sábado, 13 de outubro de 2012

Fabrício: 'Eu vivi 2011 e vou viver 2013. Este ano eu apago'

Bruno Quaresma e Guilherme Palenzuela - 13/10/2012 - 07:40 São Paulo (SP)

Especial Fabrício (Foto: Ari Ferreira)
Fabrício quer esquecer 2012. Volante faz tratamento diário para voltar no ano que vem (Foto: Ari Ferreira)

Fabrício quer apagar 2012 da memória. Para que isso aconteça com facilidade, o volante nem assiste aos jogos do São Paulo porque sofre por não poder estar em campo. Na última quarta-feira, dormiu no intervalo e não viu o segundo tempo da importante vitória sobre o Vasco. Mas não por falta de profissionalismo. A “chata” rotina de Fabrício inclui sacrifícios: fisioterapia diária em dois períodos há mais de três meses, ansiedade por estar impedido de jogar e frustração por não se sentir parte do grupo do São Paulo.

Na última quinta-feira, depois da primeira sessão de tratamento no joelho esquerdo para corrigir a lesão no ligamento cruzado, o jogador atendeu à reportagem do LANCENET! em sua primeira entrevista depois de realizar a cirurgia no local, em 21 de junho – antes disso, ele teve duas lesões na panturrilha direita que o impediram de jogar no primeiro semestre.

O abatimento e a decepção com o ano que se passou sem praticamente entrar em campo são nítidos em Fabrício. Assim como a confiança de que 2013 será diferente. Aos 30 anos, ele transforma o carinho da família, dos torcedores e até as críticas de quem o rotula como “bichado” em motivação para dar a volta por cima no ano que vem e mostrar o porquê de ter sido contratado no fim de 2011.

Com mais de dez meses no clube, Fabrício não se sente parte do time. Alheio às viagens e concentrações, o volante, no momento, não tem nem número de camisa definido. Nada que o preocupe. Ele já está com a cabeça no ano que vem e não quer nem saber de fazer mais piadas de si próprio ao presidente Juvenal Juvêncio. Entenda o porquê de tudo isso na entrevista a seguir:

LANCE!: Qual tem sido sua rotina de tratamento? Como você se sente neste momento?
Fabrício: Não vou mentir, realmente meu dia a dia é muito chato. Mas infelizmente a gente tem que vir, fazer o trabalho para colher os frutos lá na frente. Mas não dá para falar que é bom, que passa rápido, porque estaria mentindo. Realmente, é muito difícil vir para cá todos os dias.

L!: Quando voltou da segunda lesão na panturrilha, sabia que poderia ter alguma outra lesão ou foi inesperado?
F: É isso que fico me perguntando. Tem coisas que não dá para explicar. Eu não gosto de entrar muito nesses assuntos de fé, religião, mas tem coisas que fogem do nosso controle. Tinha feito exame isocinético duas semanas antes, e estava tudo equilibrado. Nunca tinha estado tão equilibrado, me sentia bem. Tinha até brincado com o presidente (Juvenal Juvêncio) dias antes: “Vou parar de roubar você, hein, presidente! Cheguei aqui e ainda não joguei" (risos).

L!: No momento da lesão, já sabia que a era algo mais sério?
F: Já, já sabia. Ali eu sabia que tinha rompido o cruzado. Foi muito triste. A gente forma muita expectativa, quer jogar bem na casa que você acaba de chegar, que você é bem tratado, você quer retribuir...

L!: Como você tem feito para se motivar?
F: Tenho procurado não me apegar às coisas negativas. Estou perdendo isso, aquilo, vendo meus companheiros jogar. É muito difícil. Chego em casa e desligo completamente. Tenho dois filhos pequenos. Eu não tenho tempo para nada... e isso é bom! É muito bom. Eu descanso carregando pedras. Tenho aproveitado o que eu nunca tenho, que é ficar com a família. Ajuda bastante a tirar essa tristeza e essa coisa chata que é o dia a dia da fisioterapia.

L!: Por ter ficado fora, se sente parte do grupo do São Paulo?
F: Não. É difícil. Você vive em outra rotina. Lógico que eu conheço o pessoal, a gente conversa, mas não tem aquela intimidade. Você vive em outro horário. Tem sido difícil até acompanhar os jogos. Contra o Vasco, mesmo, assisti ao primeiro tempo, no segundo tempo você dorme. A gente acorda cedo, então fica cansado.

L!: O que faz no tempo livre?
F: Gosto de ler, de tirar minhas músicas no violão. Gosto de tudo, mas mais do rock and roll. Saio para jantar. A gente faz essas coisas, para sair da rotina do futebol. Até pouco tempo atrás eu nem conseguia assistir aos jogos do São Paulo, porque ficava muito chateado. Agora que comecei a assistir.

L!: Se vier o título da Sul-Americana, vai se sentir campeão?
F: Difícil. Você está aqui, mas não deu a colaboração. Vai ser legal? Vai, estou torcendo por isso, mas você não colaborou tanto.

L!: Você não tem ido mais ao vestiário nos jogos. É para não sofrer?
F: É. Se não posso agregar nada de bom, é melhor ficar longe. Agora que estou começando a assistir jogos do São Paulo. Assistia a outros jogos, mas não os do São Paulo. Não conseguia, ficava chateado. Você chega lá, vai ver os caras, fica cabisbaixo. Não é uma inveja maldosa, mas eu queria estar ali. Não vou conseguir me alegrar, não vou conseguir passar nada de bom. Prefiro ficar longe.

L!: Como tem sido o contato com os torcedores na rua?
F: Sempre me dão apoio, e isso é muito legal. Isso me motiva. É difícil acordar, mas você acorda, lembra dessas coisas e isso te motiva a vir e dar o seu máximo.

L!: Já ouviu a palavra “bichado”? Como lida com isso?
F: Já escutei, até da imprensa. Mas dá força. É a força que vem com raiva. Essas críticas me motivam.

L!: 2012 foi um ano difícil...
F: Que 2012?!

L!: Não teve 2012?
F: Não tem 2012. Profissionalmente, não. Acabou 2012, vou apagar da minha carreira. Vou pular. Eu vivi 2011 e vou viver 2013.

L!: Rogério Ceni ainda não decidiu se fica em 2013...
F: É mais uma tristeza para acumular, com tantas que tive. Se não conseguir jogar com ele, vai ser muito triste. É um ídolo mundial, a história dele é impressionante. Pelo menos já garanti a camisa dele autografada (risos).

L!: O que espera para 2013?
F: Espero trabalhar bem, ter uma boa sequência. Quero corresponder à confiança que me deram. A expectativa da diretoria eu sei que é grande, tenho provado que sou um bom profissional, mas para o clube o que importa é resultado, e quero ajudar nisso no ano que vem. Quero conquistar a Libertadores e o Mundial, ainda, e tudo isso aqui no São Paulo.

A VIDA NO REFFIS

Ganso e a camisa 8
“Pode falar ou tem que perguntar no Posto Ipiranga? (risos). Pois é! Falei para ele: “Você está folgado, hein?” (risos). Outro dia faltou uma toalha para mim, eu achei que tinha sido ele também (risos). Mas o pessoal conversou comigo antes. Não tenho essa vaidade de camisa. Ficou melhor nele, a camisa 8 estava encostada. Pedi a 25, vamos ver se ela vem para mim. Quando cheguei, queria a 25, mas acharam melhor a 8. Aí eu peguei a 8, zicada, mas falei para o Ganso: “Está limpa, não vai ter mais lesão com essa camisa. Só vai dar título!”

Luis Fabiano, ‘do contra’
“Ele é uma pessoa fácil de lidar... Fácil assim: tem que ser do jeito dele, para não dar briga (risos). É o cara do contra. Manda ele fazer, ele não faz. Mas o importante é que dentro de campo ele resolve. Se tiver uma chance, ele faz”

Com a palavra: Luiz Rosan, fisioterapeuta do São Paulo, em entrevista ao LANCE!
"Fabrício teve uma reconstrução do LCA (ligamento cruzado anterior) do joelho esquerdo. Nossa média para retorno nessa cirurgia é de quatro a cinco meses, o que vai dar em novembro, mais ou menos. No fim do ano ele já vai estar muito bem. Evidentemente, vai depender se vai valer a pena voltar no fim da temporada, ou se vamos deixar para o ano que vem. Ele está muito bem. A fisioterapia não é só de reabilitação, como também faz um treinamento aeróbico. Então ele não perde condicionamento. Na próxima etapa ele já vai ter atividades no gramado, para complementar a fisioterapia"



No 500º jogo de Ceni no Morumbi, São Paulo busca o G4 diante do Figueirense

LANCEPRESS! - 12/10/2012 - 17:28 São Paulo (SP)

Apresentação São Paulo x Figueirense
São Paulo quer embalar e entrar para o G4. Já o Figueirense quer fugir da incômoda situação

De olho no G4, o São Paulo vai encarar os dois últimos colocados em sequência, dentro de casa, para tentar ultrapassar o Vasco e postular uma vaga na próxima Libertadores. A começar pelo Figueirense, neste domingo, às 16h, em jogo válido pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida marcará o 500º jogo de Ceni pelo Tricolor, no Morumbi. Fabuloso também busca ultrapassar Serginho Chulapa e ser o maior goleador do clube em Brasileiros.

Com 49 pontos, o Tricolor conta com um tropeço do Vasco, diante do Santos, para passar à frente da equipe carioca e ficar uma rodada no torneio nacional. Nessa temporada, o clube já esteve no G4, após a vitória diante do Coritiba. Contudo, o Botafogo tinha um jogo a fazer, venceu o Corinthians e reassumiu a posição por causa do saldo de gols. Com isso, a equipe do Morumbi só ficou quatro dias na zona de classificação à Libertadores. Já o Figueirense, que conquistou os três pontos diante do Atlético-GO, quer engrenar para se manter na primeira divisão.

MORUMBI DECISIVO PARA O G4

Mesmo diante dos dois últimos colocados, o discurso do Tricolor é o de que não dá para menosprezar os adversários. Diante do Figueirense, o técnico Ney Franco ainda não poderá contar com Lucas, que está a serviço da Seleção. Contudo, exceto o camisa 7, o treinador não terá nenhum desfalque por conta de suspensão.

- Acho que não podemos nos apegar a isso (que enfrentar os dois últimos seja mais fácil). Um dos adversários, que é o Atlético-GO, recentemente foi ao Rio de Janeiro e ganhou do líder. Em todo confronto na reta final, sempre tem algum clube trabalhando por algum objetivo, seja título, Libertadores ou para fugir do rebaixamento. Temos de respeitá-los, agir da mesma maneira, seja alertando, seja passando informações. E os atletas precisam entrar concentrados para ficarem em uma situação ainda melhor - declarou o treinador, em entrevista coletiva, nesta sexta-feira.

Caso balance as redes mais uma vez, o atacante Luis Fabiano pode igualar a Serguinho Chulapa como o maior artilheiro do clube em Brasileiros. Fabuloso já marcou 82, contando todas as passagens. Fazendo companhia no ataque, Osvaldo permanece. Douglas, que substitui Lucas, deve prosseguir na equipe.

Na defesa, a equipe continua a mesma. E, o jogo será histórico para Rogério Ceni. Ele chegará a marca de 500 jogos pelo clube, no Morumbi. Já Ganso, que completa 23 anos nesta sexta-feira, segue o tratamento para estrear pelo São Paulo, contudo, ainda é uma incógnita o seu primeiro jogo.

PARTIDA VITAL

Depois de vencer um confronto direto contra o lanterna Atlético-GO, o Figueirense se prepara para enfrentar o São Paulo em um jogo considerado de importância vital para seus jogadores.

- Acho que a gente pode vencer o São Paulo lá dentro e fazer como se fosse uma final de Copa do Mundo - afirmou o atacante Júlio César.

Para enfrentar o São Paulo, Márcio Goiano não contará com Túlio, seu principal volante. O jogador sentiu um estiramento na coxa direita após a partida contra o Atlético-MG, na 28ª rodada, e ficará de fora por pelo menos mais uma semana.

- Ele teve um estiramento leve na coxa direita, não é nada demais. Em uma semana ou dez dias, ele deve estar de volta aos trabalhos físicos - declarou Sérgio Pantucker, médico do clube.

Por outro lado, Márcio Goiano tem a volta do volante Jackson e do zagueiro Sandro, que cumpriram suspensão na última rodada.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO X FIGUEIRENSE

Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 14/10/2012, às 16h
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS)
Auxiliares:  Alessandro A.Rocha de Matos (Fifa-BA) e Cleriston Clay Barreto Rios (SE)

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Rhodolfo e Cortez; Wellington, Denilson, Jadson; Douglas, Osvaldo e Luis Fabiano. Técnico: Ney Franco.

FIGUEIRENSE: Wilson; Elsinho, João Paulo, Edson e Hélder; Coutinho, Claudinei, Botti e Ronny; Júlio César e Aloísio. Técnico: Márcio Goiano.



São Paulo faz missa em memória a Marcelo Portugal Gouvêa e o homenageia

LANCEPRESS! - 12/10/2012 - 20:12 São Paulo (SP)

São Paulo celebra missa em memória a Marcelo Portugal Gouvêa (Foto: Rubens Chiri/SPFC)
Presidente, familiares, diretores, conselheiros, associados e torcedores compareceram (Foto: Rubens Chiri/SPFC)

O São Paulo realizou nesta sexta-feira, no Salão Nobre do clube, a Missa do Dia de Nossa Senhora Aparecida, em memória ao ex-presidente Marcelo Figueiredo Portugal Gouvêa, falecido em 29 de novembro de 2008. O presidente Juvenal Juvêncio, a sua esposa, o grande benemérito do clube Laudo Natel, além de familiares, diretores, conselheiros, associados e torcedores compareceram.

O presidente Juvenal Juvêncio, que relembrou de passagens com o ex-companheiro, anunciou, em forma de homenagem, que o Estádio construído no Centro de Formação de Atletas, na cidade de Cotia, receberá o nome de 'Estádio Presidente Marcelo Figueiredo Portugal Gouvêa'.

A viúva do ex-presidente, Dra. Rochelle Siqueira Portugal Gouvêa, relembrou a dedicação e o empenho de Marcelo Portugal Gouvêa durante os momentos de sua vida. O conselheiro Marcelo Marcucci Gouvêa, representando os filhos, agradeceu ao gesto.

- Em nome da família, gostaria de agradecer a homenagem do São Paulo Futebol Clube ao meu pai, o que faço na pessoa do Presidente Juvenal Juvêncio. Meu pai dedicou grande parte de sua vida à Instituição e o carinho demonstrado no dia de hoje deve enchê-lo de alegria, onde quer que ele esteja - declarou.

Laudo Natel também se pronunciou e engrandeceu o ex-presidente.



Ganso 'comemora aniversário' com trabalhos intensos no Reffis

LANCEPRESS! - 12/10/2012 - 16:12 São Paulo (SP)

Ganso faz tratamento no Reffis (Foto: Site oficial do São Paulo)
Ganso faz tratamento no Reffis (Foto: Site oficial do São Paulo)

O meia Paulo Henrique Ganso comemora os seus 23 anos nesta sexta-feira e, de 'presente', a festa para o camisa 8 contou com trabalho no Reffis. O jogador trabalha em dois períodos, com os fisioterapeutas do clube, para se recuperar de um estiramento na coxa esquerda.

- Nesta semana demos sequência ao protocolo elaborado para a reabilitação do atleta. Continuamos com o tratamento para a coxa esquerda, além de exercícios para grupos musculares específicos com o objetivo de promover equilíbrio e coordenação motora - afirmou o fisioterapeuta Luiz Rosan, feliz com a recuperação da lesão no músculo reto femural do atleta - declarou o fisioterapeuta Luiz Rosan, ao site oficial do clube.

Em meio ao feriado de Nossa Senhora da Aparecida e ao Dia das Crianças, o fisioterapeuta preparou uma surpresa ao meia. Após felicitar Ganso, ele questionou o jogador sobre qual o presente que ele gostaria de ganhar. Demonstrando alegria, Ganso pediu uma folga, contudo, ouviu que só a teria no domingo à tarde. Vale ressalta que os jogadores em recuperação geralmente ganham folga nesse dia.

No início da próxima semana, o camisa 8 terá um trabalho intensifica, para dar sequência ao prognóstico elaborado pelo departamento médico. No Reffis, o jogador tem a rotina de trabalhos em dois períodos.

Sem pressa para o retorno do meia, o técnico Ney Franco até cogita contar com o atleta só na próxima temporada, tendo em vista que Ganso tem de voltar só quando estiver 100%.

Já Ganso mostra bastante vontade de retornar aos campos. Após a vitória diante do Vasco, pela 29ª rodada do Brasileiro, ele publicou, através do Twitter, que está 'louco para jogar' pelo São Paulo.



Comissão técnica do Tricolor prega cautela com retorno de Cañete

LANCEPRESS! - 12/10/2012 - 15:30 São Paulo (SP)

Cañete - São Paulo (Foto: Tom Dib)
Ney Franco dificilmente vá aproveitar Cañete ainda nesta temporada (Foto: Tom Dib)

O torcedor são-paulino conta os dias para ver o meia Marcelo Cañete de volta aos gramados. Com apenas dois jogos pelo Tricolor - e nem 90 minutos completados -, o argentino vem aprimorando sua condição física para retornar ao time.

Porém, se depender do técnico Ney Franco e da comissão técnica do clube, o camisa 20 dificilmente será aproveitado na equipe ainda nesta temporada.

- Ele está evoluindo, mas ainda não está onde queremos. Não queremos colocar de qualquer jeito em um momento de definição de campeonato. Ele ainda não está recuperado para aguentar a pegada de um Campeonato Brasileiro - disse Ney, cauteloso.

Na tarde desta quinta-feira, Cañete participou de um jogo-treino no CT da Barra Funda e, na avaliação do preparador físico José Mário Campeiz, a recuperação do atleta é satisfatória, mas ainda requer tempo e sequência de treinos.