Alfredo (à esq.), quando defendia o São Paulo no sub-20 (Foto: Divulgação / São Paulo FC)
Eles cresceram sonhando em um dia jogar no Morumbi, defendendo o Tricolor, sucedendo grandes nomes do clube ou até mesmo jogando ao lado destes ídolos. Se formaram na mesma leva dos recentes Lucas, Casemiro, Wellington e Rodrigo Caio.
No entanto, seus destinos não foram a Europa ou mesmo o time comandado por Nei Franco. Adversários do São Paulo na noite desta quarta-feira, o goleiro Richard, o meia Flávio e o atacante Alfredo vestem, hoje, outra camisa tricolor: a do Paulista de Jundiaí.
Nesta temporada, Flávio, o mais velho dos três criados em Cotia, atuou em 13 partidas no Galo da Japi. Aos 23 anos, já foi emprestado para Bragantino, São Carlos e para o próprio Paulista, em 2010. Hoje, de contrato com o clube de Jundiaí, ele tenta se garantir uma posição no time titular, já que ficou a maioria dos jogos no banco de reservas, entrando no segundo tempo.
Richard, do Paulista (Foto: Divulgação/Paulista)
Já Richard e Alfredo, fizeram parte do elenco tricolor, que foi campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2010. O goleiro Richard foi protagonista na final, contra o Santos, defendendo três pênaltis nas cobranças decisivas. Agora, aos 22 anos, jogando uma competição principal, o ex-são-paulino é o goleiro mais novo do Paulistão.
– Só tenho a agradecer ao São Paulo, por tudo. Cheguei com 9 anos, fui criado lá, me deram escola, todas as condições. Depois, como eu era o quarto goleiro, achei melhor mudar de caminho e, graças a Deus, estou indo bem e a equipe luta por bons objetivos, não correndo risco de cair - conta o jovem camisa 1.
O arqueiro vai enfrentar o ex-clube pela primeira vez e verá do outro lado do campo seu grande ídolo: Rogério Ceni. O capitão são-paulino ligou para ele, após o Paulista ter vencido o Santos, por 3 a 1, no Pacaembu, para elogiá-lo. Contudo, na noite desta quarta-feira, o goleiro do Galo de Jundiaí terá o trabalho de evitar que as cobranças de falta de Ceni se convertam em gols diante de seu atual clube.
– O São Paulo é uma grande equipe e por isso temos que entrar ligado, principalmente nas movimentações do Luís Fabiano e com o Rogério Ceni, nas faltas perto da área – alerta.
Aonde formos, vamos levar um pouco do São Paulo com a gente. Nosso aprendizado todo foi lá."
Alfredo, atacante do Paulista
Se Richard tem vaga garantida diante do Tricolor, outro companheiro de equipe criado no centro de treinamento de Cotia ainda sonha com uma chance. Alfredo, de 20 anos, chegou aos clube do Morumbi quando tinha 11 anos, em 2004. Com a concorrência de Luís Fabiano e Osvaldo na ofensiva são-paulina, o jovem atleta não teve muitas chances e acabou se transferindo para o Paulista nesta temporada. No Estadual, ele atuou em sete das 14 partidas que o Galo entrou em campo, até então.
– Primeiramente, espero que seja um bom jogo para o Paulista. Depois, penso individualmente, em entrar, atuar bem e, quem sabe, até marcar – diz Alfredo, aguardando uma chance do técnico Giba.
O atacante, que hoje pensa nos objetivos coletivos do Paulista, não esquece a raízes e as conquistas que teve no São Paulo e se contém ao pensar em retornar ao seu clube de formação ou até mesmo se transferir para outra grande equipe.
– Sempre me destaquei na base, fui artilheiro e campeão nas categorias inferiores. Até fiquei no banco em alguns jogos do profissional, mas vira que não era o meu momento. Hoje, busco experiência e tento ajudar o meu time a se classificar entre os oitos e conseguir uma vaga na Série D, mas nunca vou me esquecer do São Paulo, assim como o Richard e o Alfredo. Aonde formos, vamos levar um pouco do São Paulo com a gente. Nosso aprendizado todo foi lá. – afirma o atacante.
