sábado, 2 de março de 2013

São Paulo vai jogar com time reserva no Paulistão

02/03/2013 18:20:00

Ney Franco decidiu poupar alguns atletas para a Libertadores

A vitória complicada contra o The Strongest, no meio da semana, mudou algumas ações do treinador Ney Franco. Neste sábado, ele confirmou que o São Paulo vai entrar com time reserva contra o Penapolense, pelo Campeonato Paulista.

Até Rogério Ceni, que costuma jogar grande parte dos confrontos, não foi sequer relacionado. Com isso, Ganso, Cañete e Fabrício terão chance de mostrar serviço e buscar uma vaga de titular em futuros jogos do São Paulo.

Destaque maior para Paulo Henrique Ganso, que apesar do bom jogo no meio da semana passada ainda não mostrou a mesma qualidade da época do Santos. Fabrício também precisa mostrar serviço, já que vai fazer o primeiro jogo como titular em 2013.

Uma novidade pode chamar atenção para o jogo. O atacante Wallyson, que veio do Cruzeiro, está 100% recuperado de lesão e foi relacionado para a partida. Outro jovem a ter oportunidade é Ademílson, esperança que feio da base tricolor.

Penapolense e São Paulo se enfrentam neste domingo, dia 02, às 18h30.



Recuperado, Fabrício vibra com nova fase: ‘Agora faço parte do grupo’

Fabrício São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)Fabrício empolgado com seu primeiro jogo como
titular após muito tempo (Foto: Marcos Ribolli)

A partida contra o Penapolense, domingo, em Penápolis, pelo Campeonato Paulista, pode parecer pouco importante para o São Paulo. Apesar da luta para se manter na liderança do Campeonato Paulista, o técnico Ney Franco vai poupar seus principais jogadores para o confronto contra o Arsenal, quinta-feira, pela Libertadores, no Pacaembu. Mas para um atleta, particularmente, será um domingo especial. Depois de sofrer muito com lesões, Fabrício vai fazer seu primeiro jogo como titular nesta temporada.

No início do ano, quando o grupo se preparava em Cotia, o volante foi muito sincero. Disse que 2012 não havia existido para ele, e que os poucos minutos em campo (não chegaram a 90 durante todo o ano) faziam com que ele nem se sentisse parte do grupo. Agora, tudo mudou. A cada jogo, o camisa 25 ganha espaço. Na última quinta-feira ele estreou na Libertadores, e contra o Penapolense, começará jogando.

- Com certeza mudou. Agora o relacionamento é outro, estamos mais entrosados, a convivência é diária. Mais do que nunca, me sinto parte do grupo, e podendo ajudar, o que é melhor ainda - comemorou o jogador, que no ano passado esteve mais tempo no departamento médico do que nos treinos com bola, ao lado dos parceiros.

Com seu jeito aguerrido e bem humorado, Fabrício ainda é uma aposta da comissão técnica e da diretoria para a Libertadores. Na entrevista coletiva da última sexta, logo na primeira resposta, questionado sobre a polêmica entre o vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes e o técnico Ney Franco, ele respondeu:

- Logo de primeira? Vocês são f...

Depois, ao se despedir e ouvir o assessor de imprensa avisar aos jornalistas que o treino de sábado seria fechado, não perdeu a oportunidade de brincar:

- Amanhã é o tático, vamos ter uma surpresa! O Ganso vai de volante e eu de camisa 10.

Embalado pelos elogios de Ney Franco, Fabrício já tem uma legião de torcedores que pede sua entrada no time titular, até pela fase irregular de Denilson e Wellington. Mesmo ciente de que os dois seguirão na equipe, ao menos por enquanto, o experiente volante curte o apoio da torcida.

- O torcedor sabe o quanto ajudei os outros clubes por onde passei, então acho legal. Espero poder corresponder à altura dessa expectativa.



Osvaldo mata saudade do Ceará em reduto nordestino de São Paulo

A primeira frase de Osvaldo ao entrar no Centro de Tradições Nordestinas, quase vizinho ao CT do São Paulo, resume bem a expectativa do jogador por aquele reencontro:

- Guerreiro tá com fome! Só comi uma banana de manhã!

Horas depois de ser um dos destaques do Tricolor na apertada vitória sobre o Strongest, por 2 a 1, no Morumbi, pela Taça Libertadores, o atacante aceitou o convite do GLOBOESPORTE.COM para conhecer o ponto de encontro dos nordestinos na maior cidade do País e se surpreendeu com o que encontrou.

- Sente só o cheiro de carne! - salivou.

Um dos principais nomes do São Paulo em 2013, Osvaldo sofre com o calendário apertado no início da temporada. Desde que voltou das férias, em janeiro, o baixinho não conseguiu visitar a família em Fortaleza e matar a saudade do prato predileto, o baião de dois, uma saborosa mistura de arroz, feijão, queijo, carne e temperos.

Assim que a iguaria chegou à mesa, a timidez de Osvaldo acabou. Quase sem piscar, encheu rapidamente o prato com colheres generosas do preparo, acompanhado de carne de sol e mandioca cozida. Foi pouco! Depois de um segundo tempo caprichado, ainda reservou espaço no estômago para provar o Escondidinho de Carne Seca que tinha acabado de sair do forno.

- Aqui em São Paulo você não encontra muito isso. Sinto falta de alguns pratos, como o baião. Sempre comi bastante. Quando passava férias no interior, todo dia era baião com ovo no jantar. Minha família é simples e não tínhamos muita escolha. Eu gosto muito. Isso está bom demais! – afirmou o atacante, que jura ser um ótimo dançarino de forró.

Osvaldo encontrou no CTN um pedaço da terra natal. Além da culinária, o jogador reviu nos 27 mil metros quadrados do local toda a cultura do Nordeste, como a devoção ao padre Cícero e ao frei Damião. De quebra, ainda ajudou a alimentar com capim o jumento Babalu, mascote do local. Montar no bicho? Nem pensar.

Galeria mosaico Osvaldo Centro de tradições Nordestinas (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

- Se eu subir no jumento, os caras (jogadores) vão me zoar muito. O Jadson já me chama de comedor de rapadura. Imagina se ele ver uma foto assim? (risos) - disse.

O resultado da boa fase de Osvaldo, vice-artilheiro tricolor em 2013, com seis gols, está nas ruas da capital paulista. Em pouco tempo de visita ao CTN, o atacante foi reconhecido rapidamente pelos torcedores, com pedidos de fotos, autógrafos em camisas e, claro, mais gols. O jogador, que apareceu bem no Brasileirão de 2011, atuando pelo Ceará, virou referência entre os cearenses.

- Há algum tempo, isso acontecia com o Dudu Cearense. Tudo sobre ele era notícia em Fortaleza. Estou podendo mostrar meu valor e não representar apenas o São Paulo como também toda a nação nordestina.

A passagem pelo Timão, a “carreira” de motorista e a Seleção

O sabor daquelas garfadas remeteu Osvaldo a uma época em que o sucesso no futebol não passava de um sonho distante. A primeira dificuldade foi conviver com a ausência do pai, caminhoneiro que passava longos períodos fora de casa para conseguir o sustento da família.

O garoto de classe média baixa não tinha outro objetivo de vida. As brincadeiras de motorista de ônibus na garagem do prédio em que morava não passavam de diversão para quem via no futuro a oportunidade de transformar a vida dos parentes usando uma bola de futebol.

- Quando eu não estava jogando, estava na garagem brincando em um carrinho que tinha lá. Eu pegava muitos ônibus para treinar e admirava os motoristas. Mas apostei todas as fichas em ser jogador.

Depois, o problema passou a ser se firmar. Em busca de espaço, o garoto chegou a se aventurar em um período de testes no futsal do Corinthians. A tentativa de encurtar caminho para o futebol de campo não deu certo. Restou voltar ao Ceará e encarar as categorias de base do Fortaleza. De lá, rodou por River, do Piauí, Al-Ahli, dos Emirados Árabes Unidos, Sporting Braga, de Portugal, e Ceará, de onde foi contratado pelo Tricolor.

A evolução na carreira deixa Osvaldo empolgado sobre o futuro. O jogador não esconde que tem esperanças de ser convocado para o amistoso da seleção brasileira contra o Chile, dia 24 de abril, no Mineirão. O técnico Luiz Felipe Scolari já antecipou que chamará apenas atletas que atuam no futebol nacional, aumentando as chances do baixinho.

- Está faltando uma oportunidade com a amarelinha. Eu acho que é possível. Estou fazendo meu trabalho e, se tiver essa oportunidade, vou dar o meu melhor para o Felipão gostar - projetou.

E, desta vez, com o sabor do baião de dois na boca

- Olhem o tamanho da minha barriga (risos) – brincou, levantando a camisa ao sair da mesa.

SERVIÇO

O CTN fica na rua Jacofer, 615, no bairro do Limão, em São Paulo. O telefone para contato é: (11) 3488.9400.



Fabrício vê exagero em críticas após jogo com Strongest: ‘É Libertadores!’

Volante Fabrício, do São Paulo (Foto: Site oficial do São Paulo FC)Fabrício projeta melhora do Tricolor nos próximos
jogos (Foto: Site oficial do São Paulo FC)

As críticas à atuação do São Paulo na vitória por 2 a 1 sobre o Strongest, na última quinta-feira, que vieram até mesmo da própria diretoria do clube, são exageradas no ponto de vista do volante Fabrício. Vice-campeão da Libertadores em 2009, pelo Cruzeiro, ele afirmou que o nível da competição é muito diferente do Paulistão, torneio que a equipe disputa paralelamente.  O volante ressaltou que, apesar terem perdido algumas chances de gol, os bolivianos tinham uma proposta de apenas se defenderem, o que dificultou a vida do Tricolor.

- Estão fazendo uma tempestade em copo d’água. Libertadores é outro nível. Sem querer menosprezar o Paulistão, sabemos que vamos pegar uma pedreira no domingo (contra o Penapolense), jogar no interior é difícil, mas é diferente. Enfrentamos um time que veio para se defender, e que, apesar de ter vantagem da altitude, não vai jogar assim em casa. Destruir é sempre mais fácil do que construir.

Apesar de defender o time, Fabrício, que entrou na última partida após o gol da virada de Luis Fabiano, reconhece que o time não tem repetido as boas atuações do fim do ano passado, quando carimbou a vaga no torneio continental e conquistou o título da Sul-Americana. Naquela ocasião, o jogador ainda estava fora de combate, em recuperação de uma cirurgia no joelho esquerdo.

O desempenho defensivo é o que mais preocupa Fabrício. Em 2012, o time sofreu apenas dois gols nos dez jogos da Sul-Americana. Agora, na Libertadores, já são sete em quatro partidas. Mas nada que não possa ser corrigido com muito treinamento na visão do volante.

- O mais importante é reconhecermos que precisamos melhorar. Estamos vencendo, mas sofrendo alguns gols. Isso é normal e logo vamos retomar o futebol que o time apresentava no ano passado.

Para o volante, a adrenalina da partida contra o Strongest foi justamente o que motivou a declaração do vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes, que se disse envergonhado pela atuação da equipe, e foi repreendido pelo técnico Ney Franco. Sem tomar partido, Fabrício acredita que o dirigente foi traído pelo nervosismo após a vitória difícil.

- Muitas vezes, damos uma declaração polêmica, mas com honestidade, que vem do coração. O João Paulo está do nosso lado, só quer ver o São Paulo vencedor, entendemos. Temos de nos controlar porque, às vezes, isso deixa o ambiente ruim, mas sabemos que de vez em quando acontece. Ficamos nervodos o até os 35 minutos do segundo tempo, é difícil baixar a adrenalina.

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Reservas do Tricolor usam o Paulista para jogarem na Libertadores

thiago carleto são paulo coletiva (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com)Thiago Carleto deve ser titular contra o Penapolense
(Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com)

A partida contra o Penapolense, no domingo, vai servir aos jogadores reservas do São Paulo como mais uma tentativa de cavarem um espaço na equipe titular. Um dos mais animados é o lateral-esquerdo Carleto. Com três assistências no ano, ele esbanja otimismo em relação ao seu momento, e acha que está perto de conseguir um lugar no time titular.

Cortez, que habitualmente joga em sua posição, não vive uma fase das melhores no Tricolor, depois de ter terminado muito bem o ano de 2012. Depois do jogo contra o São Caetano, há dez dias, Ney Franco chamou o reserva, deu os parabéns pela atuação, que teve direito a uma assistência para Aloísio, e pediu que ele continuasse assim. O recado animou Carleto ainda mais.

- Ele podia não ter falado nada, mas se falou é porque está gostando do que venho fazendo. Ninguém trabalha para ser reserva. Até nos jogos-treino eu venho mostrando que tenho condições de ser titular, e acho que está perto sim, mas enquanto não chegar, vou continuar trabalhando e respeitando a todos. Aprendi a ter paciência - afirmou o jogador, que absolveu o concorrente Cortez das críticas.

- No ano passado ele jogou 73 partidas aqui e em momento algum foi criticado.

Fabrício São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)Fabrício também deve ganhar uma chance no fim de semana, no Campeonato Paulista (Foto: Marcos Ribolli)

O volante Fabrício é outro que começa a sonhar com um lugar entre os onze. No início do ano, ele disse que nem cogitava brigar pela posição, já que pouco atuou em 2012, e ainda viu Denilson e Wellington terminarem o ano muito bem. Só que assim como Cortez, a dupla não tem reeditado as boas participações da reta final do Brasileiro e da Copa Sul-Americana.

No caminho oposto, o experiente Fabrício ganha cada vez mais espaço. No domingo, será titular pela primeira vez na temporada, e tem recebido elogios de Ney Franco. Contra o Strongest, ele fez sua estreia na Libertadores com a camisa tricolor. Mesmo assim, o volante afirma que o momento ainda é dos titulares.

- Talvez eu tenha mais chance porque agora estou treinando, mas eles ainda são os titulares, estão na vez deles. Apesar de a dupla de volantes ter mudado um pouco, ter entrado o Maicon, eles são a opção do Ney. A gente sabe que todo mundo não joga bem em um jogo ou outro, mas estamos aqui para acatar as decisões e dar apoio.



Sentindo dor na coxa, Ceni pode ser poupado contra o Penapolense

rogerio ceni são paulo treino (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Rogério Ceni deverá descansar neste fim de semana
(Foto: Marcos Ribolli)

O goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, fez tratamento na coxa direita durante a tarde desta sexta-feira. Ele deixou o gramado após vitória sobre o Strongest, na última quinta-feira, sentindo dores no local, mas nada grave, tanto que o médico José Sanchez nem sequer fez exames. O capitão afirmou que não houve fisgada, nada que exigisse mais atenção. Porém, como a intenção do técnico Ney Franco já era escalar todos os reservas no domingo, diante do Penapolense, pelo Paulistão, a tendência é que Ceni aproveite o fim de semana para se recuperar e voltar inteiro para o duelo contra o Arsenal, da Argentina, quarta-feira, no Pacaembu, pela Taça Libertadores - o jogo não será no Morumbi porque o Tricolor perdeu o mando pela confusão na final da Copa Sul-Americana, em dezembro, contra o Tigre, também argentino.

Nos últimos dez minutos da partida de quinta, o ídolo passou todo o tempo com a mão no local, fazendo exercícios em campo. Sanchez esclareceu que o goleiro teria condições de atuar em Penápolis, e a decisão ficará nas mãos do treinador.

- O que ele tem não é suficiente para vetá-lo, é mais uma dor de fadiga mesmo. Sem estalo, fisgada. O ombro também sempre incomoda um pouquinho, então essa ideia do Ney de escalar o time reserva, que tenho lido na imprensa, pode ser reforçada - disse.

Substituto de Ceni, Denis poderá fazer seu quarto jogo na temporada. Ele atuou, até agora, na vitória sobre o Atlético Sorocaba, na derrota para o Santos e no empate com a Ponte Preta. Além de Ceni, outro que deixou o jogo com dores foi Wellington, mas também nada preocupante. O volante também estará em campo contra o Arsenal.

No momento, os únicos atletas no departamento médico são o atacante Negueba, que só voltará no segundo semestre, e Paulo Miranda, que deverá estar à disposição em um mês.

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Diretoria conversa com Ney Franco e esclarece ‘atuação vergonhosa’

Ney Franco, São Paulo x The Strongest (Foto: Marcos Ribolli)Ney Franco se incomoda com críticas do vice de
futebol do Tricolor (Foto: Marcos Ribolli)

Na manhã desta sexta-feira, o vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes e o técnico Ney Franco botaram um ponto final na polêmica criada na noite anterior, depois que o dirigente afirmou que a atuação do São Paulo na vitória por 2 a 1 sobre o Strongest, pela Taça Libertadores, o deixou envergonhado. Na entrevista coletiva, o treinador deixou claro que não gostou, achou a declaração de João Paulo forte, e, em outra resposta, deu a entender que quem resolve as questões do futebol no clube é o diretor Adalberto Baptista.

E foi justamente Adalberto quem intermediou a paz no clube. O termo “vergonha” não foi bem aceito, e o próprio João Paulo reconheceu o exagero. Ele fez questão de esclarecer que aprova o trabalho do comandante e do grupo, e que se referiu somente à atuação da última noite, quando o São Paulo saiu perdendo e sofreu para virar o jogo. Outro ponto ressaltado na conversa foi que, na mesma entrevista, o diretor disse que Ney Franco era um técnico “excelente”, mas isso não foi colocado ao treinador.

Nem um dos envolvidos se pronunciou nesta sexta sobre o assunto. O vice-presidente de futebol não atendeu às ligações do GLOBOESPORTE.COM, e o técnico não vai conceder entrevistas no CT da Barra Funda. Ele e seu auxiliar Eder Bastos comandaram um treino no campo só para os jogadores que foram reservas na partida diante do Strongest.

Nenhum dos titulares deverá entrar em campo neste domingo, contra o Penapolense, pelo Campeonato Paulista. Depois de três partidas consecutivas, eles serão poupados para a partida contra o Arsenal, na próxima quinta-feira, no Pacaembu.