quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Em 94, Expressinho salvou temporada com precursora da Sul americana

Rogério Ceni, Juninho Paulista, Denílson, Caio. Em 1994, ainda sem a fama que construiriam mais tarde, eles integravam o Expressinho, apelido dado ao time B do São Paulo, criado para disputar competições paralelas e menos expressivas. O propósito era não exaurir os principais jogadores, mas o saldo foi bem melhor: a equipe de garotos venceu a Conmebol e salvou um ano ruim do primeiro esquadrão.

O torneio foi uma espécie de precursor da Copa Sul-americana, na qual o São Paulo é finalista na atual edição - enfrenta o Tigre-ARG em primeiro jogo nesta quarta-feira, em La Bombonera. Tal qual essa competição, a Conmebol era relegada a segundo plano pelos clubes brasileiros e valia como caça-níqueis. Entre cotas de televisão e cachê, o São Paulo faturou mais de um milhão de dólares líquidos, na época.

O dinheiro não foi a única recompensa. Além de confirmar revelações, a equipe comandada por Muricy Ramalho (então auxiliar técnico de Telê Santana) fez o clube encerrar a temporada em alta, depois de, com o elenco principal, não ser capaz de defender o título da Libertadores nem confirmar favoritismo no Campeonato Brasileiro. A única alegria anterior da torcida havia sido o troféu da Recopa, conquistado em jogo único, diante do Botafogo.O Expressinho dispunha de um grupo bem entrosado, formado três anos antes e que recebia tratamento semelhante ao principal. Os dois elencos quase sempre conviviam no CT, e a troca de experiências ajudou a amadurecer os jovens. Antes de ganharem as páginas dos jornais, já haviam trabalhado com outros assistentes de Telê, como Oscar Bernardi e Márcio Araújo. O grande desafio, no entanto, surgiu com Muricy Ramalho e a Conmebol.

Como o foco são-paulino inicialmente era o Brasileiro, Telê deixou o mata-mata sob responsabilidade do hoje treinador do Santos. A campanha começou com vitória nos pênaltis sobre o Grêmio de Luiz Felipe Scolari. Nas quartas de final, a vítima foi o Sporting Cristal, do Peru. Na semifinal, já em jogos de ida e volta, o São Paulo B derrotou o Corinthians nas penalidades e se credenciou à decisão.

"A simples chegada até aqui já é uma vitória. Sempre confiei nesse grupo. Com o passar dos jogos, eles ganharam a confiança. Eu tenho que conter essa garotada que ainda não sabe dosar as energias, não param a bola", disse Muricy, às vésperas da primeira final, segundo A Gazeta Esportiva.

Motivados por uma premiação importante para início de carreira (R$ 6 mil cada), os jogadores mataram o tradicional Peñarol logo de cara. Já no jogo de ida, venceram por 6 a 1, no Morumbi. O time brasileiro poderia perder o jogo de volta por quatro gols de diferença e até passou susto, mas a derrota para os uruguaios por apenas 3 a 0 assegurou a conquista que salvaria a temporada.

Extinta em 1999, a Conmebol deu espaço primeiramente à Mercosul, criada no ano anterior. Mais tarde em 2002, a Sul-americana é quem ocuparia o lugar de segunda competição do continente, atrás da Libertadores. Embora ainda seja objetivo paralelo, o São Paulo a trata neste momento com grande importância. Afinal, como na Conmebol de 94, o título pode minimizar um ano fraco. A diferença é que, agora, o remanescente Rogério Ceni joga como grande estrela.



Campeão da extinta Conmebol, Ceni luta por taça inédita na carreira

Aos 39 anos, Rogério Ceni é o único são-paulino remanescente do grupo de garotos que venceu a edição de 1994 da extinta Conmebol. No longo intervalo até aqui, ele sucedeu Zetti como titular e ganhou muitos outros troféus, mas não o da Sul-americana, o qual agora tem oportunidade, em final contra o Tigre-ARG.

"Quem ganhou quase tudo tem que tentar ganhar tudo, tem que ganhar o próximo. Fui campeão da Conmebol, a competição tinha outro nome. Sul-americana, eu não tenho", diz o capitão, que, na época do Expressinho, time B criado pelo clube para disputar as competições menos expressivas, já era destaque.

Em entrevista ao jornal A Gazeta Esportiva, Telê Santana elogiava aquele que se tornaria ídolo do clube. "O Rogério está numa excelente forma. Não só nesse jogo (a segunda final contra o Peñarol), mas nas partidas contra o Sporting Cristal (nas quartas) e contra o Peñarol, na semana passada, ele esteve muito bem", disse, logo após a conquista comandada pelo auxiliar Muricy Ramalho, hoje técnico do Santos.Criada em 2002, a Sul-americana é uma espécie de continuação da Mercosul, que, por sua vez, havia ocupado espaço vago com a extinção da Conmebol, em 1999. Tendo a disputado sete vezes, o São Paulo chega pela primeira vez à decisão, juntando-se a Internacional (2008), Fluminense (2009) e Goiás (2010) no grupo de brasileiros finalistas.

Tal qual o clube gaúcho, o único campeão dessa lista, o São Paulo pode vencer o torneio de modo invicto. Até o momento, foram quatro vitórias e quatro empates. "Esse título seria muito importante para o currículo, principalmente pela maneira como foi o ano", reconhece Ceni, jogador mais experiente do elenco tricolor.

O ano não foi bom mesmo. Com quedas precoces no Campeonato Paulista e na Copa do Brasil, o São Paulo só engrenou a partir do segundo turno do Brasileiro, terminando em quarto lugar e assegurando vaga na próxima edição da Libertadores. A classificação para a decisão da Sul-americana serviria para coroar a reação.

A partida de ida contra o Tigre será às 21h50 (de Brasília) desta quarta-feira, em La Bombonera, estádio do Boca Juniors, em Buenos Aires. Diferentemente das outras fases, o gol como visitante não é critério de desempate para a final.



Vice pelo Goiás, artilheiro Toloi espera não bater na trave de novo

Primeiro minuto do segundo tempo da prorrogação. Rafael Toloi recebe cruzamento na área e, com o goleiro já vencido na jogada, cabeceia na trave. A bola não entraria mais - na vez que entrou, o ataque estava em impedimento -, e o Goiás perderia nos pênaltis o título da Copa Sul-americana de 2010 para o Independiente, na Argentina. Agora no São Paulo, o zagueiro disputa de novo a final do torneio. O jogo de ida contra o também argentino Tigre, em La Bombonera, é na noite desta quarta-feira.

"Foi uma experiência muito grande para mim. É claro que queria ter sido campeão, mas infelizmente não aconteceu. Espero que neste ano seja diferente", diz à GE.net o beque, que, mesmo tendo se passado um bom tempo daquele vice-campeonato, tem só 22 anos. "Sou jovem ainda, mas já tive um amadurecimento muito grande. Até porque disputei pela Seleção Brasileira sub-20 também Sul-americano e Mundial, outras duas competições internacionais".

Toloi envergou a camisa 3 tricolor pela primeira vez em julho, depois de o Goiás ceder à insistência para vender sua maior promessa recente. A estreia no clássico contra o Palmeiras não foi das melhores. Cometeu pênalti que seria defendido pelo goleiro Denis e ainda fez parte do vacilo coletivo resultante no gol de empate do rival. Apesar disso, foi garantido pelo técnico Ney Franco em todos os esquemas táticos testados, até a equipe se encaixar no 4-2-3-1 e deslanchar.Ao lado de Rhodolfo e com o apoio de toda a retaguarda, a revelação esmeraldina ganhou confiança e contribuiu para tornar a defesa do São Paulo a menos vazada do returno do Campeonato Brasileiro e também da Sul-americana. Até investiu em algumas subidas ofensivas no torneio continental, fazendo dois gols, um a mais do que Luis Fabiano. Além de um gol de falta contra a Universidad de Chile, fez o do empate por 1 a 1 com a Católica, este essencial para assegurar a vaga para a decisão, já que o jogo de volta terminaria 0 a 0.

"Estava até falando com o Luis sobre isso. Foi sorte, como ele brinca (risos). O Rhodolfo foi quem cruzou para eu cabecear. Uma jogada de ataque de dois zagueiros! Foi um gol importante, que nos deu a classificação. Espero fazer outro, quem sabe? Se sobrar uma bolinha dentro da área quando for para o ataque, não só para mim, mas para o Rhodolfo, o pessoal que vem de trás...", brinca o zagueiro artilheiro.

O gol de cabeça contra a Católica compensou sacrifício de viajar a Santiago com o tornozelo esquerdo dolorido. Se em 2010 seu time era azarão frente ao Independiente, o maior vencedor da Libertadores, desta vez ele se classifica vivendo o outro lado: enquanto o São Paulo impõe respeito no cenário sul-americano por diversas conquistas, o Tigre jamais disputou uma taça continental.

"Favoritismo é só até entrar em campo", minimiza. "Apesar de estar em penúltimo lugar na Argentina, essa equipe tem qualidade. No meu pensamento, eles entraram focados na Sul-americana, porque já estão classificados para a Libertadores e não corriam risco de rebaixamento. É uma equipe que vem fazendo bom trabalho. Temos que ter atenção para poder conquistar o título", cobra o são-paulino, ao lembrar a eliminação do Palmeiras na semifinal de dois anos atrás.

"O Palmeiras era favorito na semifinal e nós o eliminamos com o Goiás. Favoritismo, a gente deixa para o pessoal falar. Temos que entrar em campo e fazer nosso melhor sempre, como a gente vem fazendo. Numa reta final de temporada, é normal o ritmo cair, mas nossa equipe vem em um ritmo forte. Essa decisão é importante não só para o São Paulo, mas para mim especialmente, pelo fato de não ter conquistado o título daquela vez. É hora de provar que merecemos", observa.

Nem mesmo a Bombonera, estádio do Boca Juniors e palco da final desta quarta-feira, é tão novidade para Toloi. Foi lá que o Goiás treinou na véspera da derrota para o Independiente, em 2010. É lá que o defensor espera começar a construir uma história diferente para não bater na trave de novo: "Vamos jogar da mesma forma como estamos jogando em qualquer lugar".



Riquelme vê São Paulo como favorito e diz acreditar no Corinthians

O meia Riquelme fala com orgulho de seu amor pelo Boca Juniors, mas também não esconde o carinho pelo modesto Tigre, adversário do "favorito" São Paulo na Copa Sul-americana. Derrotado pelo Corinthians na final da Libertadores, o argentino ainda disse acreditar no time brasileiro na disputa do Mundial de Clubes.

"Acho que o Tigre está muito contente por chegar na final primeira vez. A verdade é que São Paulo é o favorito. Conta com grandes figuras, como Lucas e Luís Fabiano, que são grandes jogadores e que podem fazer a diferença", declarou o atleta, um dos convidados da nona edição do Troféu Mesa Redonda.

Um dos principais ídolos da história do Boca Juniors, Riquelme é do bairro de Don Torcuato, não muito longe da sede do Tigre, na Grande Buenos Aires. Nesta quarta-feira, o meia estará na Bombonera para torcer pela modesta equipe diante do São Paulo.

Como o estádio do Tigre não tem capacidade suficiente para abrigar a final do torneio continental, o clube decidiu mandar a partida na casa do Boca Juniors. A imprensa argentina informou que a sugestão foi de Riquelme, versão negada pelo próprio jogador.

"Vai ser uma final linda para os torcedores do Tigre, um dia inesquecível. Para os jogadores do São Paulo, vai dar muito mais vontade jogar no campo do Boca Juniors do que no do Tigre. Os dois times vão estar contentes de poder jogar na Bombonera", afirmou.

Riquelme desembarcou no Aeroporto de Guarulhos poucas horas depois da festa da torcida corintiana na despedida da equipe. Algoz do poderoso Real Madrid na final da edição de 2000 do Mundial, ainda não reconhecido pela Fifa, o astro aposta no time brasileiro.

"Vi pela televisão que muita gente foi se despedir dos jogadores no aeroporto. Seguramente, estão todos muito esperançosos. Quando um time brasileiro ou argentino joga contra um europeu, sempre penso que o sul-americano vai ganhar", declarou o atleta.



São Paulo faz reconhecimento da Bombonera só com treino recreativo

O técnico Ney Franco preferiu preservar os jogadores do São Paulo na noite desta terça-feira, quando o grupo realizou um trabalho de reconhecimento de gramado no estádio de La Bombonera, em Buenos Aires, palco do confronto desta quarta, às 21h50 (de Brasília), pelo jogo de ida das finais da Copa Sul-americana, contra o Tigre.

Os atletas do time rival do Tricolor treinaram no mesmo estádio algumas horas antes dos comandados de Ney Franco, que participaram apenas de um animado treino recreativo. O Tigre terá que mandar sua partida no estádio do Boca Juniors porque o Coliseo Victoria, sua casa particular, não tem condições de receber mais do que 28 mil torcedores, condição refutada pela Conmebol.

Dentro de campo, Ney Franco realizou apenas uma atividade descontraída, que teve gol marcado pelo auxiliar técnico Milton Cruz, Rogério Ceni na linha e até o meio-campista Cícero no gol. O argentino Cañete, que nem está inscrito na Copa Sul-americana, também viajou com o grupo e participou deste treinamento na intenção de ambientar os companheiros ao estádio do clube em que foi revelado.

Animado pela vitória de seus reservas sobre o Corinthians na última rodada do Campeonato Brasileiro, o São Paulo chega à Argentina disposto a encerrar um jejum de quatro anos sem títulos - o último foi o Brasileirão de 2008. Invicto na Sul-americana, o time pode repetir o feito do Inter, único brasileiro campeão deste torneio, em 2008, e deve ter sua escalação considerada titular para o compromisso desta quarta-feira.



São Paulo põe favoritismo em jogo nos primeiros 90min contra Tigre

Um tricampeão mundial contra um clube desconhecido e debutante em final continental. É por essa diferença histórica frente ao Tigre que o São Paulo larga, de antemão, com vantagem de respeito na final da Copa Sul-americana. O favoritismo alardeado, porém, precisa ser provado em campo e começa a ser posto em jogo às 21h50 (de Brasília) desta quarta-feira, em La Bombonera, nos primeiros 90 minutos da decisão.

Mesmo palco da primeira final da Libertadores, o estádio do Boca Juniors foi escolhido porque a casa do Tigre não atende à capacidade mínima de 40 mil lugares exigida pela Conmebol. Em tese, um fator benéfico aos brasileiros, já que não deverá estar lotado como nas decisões do clube xeneize, diferentemente também do que ocorreria se a partida fosse no campo do adversário, bem mais acanhado.

"Não sei se é melhor ou não, mas é um estádio bom de se jogar, com campo bom e tudo que faz parte de uma grande decisão. Não poderia ser diferente. Tinha que ser em um grande estádio mesmo", avalia o capitão Rogério Ceni, que não concorda com quem já da a equipe tricolor como campeã. Um dos argumentos para a cautela é a forte bola área rival.

"Isso preocupa bastante. Eles têm vários jogadores altos, acima de 1,88m e vão com bastante gente para a área. É natural da força que esse time demonstra", acrescenta o goleiro, vazado apenas duas vezes em oito jogos até aqui no torneio, ambas como visitante, nas oitavas, contra a LDU de Loja, e na semifinal, diante da Universidad Católica.Apenas dois jogadores do elenco atual já foram campeões pelo clube: Ceni e Luis Fabiano. O atacante venceu somente o Rio-São Paulo de 2001, enquanto o goleiro coleciona uma série de títulos, inclusive continentais. A responsabilidade é a mesma para todos, porém. Há quatro anos um capitão são-paulino não levanta um troféu, sendo que, nesta temporada, os torcedores dos maiores rivais (Santos, Corinthians e Palmeiras) comemoraram conquistas.

"É uma responsabilidade enorme vestir essa camisa, é muita responsabilidade. O São Paulo vem há muito tempo sem chegar a uma final, sem títulos. É uma responsabilidade do grupo inteiro", afirma o zagueiro Rhodolfo. No clube desde o início de 2011, ele participou de algumas eliminações em mata-mata, como as da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista deste ano.

A final da Sul-americana é ainda a primeira que o clube disputa depois de seis anos - a última havia sido a Recopa de 2006, em que acabou derrotado pelo Boca. O fim do jejum pode vir em grande estilo. Quarto finalista brasileiro na história do torneio, o time do técnico Ney Franco pode repetir feito do Internacional de 2008 e ser o segundo campeão invicto. Até o momento, foram quatro vitórias e quatro empates.

Sem nenhum desfalque, principalmente por ter poupado os titulares da última rodada do Campeonato Brasileiro, no clássico contra o Corinthians, o São Paulo viajou com força máxima a Buenos Aires. Levou até o meia Cañete, que não está inscrito na competição, mas conhece bem a Bombonera por ter sido revelado pelo Boca.

Penúltimo colocado na Argentina, o Tigre também terá seus principais jogadores nesta quarta-feira. Dentre eles, Echeverría. O zagueiro de 1,92m, autor do gol da classificação no empate por 1 a 1 contra o Millonarios-COL, é um dos mais entusiasmados do elenco. "Para o São Paulo, será outra final, enquanto para a gente é a glória", destaca o defensor.

Para chegar à final, a equipe brasileira eliminou Bahia, LDU de Loja, Universidad de Chile (campeã da edição passada) e Universidad Católica. Já o quadro argentino passou por Argentinos Juniors, Deportivo Quito, Cerro Porteño e Millonarios.

FICHA TÉCNICA
TIGRE-ARG X SÃO PAULO

Local: La Bombonera, em Buenos Aires (Argentina)
Data: 5 de dezembro de 2012, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Antonio Arias (PAR)
Assistentes: Rodney Aquino (PAR) e Darío Gaona (PAR)

TIGRE: Albil; Paparatto, Echeverría e Donatti; Galmarini, Gastón Díaz, Diego Ferreira e Orban; Botta; Diego Ftacla e Maggiolo
Técnico: Néstor Gorosito

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Rhodolfo e Cortez; Wellington, Denilson e Jadson; Lucas, Osvaldo e Luis Fabiano
Técnico: Ney Franco



Criciúma afirma que Lucca não tem acerto com São Paulo ou outro clube

Lucca, atacante do Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro, Divulgação / Criciúma EC)Lucca somou 11 gols na Série B do Brasileirão
(Foto: Fernando Ribeiro, Divulgação / Criciúma EC)

O Criciúma emitiu um comunicado oficial em que afirma que o meia-atacante Lucca não foi negociado com nenhuma equipe. O clube catarinense trata como especulação a proximidade do São Paulo em contratar o jogador para a próxima temporada. O jogador de 22 anos está na lista de reforços para o time do Morumbi para a próxima temporada.

- O Criciúma Esporte Clube vem por meio deste comunicar que o atacante Lucca não foi negociado com nenhuma equipe. (...) O jogador possui contrato com o Tigre até 2015 e no momento encontra-se em recuperação de uma grave lesão no joelho - informou o clube em comunicado oficial.

O contrato entre ele e clube foi renovado ainda no primeiro semestre deste ano, após as boas atuações do jogador no Campeonato Catarinense. O Criciúma também possui 95% dos direitos do atleta. Os outros 5% pertecem ao pai do meia-atacante. O Tigre catarinense só libera o jogador em caso de pagamento de multa rescisória, estipulada em R$ 10 milhões. Desde o fim deste ano, Lucca passou a ter a carreira agenciada pelo grupo DIS - fator que aproximaria a equipe paulista do maranhense de 22 anos.

No momento, Lucca está em recuperação de uma cirurgia para a reconstrução dos ligamentos do joelho esquerdo. Em 16 de outubro, durante a vitória por 2 a 0 sobre o ABC, pela 30ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o jogador saiu de campo queixando-se de dores.

Dois dias depois foi diagnosticada a ruptura dos ligamentos. A lesão fez com que Lucca abreviasse a Série B com 26 partidas disputadas e 11 gols marcados. Sua volta a jogos oficiais está prevista para abril de 2013.



Top 5 dos dribles: da lambreta de Neymar à meia-lua de Damião

A cada uma das 38 rodadas do Campeonato Brasileiro, somaram-se os dribles mais desconcertantes, que ajudaram a desmontar os sistemas defensivos. O GLOBOESPORTE.COM apresenta agora o vídeo dos melhores, para deleite dos internautas. Há quem considere, inclusive, os dribles o grande charme, a cereja do bolo.

Para começar a lista, nada melhor do que a lambreta de Neymar em Carlos César, no clássico Santos x Atlético-MG, pela 31ª rodada, na Vila Belmiro. A bola já estava quase saindo pela lateral no lado esquerdo do ataque santista aos 46 do segundo tempo quando o camisa 11, apertado por dois marcadores, usou o difícil e bonito recurso de levantar a bola por trás com os dois pés para dar o balão no adversário. A torcida, feliz, comemorou como se fosse gol. O jogo terminou 2 a 2. Mas isso, àquela altura, pouco importava.

Muito antes disso, na quinta rodada, o atacante do Inter, Leandro Damião, mais ou menos no mesmo espaço de campo em que Neymar deu a lambreta, aplicou a meia-lua no seu marcador, o zagueiro Brinner, do Botafogo, que deixou muita gente com a boca aberta. O Inter até perdeu o jogo em casa por 2 a 1, mas a jogada foi tema de discussão em muita mesa de bar. Tanto quanto o drible de Carlos Alberto, do Vasco, em Lucas e Márcio Azevedo pela 12ª rodada. Os dois ficaram sentados no chão, e o chute parou na trave. Mas o Vasco venceu o Botafogo por 1 a 0.

Mas o que dizer da caneta de Lincoln, do Coritiba, em Pará, do Grêmio, na vitória do Coxa por 2 a 1? O jogador tricolor passou lotado após o drible na linha de fundo... O lance final para fechar a lista, no entanto, deixará o internauta numa dúvida cruel: o lençol duplo de Elkeson, do Botafogo, sobre Everton e Leandro Guerreiro, do Cruzeiro, na vitória alvinegra por 3 a 1 na 22ª rodada.



Recorde: nove equipes terminam o Brasileirão sem trocar de técnico

abel FLUMINENSE x VASCO (Foto: Nelson Perez/Flick Fluminense F.C.)Abel Braga comandou a conquista do tetra desde o
início (Foto: Nelson Perez/Flick Fluminense F.C.)

A velha máxima de que time que está ganhando não se mexe valeu também para quem comandou as equipes na Série A. No Brasileirão 2012, nove clubes terminaram a competição com o mesmo técnico que começou o trabalho em maio, o que é um recorde na era dos pontos corridos. Até então, o máximo de times com o mesmo comando do início ao fim havia sido das temporadas 2008 e 2011, quando sete técnicos mantiveram o emprego.

Os times que não mexeram seguirão na Primeira Divisão em 2013. Os três primeiros não mexeram no comando: o campeão Fluminense, de Abel Braga, o vice Atlético-MG, de Cuca, e o terceiro colocado Grêmio, de Vanderlei Luxemburgo. Entre os times que asseguraram vaga na Libertadores 2013, apenas o São Paulo mudou de técnico durante a competição. Ney Franco assumiu o cargo que foi de Emerson Leão.

O Corinthians, de Tite, campeão da Libertadores, também não teve motivo para mudar, já que o Brasileiro foi tratado como um grande teste para o Mundial de Clubes. O Botafogo, de Oswaldo de Oliveira, o Santos, de Muricy Ramalho, o Náutico, de Alexandre Gallo, e a Portuguesa, de Geninho, preferiram a manutenção do trabalho e, mesmo sem campanhas brilhantes, todos permaneceram na elite nacional. Por fim, o Cruzeiro até anunciou que Celso Roth não seria mais o treinador para a próxima temporada, mas ele manteve o emprego até a última rodada. A Raposa terminou em nono lugar geral.

vai vem técnicos info (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)

Outro recorde foi o total de número de trocas que a Série A deste ano superou a do ano passado: 20 contra 22. Quem mais fez mudanças foram justamente os clubes que foram rebaixados ou sofreram até o fim para não cair. O recorde ficou com o Atlético-GO, que começou com Adilson Batista, apelou para Hélio dos Anjos, efetivou Jairo Araújo, chamou Artur Neto para tentar o milagre e, por fim, fechou o campeonato novamente com Jairo Araújo, agora apenas como interino. O Figueirense teve Argel Fucks, coincidentemente também Hélio dos Anjos e Márcio Goiano, mas também fechou a temporada comandado por um interino: Fernando Gil. Pelo Sport, passaram Vagner Mancini, Waldemar Lemos e Sérgio Guedes.

Dos rebaixados, só o Palmeiras fez apenas duas trocas: Felipão deu lugar a Gilson Kleina, que seguiu no cargo até o fim. Outro clube que mexeu muito no comando técnico, mas acabou se salvando da Série B na última rodada foi o Bahia. Falcão, Caio Júnior e Jorginho estiveram no comando do Tricolor em 2012.

Na Série B, só quatro clubes não trocaram de técnico

Enderson Moreira, técnico do Goiás (Foto: Wildes Barbosa / O Popular)Enderson Moreira conduziu o Goiás ao acesso e ao 
título da Série B (Foto: Wildes Barbosa / O Popular)

Se verificarmos, porém, o que aconteceu na Série B com os mesmos 20 clubes e regulamento de pontos corridos, a paciência não é a mesma. Só quatro equipes mantiveram os treinadores do início ao fim. Curiosamente, dois deles foram exatamente o campeão Goiás, de Enderson Moreira, e o vice Criciúma, de Paulo Comelli. Além disso, Roberto Fernandes, no América-RN, e Sidney Moraes, no Boa Esporte, também fecharam a competição no cargo e as duas equipes permaneceram na Segundona.

Os outros dois clubes que voltaram à Série A viveram momentos conturbados. No Vitória, Carpegiani mantinha o time no G-4 até a 31ª rodada, quando foi surpreendido pela diretoria com a sua demissão. Ricardo Silva, eterno interino do Leão, foi efetivado, mas durou apenas três jogos. Após duas derrotas seguidas, a diretoria trouxe PC Gusmão para a reta final, que, aos trancos e barrancos, garantiu o acesso. Já no Atlético-PR, Juan Ramon Carrasco começou o campeonato e foi substituído por Ricardo Drubscky. Depois de apenas dois jogos, porém, ele foi "rebaixado" a auxiliar com a contratação de Jorginho. No entanto, o novo comandante também não agradou e Drubscky voltou ao cargo para levar o Furacão de volta à elite.

Apesar das confusões da Série B, a tendência pela manutenção do trabalho parece clara pelos números da Série A. As próximas temporadas vão mostrar se cada vez mais técnicos terão sequência no emprego ou se a pressão interna e externa será mais forte pela quebra da continuidade.



Raphael Rezende e Eduardo Moreno fecham Programa do Cartola na ponta

Se a liderança do Brasileirão alternou pouco em 2012, no Programa do Cartola não foi diferente. Terminou no último domingo o campeonato, a oitava edição do Cartola FC e a primeira do programa. E para a última rodada de clássicos, a missão da dupla parceira nas transmissões do SPORTV parecia complicada, mas foi cumprida. O comentarista Raphael Rezende e o narrador Eduardo Moreno somaram 106,33 pontos, assumiram o topo do ranking e levaram o título de melhor dupla.

ranking melhores (Foto: ge.com)As quatro melhores duplas  (Foto: ge.com)

ranking piores (Foto: ge.com)As quatro piores duplas  (Foto: ge.com)

Com 94,06 pontos a parceria formada por Rodrigo Caetano (diretor de futebol do Fluminense), e Fernando Prass (goleiro do Vasco) permaneceu na liderança da 9ª até 33ª rodada, 24 rodadas sem serem alcançados. E a liderança só caiu na 34ª rodada, quando o repórter da TV Globo Eric Faria e o repórter do Globoesporte.com Raphael Marinho escalaram bem e assumiram com 104,09 pontos.

Na hora de montar o time, Raphael e Moreno formaram a base com jogadores de Atlético-MG e Grêmio, os dois clubes que ainda brigavam pela segunda colocação. Quando soube da pontuação através da produção, Raphael mostrou surpresa e brincou.

- É sério isso? Mas Kieza e Ronaldinho perderam pênaltis! Se tivessem marcado então, teríamos feito uns 130 pontos! Sobramos (risos) – brincou o comentarista do SPORTV. Eduardo Moreno também não escondeu a alegria.

- Show! Muito legal ganhar assim aos 45 do 2º tempo. Estou muito feliz com o resultado. Ainda mais com minha campanha 100% em 2012! Participei também do bolão do SPORTV na Eurocopa, lembra? E também fiquei na liderança! (risos) – lembrou o narrador.

Curiosidades da dupla

Os dois fazem transmissões pelo SporTV juntos há algum tempo, e a produção do Cartola perguntou se já tinha acontecido algo inédito que tivesse marcado a parceria dos dois. Moreno relembrou um episódio frustrante, mas muito curioso, que aconteceu na estreia da Eurocopa 2012, realizada na Polônia e Ucrânia.

- Foi uma coisa chata, mas não deixou de ser engraçada. Íamos fazer a nossa estreia na Euro com o jogo Dinamarca x Holanda, em Kharkiv. O voo em Varsóvia atrasou horas e não conseguimos chegar para o jogo. Tivemos que ficar na conexão em Kiev, pois também não tinha voo para retornar para Varsóvia. Acabamos vendo a partida em uma TV nos fundos do hotel de beira de estrada que a companhia aérea nos hospedou. Narração em ucraniano e tudo! E nós lá, decepcionados por não estarmos na transmissão – contou o narrador.

Perguntado sobre o que era mais complicado, narrar ou montar uma equipe, Moreno não precisou de muito tempo.

- Mais difícil é montar o time! No Cartola, dependo dos jogadores e da imprevisibilidade do futebol. Narrar é fazer o que está acontecendo, ao vivo, e com a ajuda de profissionais competentes ao meu lado - finaliza ele.

Raphael Rezende e Eduardo Moreno dão as dicas para Cartola#38 (Foto: Christiane Mussi)Raphael Rezende e Eduardo Moreno são os líderes da primeira edição do programa (Foto: Christiane Mussi)


 



Lucas agradece elogio de Ceni: ‘Ele é mito, e mais que metade do time’

Lucas São Paulo desembarque Argentina (Foto: Marcelo Prado / globoesporte.com)Lucas, do São Paulo, no desembarque na Argentina
(Foto: Marcelo Prado / globoesporte.com)

Rogério Ceni não esconde de ninguém sua admiração por Lucas. O capitão do São Paulo tenta superar a chateação pela venda do companheiro, 19 anos mais jovem, para o PSG, e na semana passada disse que todos os demais jogadores eram coadjuvantes de Lucas, e que o atacante representava 40% da equipe. As palavras do goleiro mexeram com o rapaz.

Agora, Lucas sente responsabilidade ainda maior de ajudar o Tricolor a conquistar o título da Copa Sul-Americana. E a troca de gentilezas não acabou. O garoto, que tem ótimo relacionamento com o capitão também fora de campo, rechaçou o posto de craque do time. Disse que é “mais um” a se espelhar em Ceni.

- Nem sei como agradecer as palavras do Rogério. O cara é um mito, meu ídolo, espelho para todo mundo dentro e fora de campo. Só tenho a agradecer, e isso só aumenta minha responsabilidade. Ele é mais que a metade do time, com sua experiência, liderança e qualidade, que evita muitos gols. Ele sempre me deu muita força, eu o admiro muito e fico honrado em ouvir isso.

A negociação do atacante com o clube francês foi praticamente inevitável depois da proposta de R$ 108 milhões, sujeitos à correção da moeda quando o pagamento for efetuado, em janeiro. A tendência é que o São Paulo receba até mais do que isso. Cofre cheio, mas time em risco. Ceni está preocupado com o futuro sem Lucas, que não se considera protagonista.

- Eu é que sou coadjuvante do Rogério. Sou apenas mais um, que procuro fazer minha parte, me divertir em campo e ajudar o São Paulo. Se cada um fizer o seu papel, ficamos muito fortes.

Na casa do Boca

A definição de La Bombonera como palco do primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, contra o Tigre, agradou ao craque. Antes de embarcar para o PSG, em janeiro, Lucas terá a oportunidade de conhecer o mítico estádio do Boca Juniors.

O Tricolor não joga na Bombonera desde 2007, quando perdeu por 2 a 1 para o dono da casa, mas conquistou a vaga na fase seguinte da Sul-Americana ao vencer por 1 a 0 no Morumbi. Na época, Lucas estava para completar 15 anos. Em seu penúltimo jogo com a camisa do São Paulo, ele terá chance de atuar no local.

- Gostei. É um estádio famoso, todo mundo fala muito dele, vou ter oportunidade de estrear lá e espero um bom resultado para deixar o título bem encaminhado. Sei que é um caldeirão, com a torcida muito próxima do campo. Eles pressionam bastante, mas não faço a menor ideia de como é o restante do estádio.

O primeiro contato de Lucas com a Bombonera foi na noite de terça-feira, quando o São Paulo fez o reconhecimento do gramado logo após o treino do Tigre.  

Estádio Bombonera, Boca Juniors x Corinthians (Foto: Zé Gonzalez / Globoesporte.com)Estádio La Bombonera pertence ao Boca Juniors  (Foto: Zé Gonzalez / Globoesporte.com)



Ceni festeja volta por cima antes de 'viver a vida em 90 minutos'

Não estranhe se, no vídeo da entrevista de Rogério Ceni, você ouvir um incômodo barulho ao fundo. É que o goleiro do São Paulo atendeu o GLOBOESPORTE.COM num cenário um tanto quanto rústico. Uma arquibancada de ferro no ginásio poliesportivo do Boca Juniors, na Bombonera, local onde nesta quarta-feira o seu Tricolor começa a lutar pelo título da Copa Sul-Americana contra o Tigre.

À frente, garotas treinavam futsal. Atrás, rapazes jogavam bocha, e “participavam” da entrevista a cada vez que a pesada bola batia com força na parede. A rápida entrevista, antes que Ney Franco chamasse os jogadores para o último treino antes da decisão, teve de ser feita dentro do ginásio porque fora, no estacionamento, dezenas de garotos com camisa do Boca cercaram o capitão em busca de fotos e autógrafos. Garotos que certamente nem eram nascidos quando Rogério Ceni esteve na Bombonera pela primeira vez, em 1993.

- Eu mudei mais do que o estádio. O concreto não muda tanto quanto o rosto da gente.

A pouco mais de um mês de completar 40 anos, Ceni vive também uma vitória pessoal ao disputar a final da Sul-Americana. No início do ano, a séria lesão no ombro direito gerou dúvidas sobre a sequência de sua carreira. Na época, o goleiro gravou um vídeo e disse que aquele “não era o fim”. E não era mesmo. O ótimo momento na reta final do Brasileiro e na Sul-Americana, e o fato de disputar uma final tão rapidamente, não surpreendem tanto quanto os mais de 30 jogos consecutivos sem lesões musculares. Fruto de um trabalho intensivo de recuperação, que vai continuar até nas férias.

Rogério Ceni treino São Paulo La Bombonera (Foto: José Patrício / Ag. Estado)Rogério Ceni em ação no treino na Argentina (Foto: José Patrício / Ag. Estado)

A decisão empolga Rogério Ceni, mas o futuro o preocupa, principalmente sem Lucas, xodó do capitão. Entre elogios ao comportamento do grupo, ele alertou contra o relaxamento em razão de um possível título da Sul-Americana, pediu reforços ainda neste ano e analisou a contratação do goleiro Renan Ribeiro, do Atlético-MG.

- É jovem, tem certa experiência, mas te confesso que há outras posições mais carentes.

GLOBOESPORTE.COM: Você teve um início de ano muito sofrido, e termina numa final. Foram sensações muito diferentes, como você viveu isso?

Rogério Ceni: Ter lesão em pré-temporada é sempre complicado, mas houve tempo de pegar as principais competições, já que não disputamos a Libertadores. Foram momentos distintos. Chegamos às semifinais do Paulista, o que não deixa de ser obrigação, e da Copa do Brasil. Não participei, foram tempos de paciência, dedicação e trabalho, que reverteram em coisas difíceis, como a volta à Libertadores e a oportunidade de chegar a uma final inédita. Quem sabe a gente não traga essa Sul-Americana para o torcedor, acho que ele ficaria muito feliz. Seria um fim de ano justo e razoável por tudo que se passou em 2012.

E jogar aqui na Bombonera...
Pra você ter uma ideia, joguei uma Recopa aqui em 1993 contra o Boca, aos 20 anos. Fico muito feliz de, chegando aos 40, poder jogar uma final novamente nesse estádio. É extremamente gratificante viver situações semelhantes quando garoto e no fim da carreira.

O que mudou mais, você ou a Bombonera?
Acho que eu. Aqui a tinta faz uma diferença, nós não podemos usar maquiagem. Fiquei mais velho, experiente, conheci mais coisas. Foram mais de mil jogos de lá pra cá, aqui também provavelmente foram mais de mil jogos disputados. É um estádio muito bacana, de uma grande equipe, palco de grandes decisões, assim como o Morumbi, onde será o jogo da volta. Eu fiquei mais velho. O concreto não muda tanto quanto o rosto da gente.

Você disse, ainda machucado, que esse grupo merecia coisas boas porque era muito aguerrido. Depois que você voltou a jogar, confirmou essa impressão?
Olha, é um grupo excepcional em amizade, relacionamento, comportamento diário. Tem algumas deficiências, é natural. Por mais que haja opções em determinadas posições, faltam em outras, mas esse grupo merece pela maneira como vive as coisas. Podemos evoluir bastante como equipe, é a última oportunidade do Lucas chegar a um título, e tudo passou pelo amadurecimento desse jogador. Um menino que cresceu muito nesse fim de ano, carrega uma pressão grande, mas joga mais solto. Seria um fechamento com chave de ouro ter uma conquista internacional.

E é uma vitória pessoal para você também, após a lesão, as dores, chegar à final jogando bem?
Sim, e tão rapidamente porque as dores continuam no ombro. Faço fortalecimento todo dia para entrar numa partida em condições. Foram seis meses no ostracismo, na recuperação física, com dificuldades, e poder desfrutar de um momento tão bacana, de tentar ser campeão novamente, foi uma surpresa. E outra grande surpresa foi ter conseguido me manter sem lesões musculares, pela falta de ritmo. Convivi com edemas, líquido, joelho dolorido, mas consegui manter essa sequência fundamental para estar bem e confiante antes dessa decisão.

Independentemente do que acontecer na final, suas férias serão diferentes?
Serão muito diferentes dependendo do resultado. Quando sai vitorioso, são férias. Derrotado, é só uma sequência para o ano que vem. Mas a preparação tem de ser diferente. Não posso me dar o luxo de parar, mesmo sendo só três semanas, o que também não é nada fora do comum. Preciso de musculação e manter o peso para voltar bem.

Como você avalia a contratação do Renan Ribeiro e a situação do Denis?
O Denis é um ótimo goleiro tecnicamente, se aprimorou, é natural para mim que ele venha a ser o titular, e está sendo preparado para isso. E vejo o Léo (terceiro goleiro) num ótimo momento técnico, apesar de inexperiente. O Renan é uma aposta, jovem, mas jogou numa equipe de grande porte que é o Atlético. Confesso que há outras posições mais carentes, mas entendo como uma aposta para o futuro. O São Paulo fez uma análise do sue potencial e viu que ele teria futuro.

Depois de um 2011 tão ruim, essa final pode ser a reconstrução do São Paulo?
Tenho muito medo da saída do Lucas para o ano que vem, e a conquista de um título pode trazer um relaxamento que não fará bem. 2013 já está sendo pensado, mas tem de ser executado ainda este ano. Temos de ter reposição. Dificilmente será à altura do Lucas, mas temos de ter opções porque teremos o Fluminense e o Corinthians prontos, o Grêmio competitivo. Nesse campeonato, somamos um ponto contra o Fluminense, nenhum contra o Grêmio e tivemos 50% de aproveitamento contra o Atlético, times que terminaram à nossa frente. E o Lucas faz muita diferença. 2013 pode começar com muito entusiasmo, mas com muita preocupação. Serão várias competições e se faz necessário um grande elenco.

É gostoso estar numa final, não é?
Ah, é sempre muito bom. Torneios eliminatórios têm jogos especiais, é preciso minimizar o erro, viver a vida naqueles 90 minutos. O Campeonato Brasileiro tem de continuar sempre por pontos corridos, mas essas copas são muito legais. Gera ansiedade até em quem é mais velho, como eu. Você fica mais ligado, vive a emoção do jogo, tem a parte psicológica. É uma atmosfera diferente.

Você jogou duas Copas do Mundo, uma com Felipão e outra com Parreira. Como vê a volta deles à Seleção?
A troca em meio a uma caminhada gera dúvidas, mas acho que foi feita por pessoas acostumadas à seleção brasileira e à Copa do Mundo. O Felipão tem o carisma da última conquista e o Parreira a experiência de outras Copas. Foi uma boa escolha, acalma o torcedor. Troca-se a vontade que o Mano tinha de vencer pela experiência de treinadores que sabem viver bem aquilo. Torço muito pelos dois, em especial pelo Felipão, que conheci naquela conquista de 2002. Acho que a intenção do presidente da CBF foi dar mais credibilidade à Seleção para o torcedor. 



Osvaldo pode conquistar seu primeiro título no São Paulo

Um dos destaques do São Paulo nos últimos jogos da equipe, o atacante Osvaldo puxa a fila dos "debutantes" do Tricolor na Sul-Americana. Contratado nesta temporada, o camisa 17 poderá ser campeão logo no primeiro ano de clube. Nesta quarta-feira, o time são-paulino enfrentará o Tigre, na Argentina, pelo primeiro jogo da final da competição continental.

Desde a chegada do técnico Ney Franco, Osvaldo se consolidou na equipe titular. Na temporada, o atacante disputou 45 partidas e marcou 10 gols. O são-paulino quer terminar o ano com chave de ouro.

"O São Paulo não conquista um título há um tempo e estamos na final agora da Sul-Americana. Poder conquistar esse título logo no meu primeiro ano aqui, ajudando dentro de campo e fazendo gols, será uma felicidade imensa. A gente tem de estar bastante concetrado para ser campeão", ressaltou Osvaldo.

Além do atacante, outros jogadores podem conquistar um título logo na "estreia" no clube: Edson Silva, Rafael Toloi, Paulo Miranda, Cortez, Douglas, Fabrício, Maicon, Jadson e PH Ganso, todos contratados pela diretoria são-paulina nesta temporada.

O São Paulo espera conquistar um bom resultado na Argentina para decidir o título no Morumbi, no próximo dia 12 de dezembro. Osvaldo confessa que torceu para os argentinos na semifinal, já que se enfrentasse o Millonarios, a decisão da Sul-Americana seria na Colômbia.

"Estava na torcida por eles, para decidir o segundo jogo no Morumbi. Mas sabemos que equipe argentina catimba bastante, com jogadores de qualidade também. Creio que vão ser duas grandes partidas, mas vamos contar com a torcida no Morumbi para conquistar o título", completou o camisa 17.



Lucas projeta crescimento pessoal no PSG

Falta menos de um mês para o meia Lucas Moura arrumar as malas e partir para a França, onde se apresentará, enfim, ao Paris Saint-Germain. Mesmo que ele pense em vencer a Copa Sul-Americana pelo São Paulo (a decisão do Tigre começa nessa quarta-feira), o jovem não consegue deixar de pensar no futuro cada vez mais próximo no Parc des Princes.

"O Paris Saint-Germain está se tornando um time muito competitivo, que vai longe. Quero chegar em Paris e ajudar o PSG a se tornar um dos maiores clubes da Europa. Quero crescer com este clube, não me importo se isso vai acontecer rápido ou em dois, três anos", disse à revista France Football.

A presença de outros brasileiros, como o zagueiro Thiago Silva, o lateral-esquerdo Maxwell e o atacante Nenê, o ajudou a fazer a escolha pelos parisienses. Assim como o diretor de futebol Leonardo.

"O segundo motivo [da transferência] são os brasileiros que já estavam lá. Foi um dos argumentos de Leonardo que acabaram me convencendo", acrescentou.



Tigre se fecha, e São Paulo faz rachão com direito a gol de letra de Ganso

Bruno Quaresma - 04/12/2012 - 22:22 Enviado especial a Buenos Aires (ARG)

Treino do São Paulo na Bombonera (Foto: Bruno Quaresma)
Elenco são-paulino treinou na Bombonera, que receberá primeira final (Foto: Bruno Quaresma)

Um dia antes do primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, Tigre e São Paulo foram à Bombonera para reconhecerem o gramado. No entanto, as posturas dos clubes foram diferentes. Enquanto os argentinos não deixaram ninguém, entrar no estádio, o Tricolor não escondeu o jogo.

Com o time já definido, Ney Franco deixou os atletas disputarem o rachão. Com só dois goleiros no grupo e Rogério Ceni na linha, Cícero foi um dos goleiros. O camisa 16 não conseguiu evitar um gol de letra de Paulo Henrique Ganso.

Rogério Ceni, Paulo Miranda, Rafael Toloi, Rhodolfo e Cortez; Wellington, Denilson e Jadson; Lucas, Luis Fabiano e Osvaldo. Essa será a equipe titular do Tricolor na Bombonera.

O jogo com o Tigre é às 21h50 desta quarta-feira. Na semana que vem, no Morumbi, as equipes decidem o campeão da Copa Sul-Americana de 2012.



São-paulinos são assediados pela torcida do Boca

Bruno Quaresma - 04/12/2012 - 22:33 Enviado especial a Buenos Aires (ARG)

Luis Fabiano - São Paulo em Buenos Aires (Foto: Bruno Quaresma)
Luis Fabiano é assediado por torcedor do Boca, na Bombonera (Foto: Bruno Quaresma)

Antes de entrarem na Bombonera para o treino de reconhecimento de gramado, os jogadores do São Paulo foram parados por alguns torcedores do Boca Juniors, presentes no local. Luis Fabiano, Rogério Ceni e Lucas foram os mais requisitados pelos jovens argentinos.



Após problemas, São Paulo venderá mais ingressos para final e prepara lançamento do sócio-torcedor

Guilherme Palenzuela - 04/12/2012 - 21:05 São Paulo (SP)

Torcedores no Morumbi (Foto: Bruno Quaresma)
Morumbi estará lotado para final da Copa Sul-Americana (Foto: Bruno Quaresma)

Uma nova e pequena carga de ingressos deve ser colocada à venda para os são-paulinos, para o segundo jogo da final da Sul-Americana, contra o Tigre. No domingo, os 64 mil bilhetes colocados à venda foram comercializados em quatro horas pelo site Total Acesso, e o fato gerou confusão e irritação entre os torcedores. Nem os filiados ao programa sócio-torcedor, agora encerrado, tiveram privilégios. Agora, o clube se prepara para não cometer tais falhas em 2013, e já fechou o novo programa Sócio-Torcedor, desta vez com a Ambev.

A carga total de ingressos para a final no Morumbi é de 67 mil ingressos. A diretoria prevê que a torcida do Tigre não adquira boa parte dos 3 mil colocados à venda para os visitantes, e também espera algumas desistências. Com isso, já tirando os bilhetes prometidos a torcedores ilustres que estão na fila, a cúpula tricolor acredita que conseguirá colocar, na segunda-feira, uma nova carga de cerca de 2.500 ingressos à venda pela internet.

Nesta terça-feira, a Total Acesso, responsável pela comercialização dos ingressos de jogos do São Paulo pela internet, afirmou que os problemas enfrentados pelos torcedores foram consequentes ao grande número de acessos ao site.

O novo projeto Sócio-Torcedor será colocado em prática em janeiro de 2013. Serão três tipos de programas. Um básico, um intermediário e outro mais extensivo. A variação de preço irá condizer com alguns privilégios de compra, e setor ocupado no estádio nos jogos. Sob o comando da Ambev, o torcedor também terá desconto em diversos estabelecimentos como restaurantes e supermercados. Os cerca de 18 mil que ainda estão afiliados ao atual programa Sócio-Torcedor terão a oportunidade de migrar para o novo, da Ambev, no ano que vem.

CLUBE ALERTA CONTRA INGRESSOS FALSOS

A diretoria do São Paulo alerta a torcida para que não compre ingressos para o segundo jogo da final da Sul-Americana, no dia 12, das mãos de cambistas. Como a comercialização foi feita inteiramente pela internet, não haverá ingressos físicos. Deste modo, a ação dos cambistas será muito menor no dia do jogo.

Pelo site Total Acesso, o torcedor que compra o bilhete com o cartão Visa só tem o trabalho de passar o cartão para entrar no estádio, no dia do jogo.

Quem adquire as entradas de forma diferente, tem de trocar na bilheteria o comprovante da compra por um ingresso físico. Como para o jogo contra o Tigre não houve produção de ingressos físicos para venda nas bilheterias, a diretoria do clube ainda estuda se trocará os comprovantes de compra por ingressos, como em outros jogos, ou se fará de forma diferente.

Mesmo se a troca, no dia da final, acontecer por ingressos físicos, a ação de cambistas será limitada. Pela internet, o usuário cadastrado no site tem cota máxima de cinco ingressos por jogo para comprar.



Ney Franco ignora peso da camisa e favoritismo, e pede concentração em final

Bruno Quaresma - 04/12/2012 - 23:17 Enviado especial a Buenos Aires (ARG)

HOME Ney Franco - São Paulo (Foto: Tom Dib)
Ney Franco quer evitar surpresas por falta de concentração no adversário (Foto: Tom Dib)

Apesar de o Tigre ter pouca repercussão até na própria Argentina e o São Paulo ser tricampeão da Libertadores e do Mundial, Ney Franco tem convicção que a camisa não pesará nesta decisão de Sul-Americana. Por isso, o treinador quer atenção total de seus jogadores na partida desta quarta-feira, na Bombonera:

- Em termos de conquista, o São Paulo tem mais, mas o Tigre é uma equipe centenária, já está na Libertadores, vice-campeão argentino do ano passado, vem num bom momento e fez uma Copa Sul-Americana muito boa. Acho que toda essa tradição e títulos do São Paulo não fazem diferença. Temos de entrar em campo e jogar, faz parte do passado, galeria de títulos bonita, cheia de conquistas, mas trabalhar para colocar mais um troféu nessa galeria.

O título da Sul-Americana pesa muito para vários jogadores do Tricolor. Lucas pode conquistar a única taça dele, antes de deixar o clube. Luis Fabiano também busca um grande título em seu retorno ao São Paulo. Rogério Ceni quer terminar um ano difícil, em que passou a maior parte lesionado, levantando mais um troféu.

Para Ney Franco, a conquista também é muito importante. Ele, que chegou em julho, pode conquistar o primeiro título pelo São Paulo. Desde o Brasileirão de 2008, o Tricolor não vence nenhum campeonato.



Fabuloso não crê em respeito por parte do Tigre e diz: 'Não respeitam nem a Seleção'

LANCEPRESS! - 04/12/2012 - 17:20 São Paulo (SP)

Embarque São Paulo - Luis Fabiano (Foto: Tom Dib)
Luis Fabiano não crê em respeito por parte do Tigre (Foto: Tom Dib)

A final da Copa Sul-Americana deste ano traz dois clubes com um histórico de títulos bem distinto. De um lado, o São Paulo, tricampeão da Libertadores e do Mundo, além de hexacampeão brasileiro. Do outro, o modesto Tigre, com seis títulos da segunda divisão argentina e três vices da primeira.

Porém, de acordo com o camisa 9 Luis Fabiano, a grande diferença no número de conquistas não deve influenciar em nada e os argentinos não respeitarão, pelo menos durante os dois confrontos da decisão, a história do clube do Morumbi.

- A gente está acostumado a ver que camisa não ganha jogo, história não ganha mais jogo. Seleção Brasileira tem muita história e hoje ninguém respeita a Seleção, (os adversários) vêm para cima. Acho que não vai haver respeito, vão tentar fazer de tudo para sair com um bom resultado de lá. E a gente vai no nosso trabalhinho, no nosso futebol, dar uma surpresinha para eles - disse o centroavante, no saguão do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Sobre o jovem elenco tricolor, Fabuloso disse que busca, com sua experiência, tranquilizar os atletas e enfatiza que, apesar de novos, os são-paulinos já são experientes.

- A gente procura passar tranquilidade, conversar, passar as experiências que nós já vivemos em alguns jogos, em algumas finais. Mas eles estão preparados, são jogadores que sabem de sua responsabilidade, jogam no São Paulo, estão preparados para tudo. - completou.



Sortudos, pai e filho assistirão aos dois jogos da final do São Paulo

Bruno Quaresma - 04/12/2012 - 16:11 Enviado especial a Buenos Aires (ARG)

La Bombonera (Foto: Bruno Quaresma)
Thiago Videira e Walter Biazeto acompanharão o jogo em La Bombonera (Foto: Bruno Quaresma)

No lugar certo, na hora certa. Assim, o são-paulino Thiago Videira define Luis Fabiano, jogador que ele tem certeza que fará um gol nesta quarta-feira, na Bombonera. Mas a definição serve para o próprio Thiago também.

Para ele e para seu pai, Walter Biazeto. Os dois vieram a Buenos Aires na semana passada, para um curto período de férias. Eles chegaram à capital da Argentina antes mesmo do Tigre superar o Millonarios (COL), na semifinal. 

Na manhã desta terça-feira, os dois foram conhecer a Bombonera e também procurar ingressos para a grande final. No estádio, porém, os bilhetes não estão sendo vendidos. O local da partida foi definido apenas na segunda-feira, o que complicou as vendas, inclusive para a pequena torcida do Tigre, que não deve lotar a gigante Bombonera.

- Eu gostei do estádio, para o time que tem a maior torcida ajuda muito. Toda a mística em cima desse estádio tem um valor muito grande. Aposto em 2 a 0 fácil. Lucas faz um e o Luis Fabiano faz outro, ele está sempre no lugar certo na hora certa. Ele tem sorte de campeão, sorte de atacante - opina Videira.

E a família é pé quente. Ambos estiveram presentes em todos os títulos do São Paulo na Libertadores, em 1992, 93 e 2005. E, apesar da confusão para os ingressos para o jogo da semana que vem no Morumbi, eles também já garantiram presença na casa são-paulina para verem mais um título internacional do clube do coração.