiros: Lúcio, Rhodolfo, Rafael Toloi, Edson Silva, Paulo Miranda e João Filipe
Volantes: Wellington, Denilson e Casemiro
Meias: Jadson, Paulo Henrique Ganso, Maicon e Cañete
Atacantes: Osvaldo, Luis Fabiano e Aloísio



Sem ansiedade após estreia, Lucas se prepara para jogar como no São Paulo

Lucas não resistiu às câimbras em sua estreia no Paris Saint-Germain. Diante da torcida, no Parque dos Príncipes, correu até se esgotar fisicamente, mas não conseguiu um golzinho que fosse necessário para evitar o empate por 0 a 0 com o Ajaccio. O seu segundo jogo oficial será diante do Bordeaux, fora de casa, neste domingo, quando o meia-atacante brasileiro espera estar mais à vontade com a camisa 29, como nos tempos de São Paulo.

A referência foi uma orientação do próprio técnico Carlo Ancelotti, que pediu para ele jogar "aberto pela direita".

– A ansiedade da estreia já passou, aquele frio na barriga também. Vou me adaptando, ganhando confiança e isso é muito importante. No segundo jogo já estarei mais tranquilo, um pouco mais confiante. A tendência é jogar cada vez mais, me adaptar aos gramados daqui. No domingo já vou estar mais à vontade, mais solto. Conheço mais os meus companheiros.A tendência é pegar uma sequência de jogos e ficar cada vez mais adaptado. Com as vitórias, isso ficará ainda melhor – disse Lucas, em entrevista para o seu site oficial.

Lucas treino PSG (Foto: Reprodução / Site Oficial)Lucas em treino nesta semana no PSG (Foto: Reprodução / Site Oficial)

Do outro lado estará um time em boa fase. O Bordeaux, que conta com os brasileiros Mariano, Henrique e Jussiê, ocupa a quarta colocação no Campeonato Francês, com 32 pontos - sete a menos que o vice-líder PSG. Além disso, vem de duas vitórias seguidas, uma delas sobre o Chateauroux, pela Copa da França, que contou com gol do ex-lateral-direito do Fluminense.

– Esse jogo tem um peso maior pra mim e para todos os jogadores do Bordeaux pela boa equipe que o PSG formou e por estarmos brigando na parte de cima da tabela. Também vivo um bom momento e estou bastante confiante, fiz gol, dei assistência e ganhamos fora de casa. Vencer o PSG seria bom demais – disse Mariano, empolgado com a vitrine que será duelar contra as estrelas da capital.

– Enfrentar jogadores como Ibra e Lucas é um orgulho, são jogadores de altíssimo nível. Contra o Lucas eu já joguei várias vezes no Brasil, contra o Ibra só no primeiro turno, quando empatamos em 0 a 0 em Paris. A qualidade deles é enorme, por isso dá mais vontade ainda de vencer, de superar dentro de campo aqueles que você admira. O favoritismo e a imprensa estão voltados para eles, então se ganharmos a alegria é bem maior – completou.

Mariano Henrique Bordeaux (Foto: AFP)Mariano e Henrique são dois dos três brasileiros do Bordeaux (Foto: AFP)



Guia do Paulistão: Montillo, Ganso, Pato, Barcos... estrelas em campo!

Pato, Barcos, Montillo e Ganso montagem (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)Pato, Barcos, Montillo e Ganso: quem vai brilhar?
(Montagem: Editoria de Arte/Globoesporte.com)

Considerado um dos estaduais mais fortes e competitivos do futebol brasileiro, o Campeonato Paulista terá início na tarde deste sábado com muitas novidades. Os clubes não economizaram e investiram pesado nas contratações para 2013.

A principal foi a de Alexandre Pato. Depois de cinco anos e meio vestindo a camisa do Milan, o atacante foi contratado pelo Corinthians em uma negociação que custou R$ 40,5 milhões aos cofres alvinegros.

Atual tricampeão do torneio, o Santos tentará o inédito tetracampeonato paulista com sotaque. O Peixe desembolsou R$ 16 milhões, mais os direitos econômicos do volante Henrique, para tirar o argentino Montillo da Toca da Raposa. Além do meia, o time de Muricy Ramalho se reforçou com o experiente volante Marcos Assunção.

Rebaixado para a Série B do Brasileirão, e vivendo expectativa interna por causa da disputa pela presidência, o Palmeiras foi o mais tímido nas contratações. Reformulado, o clube apostou em contratações pontuais para 2013: o goleiro Fernando Prass e o lateral-direito Ayrton. Vizinho de CT, o São Paulo teve postura diferente e montou um elenco forte para a temporada, com destaque para a contratação do zagueiro Lúcio, ex-Juventus de Turim.

Os clubes do ABC também investiram pesado. Depois de bater na trave no Campeonato Brasileiro da Série B e quase garantir o acesso à Série A do futebol nacional em 2012, o São Caetano manteve a base e apostou suas fichas em dois atletas experientes: Rivaldo e Jobson. Rival da região, o São Bernardo não ficou atrás e repatriou o atacante Fernando Baiano, que no Brasil teve passagens por Corinthians, Internacional e Flamengo.

Os clubes do interior não ficaram atrás e querem começar o Paulistão aprontando para cima dos grandes. Confira como o seu time chega para o estadual.



Copa SP: São Paulo mata Fortaleza no 1º tempo, goleia e vai às quartas

O São Paulo precisou de apenas um tempo para atropelar o Fortaleza e garantir vaga nas quartas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Com gols de Adelino, Thiago, João Schmidt e Lucas Evangelista (três deles na primeira etapa), o Tricolor paulista fez 4 a 0 no time cearense, nesta sexta-feira à tarde, em São Carlos, e confirmou a classificação à próxima fase do torneio que abre a temporada do futebol brasileiro.

O próximo adversário da equipe do Morumbi será o Goiás, que bateu o Mogi Mirim em Ribeirão Preto. São-paulinos e esmeraldinos decidem uma vaga na semifinal no próximo domingo, às 14h, novamente em São Carlos. Os dois clubes chegam à fase decisiva da Copinha com 100% de aproveitamento.

adelino SÃO PAULO X FORTALEZA (Foto: Célio Messias/Agência Estado)Adelino festeja gol que abriu caminho para vitória são-paulina (Foto: Célio Messias/Agência Estado)

O São Paulo foi líder do Grupo M, passando por União Rondonópolis (5 a 0), Guaicurus (5 a 2) e São Carlos (2 a 0). Na segunda fase, eliminou o Santa Cruz ao vencer por 2 a 1, de virada. Já o Goiás passou por Guarani (4 a 0), Guarany-SE (3 a 2) e Lemense (3 a 1) na primeira fase e derrotou o Vasco em seguida (5 a 1).

São Paulo não dá chance

O rolo compressor são-paulino não deixou o Fortaleza respirar em campo. Antes dos dez minutos, o Tricolor já vencia por 2 a 0, graças a falhas do goleiro Max. No primeiro gol, aos sete, o goleiro tentou socar cruzamento de Thiago e acertou Adelino em cheio. O artilheiro pegou a sobra e balançou as redes sem dificuldade. No ataque seguinte, Max espalmou a bola para o meio da área, nos pés de Thiago, que só empurrou para a meta vazia.

A larga vantagem logo no início não satisfez o São Paulo, que seguiu criando oportunidades para chegar ao terceiro gol. Aos 12 minutos, Adelino cruzou para Thiago, que bateu e parou na defesa de Max. Em seguida, o camisa 9 tricolor recebeu lançamento, passou por dois zagueiros e chutou sobre o travessão.

A partida era só são-paulina até o outro Tricolor dar seu primeiro chute. Edinho arriscou, mas Felipe defendeu. No contra-ataque, porém, o time paulista acabou de vez com as esperanças do adversário. Após cruzamento de Lucas Farias, João Schimidt desviou de cabeça no contrapé de Sidney. O Fortaleza ainda arriscou mais uma subida ao ataque, mas Walfrido acertou a trave.

Golaço no fim coroa a classificação

Sérgio Baresi voltou do intervalo com duas alterações - Daniel e Joanderson entraram nas vagas de Lucas Farias e Adelino. As substituições, porém, não mexeram com a estrutura da equipe paulista. João Schmidt teve a chance de transformar o duelo em goleada aos nove minutos, mas errou chute da entrada da área. Como resposta, Wilfredo arriscou chute cruzado, mas não acertou o gol.

O ritmo da partida caiu até os minutos finais. O Fortaleza não teve forças para assustar o São Paulo, que por sua vez administrava a vantagem com passes na intermediária. No fim, aos 39, uma bela jogada fechou o placar. Após troca de passes, Rodrigo Caio ajeitou de calcanhar para Lucas Evangelista. De primeira, o meia colocou a bola no ângulo direito de Max e confirmou a classificação paulista.



Ney Franco confirma Jadson, mas deixa três opções em alerta para vaga

jadson são paulo (Foto: André Lessa/Agência Estado)Jadson tem vaga garantida com Ney Franco no
Tricolor (Foto: André Lessa/Agência Estado)

O técnico Ney Franco começa a temporada procurando uma solução para suprir a saída de Lucas, vendido ao Paris Saint-Germain. Sem muito tempo para fazer testes e sem os reforços que pediu à direção, o treinador iniciará o Campeonato Paulista sem arriscar. Jadson fará a função pelo lado direito do meio de campo, mas Douglas, Cañete e Aloísio também estão cotados para a vaga. 

A preocupação do comandante é fazer grandes mudanças na equipe em um período curto de trabalho – teve apenas duas semanas de pré-temporada. O Tricolor enfrenta o Bolívar, nos dias 23 e 30 de janeiro, pela fase prévia da Taça Libertadores. Qualquer vacilo neste momento poderá custar o futuro do clube na principal competição das Américas.

Depois de iniciar o ano com treinos em que escalou Jadson pelo lado direito, em posição semelhante à de Lucas, Ney Franco fez testes com ele pelo lado esquerdo. Não deu resultado. O time jogou mal e não passou de um empate contra o RB Brasil, clube da Série A-2 do Paulistão. Por isso, optou por adotar a primeira alternativa.

Vamos iniciar jogando com uma linha de quatro na defesa. Defini um meia centralizado, que é o Ganso, e o lado esquerdo com o Osvaldo. A questão toda é esse lado direito, com o Jadson. A primeira opção é ele"

Ney Franco

– Mudei de novo o posicionamento e vamos iniciar jogando com uma linha de quatro (jogadores) na defesa, igual na última temporada. Defini um meia centralizado, que é o Ganso, e o lado esquerdo com o Osvaldo. A questão toda é esse lado direito, com o Jadson. A primeira opção é ele. No futebol, tudo depende de resultados – afirmou.

O treinador, porém, não está convencido e tem na cabeça algumas possibilidades caso necessite sacar o armador. Uma delas é avançar o lateral-direito Douglas e colocar Paulo Miranda, que está suspenso na estreia na Libertadores em virtude da expulsão na decisão da Copa Sul-Americana.

A comissão técnica observa também o rendimento do meia argentino Cañete e do atacante Aloísio, contratado para ser uma das sombras de Luis Fabiano. Wallyson, em recuperação de uma cirurgia no tornozelo esquerdo, também brigará pela vaga, mas só será liberado no fim de fevereiro. Além disso, espera por reforços.

– Criamos alternativas para essa função. Uma delas é o Douglas, que poderia começar jogando se tivéssemos o Paulo Miranda na lateral. Estou vendo também Cañete e Aloísio. Nos jogos-treino optei por colocar uma formação diferente, mas não gostei. Tirando o lado direito, todos os jogadores estão em suas funções. Precisamos achar um jogador que faça esse lado direito. Prefiro encaixar uma peça do que mudar a equipe – ressaltou.

O São Paulo estreia no Campeonato Paulista, contra o Mirassol, neste sábado, às 17h, com a seguinte formação: Rogério Ceni, Douglas, Lúcio, Rhodolfo e Carleto; Wellington, Denilson, Jadson e Ganso; Osvaldo e Luis Fabiano.

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Ney Franco reprova losango, confirma 4-2-3-1 com Jadson para estreia e observa Cañete e Aloísio

LANCEPRESS! - 18/01/2013 - 12:53 São Paulo (SP)

Jadson - São Paulo (Foto: Tom Dib)
Jadson fará a ponta direita, que seguirá com competição aberta (Foto: Tom Dib)

O técnico Ney Franco voltou a armar o São Paulo no 4-2-3-1 no treino desta sexta-feira, em Cotia. Nos últimos dias, o treinador havia esboçado a equipe no 4-4-2, com um losango formado por Wellington, Denilson, Jadson e Ganso, mas não aprovou os testes. Após a atividade, confirmou que vai estrear no Paulistão e na Libertadores com o esquema utilizado no ano passado, com Jadson na ponta direita.

- Eu mudei de novo o posicionamento da equipe, da forma como a gente terminou o ano. Linha de quatro, dois volantes. Meia centralizado é o Ganso. Lado esquerdo é o Osvaldo, Luis Fabiano na frente. A questão toda é o Jadson, naquele lado direito. Temos algumas alternativas, uma delas é o Douglas. Poderia começar ali assim, mas o Paulo Miranda está suspenso para a Libertadores, então ele fica na lateral. Estou vendo ali no Cañete a opção de fazer esse lado direito, e também no próprio Aloísio. Vamos iniciar com o Jadson - disse.

Dessa forma, o São Paulo vai estrear neste sábado no Paulistão, contra o Mirassol, com a equipe formada por Rogério Ceni, Douglas, Lúcio, Rhodolfo e Carleto; Wellington e Denilson; Jadson, Ganso e Osvaldo; Luis Fabiano. Cortez, com dores na coxa direita, não participou dos últimos treinos e foi vetado para a partida.

Sem Eduardo Vargas, que foi emprestado pelo Napoli ao Grêmio, Ney Franco também espera achar no elenco quem possa fazer a função na ponta direita. Para o segundo semestre, ele acredita que Wallyson seja o indicado para disputar a vaga. Antes disso, diz que o clube ficará atento ao mercado, mas que não vê reais oportunidades no momento.

- Não adianta falar de contratar e não ter jogador para contratar. Por isso que uso a palavra oportunidade, e a gente não tem hoje no mercado. Dos jogadores que fazem essa função, todos estão empregados, em bons clubes. Cabe a nós achar um jogador no elenco que faça esse posicionamento. Se aparecer uma possibilidade de contratação que for dentro da realidade financeira do clube, a gente vai conversar e isso vai acontecer naturalmente.



São Paulo espera aprovação de fundo e recebe a AG para dar início às obras no Morumbi ainda em janeiro

Bruno Quaresma e Guilherme Palenzuela - 18/01/2013 - 06:45 São Paulo (SP)

São Paulo x Tigre - Copa Sul-Americana - Morumbi (Foto: Eduardo Viana)
Diretoria crê que poderá transformar Morumbi, com os torcedores, em importante fonte de renda (Foto: Eduardo Viana)

O São Paulo acerta os últimos detalhes para dar início à reforma do Morumbi nas próximas semanas e começar a parte mais significativa da modernização do estádio que, para a diretoria, vai se tornar uma das mais importantes fontes de renda nos próximos anos. Para isso, alia as obras da cobertura e da arena de shows à expectativa dos primeiros resultados do novo programa sócio-torcedor.

Assim como o São Paulo, outros 14 clubes do Brasil agora participam de do programa sócio-torcedor gerido pela Ambev, lançado no sábado. Ao Morumbi, os primeiros resultados trouxeram esperança e grande expectativa. Seis dias após o início, o São Paulo já conta com mais de 6 mil adesões segundo a diretoria. O número é quase o mesmo que o São Paulo acumulava de ativos no fim de 2012, antes da reformulação do programa: 8 mil.

– O clube que se organizar para a recepção desse cidadão acho que terá um êxito forte. Essa nova empreitada de um movimento pelo futebol vai trazer esse cidadão para o clube. Esperamos, e sem falácia, 200 mil torcedores – disse ontem o otimista presidente Juvenal Juvêncio, no Morumbi.

E para que possa levar ao estádio todos esses torcedores, o clube fecha os últimos pontos para começar as obras. São Paulo, Andrade Gutierrez, que tocará a reforma, e a XYZ Live, que vai gerenciar a arena, firmaram no fim de 2012 contrato de financiamento com o Banco BTG Pactual. O fundo foi protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e deve ser aprovado até a metade de fevereiro. O clube diz que conseguirá começar as obras mesmo sem os recursos financiados até o fim de janeiro.

A reforma custará pouco mais de R$ 300 milhões, bancados pelos parceiros, que vão explorar a arena. A previsão de conclusão é de 18 meses. Hoje, o São Paulo recebe a Andrade Gutierrez no Morumbi, para planejar as mudanças de funcionários do setor onde será construída a arena. O canteiro de obras deve ser instalado nos próximos dias, perto ao portão 1.

Últimos dias das cadeiras azuis

Depois de concluir as trocas de todas cadeiras superiores, resta apenas o setor intermediário azul receber os novos assentos de cor vermelha. Em seu discurso de ontem, o presidente Juvenal Juvêncio avisou que as últimas antigas serão substituídas já nos próximos dias:

– Queria aproveitar para dizer da modernidade desse estádio. É possível verificar hoje o volume de troca de cadeiras. Só na arquibancada, 42 mil. Na intermediária, não sei quantas. Ontem, início da instalação de mais 10 mil cadeiras vindas do México. As azuis desaparecem nesses 15 dias. O Morumbi será todo de uma cor só, cor vermelha.



Com dores na coxa direita, Cortez está fora de estreia no Paulistão

LANCEPRESS! - 18/01/2013 - 10:56 São Paulo (SP)

Cortez - São Paulo (Foto: Miguel Schincariol)
Cortez será substituído por Carleto contra o Mirassol (Foto: Miguel Schincariol)

O lateral-esquerdo Cortez está fora da estreia do São Paulo no Paulistão, neste sábado, contra o Mirassol. O jogador não se recuperou das dores na coxa direita, que o impediram de participar dos últimos treinamentos, e teve o desfalque confirmado na manhã desta sexta-feira, após não participar do primeiro treino no CFA de Cotia.

Sem Cortez, quem assumirá a vaga é Carleto, que voltou em 2013 após uma temporada emprestado ao Fluminense. No jogo-treino contra o Red Bull Brasil, que acabou empatado em 2 a 2, na última quarta-feira, ele já atuou entre os titulares. Assim, a equipe que deverá iniciar a partida de sábado, contra o Mirassol, será formada por: Rogério Ceni, Douglas, Lúcio, Rhodolfo e Carleto; Wellington, Denilson, Jadson e Ganso; Osvaldo e Luis Fabiano.

Para a partida contra o Bolívar, na próxima quarta-feira, no Morumbi, pela primeira fase da Libertadores, Cortez ainda não tem aus~encia confirmada. Até lá, ele será reavaliado pelo departamento médico.

Além de Cortez, quem também não participou do treino desta sexta-feira foram Casemiro e Wallyson. O volante teve uma indisposição estomacal, e não foi aos trabalhos durante a manhã. Já o atacante, contratado recentemente, ainda faz trabalhos de preparação física no Reffis, e ainda pode demorar duas semanas para ir a campo.



São Paulo e Fortaleza se enfrentarão nesta sexta-feira pela Copinha

LANCEPRESS! - 17/01/2013 - 14:54 São Paulo (SP)

São Paulo x Santa Cruz - Copa São Paulo (Foto: Célio Messias)
São Paulo bateu o Santa Cruz nesta quarta e, nesta sexta-feira, encara o Fortaleza (Foto: Célio Messias)

A Federação Paulista de Futebol definiu o dia e horário da partida entre São Paulo e Fortaleza, válida pela terceira fase da Copinha. O jogo acontecerá nesta sexta-feira (18), às 16h, em São Carlos.

Nesta quarta, o Tricolor conseguiu a classificação à próxima fase depois de bater o Santa Cruz, de virada, por 2 a 1.

O clube do Morumbi está invicto na competição e conquistou até o momento quatro vitórias, anotando 14 gols e sofrendo apenas três.



Juvenal Juvêncio sobre clubes cariocas: “Eles vão quebrar”

Durante o lançamento da nova camisa do São Paulo, no Morumbi, Juvenal Juvêncio alertou os clubes cariocas sobre os altos salários que vêm pagando a alguns jogadores.

“Estou assustado com alguns clubes brasileiros, principalmente os do Rio de Janeiro. Não podem pagar isso. Eles vão quebrar. Alguns já quebraram. A Receita já foi lá e até pegou eles. Isso é ruim para o futebol. Vai ter uma sexta-feira 13 que eles vão quebrar. A gente deve ter cautela. O que eu digo é contra a emoção, mas o dirigente precisa pensar na razão”, disse Juvêncio.

Juvenal exemplificou seu ponto de vista falando de seu método para negociar com jogadores que atuam na Europa.

“Eu, quando converso com jogador, digo logo de cara que não temos dinheiro para pagar o que eles ganhavam na Europa e digo que sei que ele está rico e ofereço, no máximo, nosso teto salarial”, argumentou.

Apesar das declarações, Juvenal não citou quais clubes cariocas foram alvos de suas ponderações.



Sem o 'substituto de Lucas', São Paulo aposta em Cañete para 2013

Cañete no treino do São Paulo (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)Cañete inicia o ano como aposta da diretoria para
atuar no ataque (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)

Na véspera da estreia do São Paulo na temporada 2013, o tão esperado "substituto de Lucas" não chegou. E, depois da negociação frustrada com o chileno Eduardo Vargas, que acertou com o Grêmio, talvez nem chegue. O técnico Ney Franco insiste na contratação de dois atacantes velozes, mas a diretoria não garante que atenderá seus pedidos. E aposta numa solução interna para preencher a lacuna: Marcelo Cañete.

O argentino é meia, não tem a velocidade do ídolo vendido ao PSG, mas os dirigentes veem nele características que podem se encaixar no setor: movimentação e boa chegada à área do adversário. Outro argumento para mudá-lo de posição é que será cruel a disputa por uma vaga na armação com Paulo Henrique Ganso e Jadson.

Cañete passou toda a temporada de 2012 lesionado, e atuou somente nas duas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, contra Ponte Preta e Corinthians, quando Ney Franco poupou os titulares para a Copa Sul-Americana. Mesmo assim, o argentino entrou no segundo tempo. Suas atuações agradaram e a expectativa é que ele seja mais aproveitado em 2013.

A diretoria, entretanto, terá de convencer seu treinador de que Cañete é a melhor opção para armar a equipe com três atacantes. O argentino ainda não fez gols pelo Tricolor, e esse nem é seu ponto forte. Ainda assim, os cartolas acham que ele pode aparecer logo no time titular. Ney tem dito em todas as suas entrevistas que precisa de dois jogadores rápidos na frente. A situação se agravou depois que Negueba, que tem essas características, machucou o joelho na pré-temporada e foi submetido a cirurgia. Ele só voltará a jogar no segundo semestre.

O comandante da equipe tinha duas opções para a vaga de Lucas: Montillo trocou o Cruzeiro pelo Santos, que fez uma oferta superior à do São Paulo. O segundo era Vargas, mas sua contratação esbarrou no Napoli, que mudou quatro vezes a pedida pelo jogador e irritou o presidente Juvenal Juvêncio. Sem eles, a diretoria adora um discurso padrão: não deverá buscar novos jogadores para o início da temporada.

Embora não admita publicamente, o Tricolor monitora jogadores que se assemelhem a Lucas, ao menos no estilo de jogo. Na apresentação dos novos uniformes, na manhã desta quinta-feira, Juvenal afirmou que o clube "estava atento ao mercado", mas descartou entrar numa disputa para repatriar Kaká. Segundo o presidente, seus salários são incompatíveis com o futebol brasileiro.

Sem um jogador para essa posição, Ney Franco começa a temporada com formações táticas bem diferentes do 4-2-3-1, campeão da Sul-Americana. O esquema foi repetido no primeiro treino do ano, em Cotia, com Jadson na direita, mas substituído na partida seguinte por um losango no meio, formado por Wellington, mais recuado, Denilson na direita, Jadson na esquerda e Ganso avançado, próximo aos atacantes. Por fim, no segundo tempo do amistoso contra o RB Brasil, Ney usou o 3-5-2, com Toloi, Lúcio e Rhodolfo na zaga.



Mito e legado se misturam na história do filho mais ilustre de Pau Grande

Header_30anos_sem-Garrincha (Foto: infoesporte)

Mitologia, entre outras definições, é a história dos mistérios, cerimônias e cultos com que os pagãos reverenciavam os seus deuses e heróis. Histórias que, no mundo da bola, com o passar dos anos, se fundem à realidade, se misturam à paixão de torcedor, ganham contornos mais dramáticos, heroicos, divinos. A lenda do "demônio das pernas tortas" ainda paira no ar de Pau Grande, o pacato distrito do interior fluminense que deu ao Brasil um dos maiores gênios do futebol. Neste domingo, a morte de Mané Garrincha completa 30 anos. O homem simples que três décadas depois é lembrado como herói, que ainda suscita a mistura entre realidade e ficção sobre seus dribles em cada "João", continua a ser a alegria do povo, como descrito em seu local de descanso.

garrincha especial (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)Túmulo de Garrincha tem frase ilustrativa: 'Aqui descansa em paz aquele que foi a alegria do povo'
(Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)

O ponto mais óbvio de visita, já que não há sequer um museu sobre o craque que tornou a cidade do distrito de Magé famosa mundialmente, é o cemitério. Um túmulo sem adornos exibe uma modesta lápide avisando que ali jaz o ponta-direita que fez Nilton Santos pedir sua contratação no Botafogo para não ter de enfrentá-lo. Ninguém era capaz de enfrentar Garrincha. E enfrentar esse "dogma" em Pau Grande, no maior dos eufemismos, é pouco prudente. Não são raros os cabeças brancas da região que clamam ter tomado um gole disso ou daquilo com o Mané. Tomam, além dos goles, as dores ao menor sinal de contestação.

garrincha especial (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)Manezinho, companheiro de pelada e de bar
(Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)

Experimente dizer ao senhor Manuel Machado Duarte, não por acaso chamado de Manezinho, de 65 anos, ex-peladeiro e amigo do ilustre xará - o que é confirmado pelos moradores locais -, que Pelé jogava mais do que Garrincha. Incluir Messi nessa conversa, então, é uma afronta.

- O Pelé perto do Garrincha era uma m...! Messi? O time de Pau Grande era melhor que o Barcelona (risos). Ninguém marcava o Garrincha. Ele passava por qualquer um. Era uma festa toda vez que vinha aqui - conta.

A mais brilhante estrela solitária alvinegra foi enterrada "com todo respeito e carinho" pelo coveiro rubro-negro José Carlos Nascimento Lopes, de 49 anos. Em 20 de janeiro de 1983, tinha 19, mas a lembrança persiste.

- Aqui não teve quase ninguém do futebol. Não veio nenhum colega dele. Mas tinha bastante gente da cidade, isso (o cemitério) estava lotado. Teve gente que chegou a subir nos túmulos. Deu um trabalho danado. A cidade ficou marcada. Passou a vir muita gente para cá porque o Garrincha nasceu em Pau Grande. No domingo farão uma homenagem aqui no cemitério.

garrincha especial (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)O coveiro que enterrou Garrincha há 30 anos
(Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)

Logo acima da lápide de Garrincha, há outra inscrição em pedra com o nome de um menino que morreu com 9 anos em 1955, atropelado. Jorge Rogonisky era sobrinho do Mané.

- O túmulo não é dele, é emprestado, quem paga a manutenção é outra pessoa.

Quase tudo o que resta de homenagens ao campeão mundial de 1958 e 62 é contaminado pela política, como o busto exibido em frente à fábrica têxtil onde trabalhou - hoje uma indústria de refrigerantes - ou o monumento construído no cemitério. Como acontecia em vida pela ingenuidade e desapego do Mané, ainda há quem queira pegar uma carona em sua genialidade com os pés. Mas falta quem o faça de forma a colocar Pau Grande à altura do número de visitantes que recebe por conta de seu legado.

Os moradores relatam que forasteiros, especialmente estrangeiros fascinados pelo futebol brasileiro, são vistos com certa frequência por lá, mas há pouco para apreciar. Um pequeno memorial no Esporte Clube Pau Grande, onde jogou, seu túmulo, os campos onde brincava com a bola e a memória de quem vive na localidade. Fora isso, uma escola municipal e uma choperia carregam sua alcunha. A casa onde Garrincha nasceu tem acesso proibido. O sisudo sobrinho chamado pelos locais de Neném Baleia reclama de nunca ter recebido ajuda para reformar o local e, assim, explica o motivo de proibir até imagens do portão que levaria à infância do Mané. Mora com dois outros sobrinhos do craque.

garrincha especial (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)O campo de peladas onde Garrincha brincava com a bola (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)

O discurso é recorrente entre familiares, em intensidades variadas, cada qual com sua justificativa e reclamação sobre a ausência de apoio para valorização dos locais que marcaram a história de Garrincha. A família é grande. Uma das netas, Alexsandra dos Santos, contabiliza, de cabeça, mais de 20 parentes, entre filhos, netos, bisnetos, primos e sobrinhos vivendo no distrito.

- Convivi muito pouco com o meu avô, eu era nova quando ele morreu e ele tinha passado a viver em outros lugares. Quando vinha, ficava ali na varanda com os amigos - disse Alexsandra, apontando para o quintal da casa de esquina que Garrincha recebeu da fábrica onde trabalhou, após o Mundial de 58.

garrincha especial (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)Casa que Garrincha ganhou após Copa de 58
(Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)

Disseram para Garrincha escolher a casa que quisesse em Pau Grande, conta Manezinho, que a esta altura já se tornara guia. Mas a "página 2" dessa história releva a "pegadinha". A neta de Garrincha explica e esclarece também a bronca de alguns dos velhinhos com Pelé.

- Essa casa foi doada pela fábrica, mas nunca teve documentos. Na época que a fábrica fechou, quiseram vender a casa, e meu pai teve de comprar. Não tenho nada do meu avô. A minha mãe tinha dois pares de chuteira, sei que uma delas foi roubada. Levaram para tirar foto, ou algo assim, e não devolveram. Estamos perto da Copa do Mundo no Brasil e não tem nada aqui em Pau Grande. Acho que o governo deveria se envergonhar disso. Algumas pessoas falam mal do Pelé porque acham que ele não deu atenção, não procurou ajudar o meu avô - disse Alexsandra, que quer montar uma pequena lanchonete temática no quintal traseiro da casa.

garrincha especial (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)Alexsandra, neta de Garrincha, e seus filhos
(Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)

A personalidade do ponta direita espalhou entre amigos, conhecidos e parentes os objetos que poderiam servir de acervo. Quase todos contam que não era raro Garrincha dar de presente camisas ou outros acessórios que usava para jogar, ou mesmo que ganhava no clube. Caso de um manto número quatro do Botafogo, que um dos moradores afirma ter sido dada ao seu avô pelo Mané. Em Pau Grande, a memória de Garrincha não está em objetos arrumados em uma sala. Circulando pela área, Manezinho, inicialmente arredio, foi tomado pelo orgulho das lembranças do craque. Cumprimentado a cada esquina ao ser seguido por um forasteiro de bloco na mão, falava sem parar.

- O Mané era Flamengo, mas foi recusado lá, porque achavam que era um aleijadinho, e ficou p... Aí, antes de jogo com o Flamengo, dizia: 'Vou arrebentar com eles". Ele gostava mesmo é de caçar passarinho com a atiradeira, só passarinho vagabundo. O Pelé perto dele é uma m..., é pinto, é mesmo. O Garrincha chegava aqui com material de treino na mão já querendo tomar uma, com dinheiro vivo, de bicho (prêmio por vitórias no futebol). Mandava eu ir buscar a cachaça. Aprendi a beber com ele. Tomava traçado, que é conhaque com canhaça. Pegava a mulher que queria, eu peguei muita por causa dele - bradava o senhor, com um sorriso no rosto.

garrincha especial (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)Memorial de Garrincha no Esporte Clube Pau Grande no qual fotos antigas do ex-jogador dividem espaço com os troféus da equipe local (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)

Às vésperas de passar por uma cirurgia em função de uma hérnia, Manezinho, com uma disposição ímpar, fez um convite para subir um matagal próximo da casa de Alexsandra. Um estreito e tortuoso caminho íngreme levava ao seu santuário, o campinho de peladas onde batia bola com o Mané. Um pequeno penhasco em uma das laterais era a arquibancada e o banco de reservas, de madeira, no qual Manezinho diz que Garrincha nunca sentou, resistiu ao tempo.

- As balizas eram um pouco maiores e de madeira. Isso aqui ficava tudo lotado. Parecia estádio.

garrincha especial (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)Camisa antiga do Botafogo que teria sido dada por
Garrincha a um morador de Pau Grande
(Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)

No fim do "tour", um outro senhor se aproxima da mesa de bar reservada para o almoço. Moacir Farias, o Moinha, de 80 anos, perguntava quais locais foram visitados antes de dizer que também trocou passes com Garrincha. Manezinho confirmou. Outro pedaço da história do ex-jogador morreu com seu Toti, o primeiro técnico do Mané, que faleceu em 2012, aos 89 anos, de acordo com os moradores.

Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha, iniciou a trajetória de 52 vitórias, sete empates e uma derrota pela seleção brasileira em 1955 contra o Chile, no Maracanã. É sempre lembrado ao lado de Nilton Santos e outros craques defendendo o Botafogo, mas no final de sua carreira atuou por outros clubes. Garrincha morreu de cirrose hepática no dia 20 de janeiro de 1983. Trinta anos não foram suficientes para apagar a saudade dos tempos em que um par de pernas tortas transformou um pequeno distrito em capital do futebol - e o Brasil em melhor do mundo.

garrincha especial (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)Foto do Esporte Clube Pau Grande com Garrincha agachado (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)

garrincha especial (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)O banco de reservas que Garrincha nunca esquentou na pelada (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)

garrincha especial (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)Visão geral do cemitério de Raiz da Serra (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)