Ney Franco deixou o Morumbi sábado sem dar nenhuma pista sobre o time do São Paulo que começará a partida contra o Atlético-MG, na quarta-feira, pela Libertadores. Mas um dos únicos destaques na derrota para o XV de Piracicaba se adiantou ao treinador (veja os melhores momentos do jogo no vídeo ao lado). Antes mesmo de a escalação ser divulgada, o volante Fabrício revelou que está fora.
– Minha chance de jogar é zero. Ele (Ney Franco) já deixou isso claro. Estou correndo por fora. Quando precisar de mim, vou fazer de tudo para honrar essa camisa – afirmou.
Fabrício, aliás, foi elogiado pelo comandante após o jogo de sábado. O treinador admitiu que a equipe teve uma má atuação, mas destacou o rendimento de seu marcador.
– Ele fez um bom jogo – resumiu.
Estou correndo por fora. Quando precisar de mim, vou fazer de tudo para honrar essa camisa"
Fabrício
Depois de quase um ano ausente em virtude de uma lesão no joelho esquerdo, o jogador luta para recuperar espaço, mas até agora não convenceu o comandante. Ele vem sendo utilizando geralmente em partidas dos reservas. Dos jogos importantes, foi titular apenas no empate por 1 a 1 contra o Arsenal, no Pacaembu, pela terceira rodada da Libertadores.
Há duas semanas, aliás, chegou a mostrar irritação com o técnico. Ao ser substituído diante do Botafogo, em Ribeirão Preto, fez cara feia e foi flagrado pelas câmeras dizendo: “Pô, professor, me deixa jogar!”.
Os pedidos, porém, não foram o bastante. Ney considera que Fabrício ainda está abaixo fisicamente e tecnicamente dos outros jogadores da posição. Denilson, mesmo atuando muito mal nas últimas partidas, será mantido. A vaga de Maicon, com uma lesão na coxa esquerda, será preenchida por Wellington, aumentando o poder de marcação.
Apesar de já dizer que não será titular, Fabrício tenta exercer certa liderança e cobra do grupo muito empenho para vencer o melhor time da Libertadores. Além de um resultado positivo, o Tricolor precisa torcer por uma vitória do Arsenal sobre o Strongest, na Argentina, para avançar ao mata-mata.
– O time tem de fazer de tudo, fazer o impossível. No futebol, às vezes, o impossível acontece. Não seria surpresa pela história que o time tem. O São Paulo é tricampeão da Libertadores. Tudo é possível. Precisamos jogar com alma, com o coração e dar o nosso máximo.
Fabrício, em treino do São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)