Bruno Quaresma - 17/12/2012 - 08:04 São Paulo (SP)
Maicon jogou 59 partidas em 2012 (Foto: Miguel Schincariol) Um dos reservas mais presentes em campo, Maicon também atuou bem fora das quatro linhas nesta temporada. A postura do meia, mesmo ciente de que dificilmente conseguiria ser titular, foi muito elogiada pela diretoria.
Enquanto alguns jogadores ficam incomodados com o banco de reservas, Maicon colaborou com a equipe do lado de fora. Sem reclamar, ele aproveitou as chances que foram dadas e terminou 2012 em alta também com a comissão técnica e com a torcida do São Paulo, que pegou muitas vezes no pé do jogador durante a temporada.
Ele não chegou a entrar nos jogos decisivos da Sul-Americana, mas brilhou na última rodada do Brasileirão. Ney Franco escalou equipe reserva no clássico com o Corinthians, no Pacaembu, o camisa 18 marcou dois gols e foi o maior responsável pela vitória por 3 a 1, de virada, sobre o maior rival.
Na difícil negociação para tentar tirar Montillo do Cruzeiro, a diretoria do clube mineiro chegou a pedir para que Maicon fosse envolvido, o que foi prontamente negado. De volta à Libertadores após dois anos, o São Paulo quer ter o elenco mais forte possível para ter condições de conquistar o tetra do torneio mais desejado pelo clube e pela torcida.
Os elogios ao meia se devem pelo fato de vários jogadores ficarem insatisfeitos com o banco de reservas. No Tricolor, Cícero é um dos que mais sentem isso. Com contrato só até o meio de 2013, ele deve deixar o clube neste fim de ano, já que não tem sido aproveitado por Ney Franco, assim como Casemiro.
O que não quer dizer que Maicon é acomodado com a situação. Ele treina para ter uma vaga no time, mas faz de tudo para ajudar mesmo quando fica sentado no banco.
Confira um Bate-Bola com Maicon, durante a festa do título da Sul-Americana:
Você foi contratado no início desta temporada, que não começou bem para o São Paulo. Esperava terminar o ano dessa forma, com o título da Copa Sul-Americana?
Com certeza. Qualquer jogador que vem para o São Paulo sabe que vai estar brigando por títulos dos campeonatos que jogar. Graças a Deus, a gente conseguiu terminar o ano com uma conquista importante e inédita para o clube, que foi esta Copa Sul-Americana.
Como você avalia o seu desempenho especificamente nesta sua primeira, das cinco temporadas que tem contrato com o São Paulo?
Foi um primeiro ano de conquistas. Eu joguei 59 partidas durante a temporada e consegui fazer sete gols, então eu considero que foi bom. Tomara que o próximo ano seja melhor ainda para o São Paulo e que a gente espera conquistar ainda mais títulos para o clube.
Apesar do título no fim do ano, o que o São Paulo tem a aprender com 2012 para levar de lição para 2013, temporada em que o clube voltará a disputar a Libertadores, que é muito desejada pela torcida?
Nós temos que estar sempre melhorando, buscando o melhor de cada um dos jogadores e do time, para que a gente possa corrigir algumas coisas que não deram certo no início deste ano, quando a gente foi eliminado do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Se Deus, quiser, 2013 vai ser de muitas conquistas.
Edson Silva também agrada
Edson Silva não foi capitão à toa nos jogos contra a Ponte Preta e Corinthians, nas duas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, quando a equipe atuou somente com reservas. Assim como Maicon, a proatividade do zagueiro também é citada por pessoas que acompanham diariamente a rotina do elenco são-paulino.
O camisa 14 até começou a temporada como titular, mas perdeu a vaga para Paulo Miranda e, com a chegada de Rafael Toloi, só passou a ser utilizado quando a dupla titular não tinha condições de jogar.
Antes, na ausência dos principais atletas em campo, Denis costumava ser o capitão da equipe, posto que foi ocupado por Edson Silva. Hoje, ele é o reserva imediato, mas terá concorrência forte em 2013. A diretoria está perto de fechar com Lúcio (veja mais ao lado) para reforçar a defesa.