Emerson Leão esteve bem perto de assumir a Portuguesa para disputar o Campeonato Brasileiro. Esteve. Graças a uma intervenção do São Paulo, a diretoria da Lusa desistiu de concretizar a negociação e, por enquanto, segue com Edson Pimenta comandando a equipe interinamente nas primeiras rodadas.
A interferência do São Paulo no caso aconteceu por causa do meia Cañete, de quem o treinador não tinha muito apreço quando passou pelo Morumbi. Caso ele fosse contratado pelo clube do Canindé, os tricolores barrariam o empréstimo do armador argentino.
– Não pode dizer que é um veto, mas o São Paulo precisa saber todos os aspectos quando empresta um jogador para ganhar ritmo. Um deles é a localidade. Outro é o treinador. É importante para saber que o jogador vai evoluir. Sabemos os métodos do Leão, e não seria apropriado ele trabalhar com o Cañete. Foi uma pergunta. Como a Portuguesa disse que ele não seria contratado, finalizamos a transação – revelou o diretor de futebol Adalberto Baptista.
Leão deixou o São Paulo em junho do ano passado, depois de não resistir às eliminações no Paulistão e na Copa do Brasil, além de ter acumulado alguns resultados ruins no início daquele Brasileirão.
O treinador, aliás, deixou poucos amigos no Tricolor. Baptista não escondeu as restrições ao trabalho dele, principalmente por não dar espaço a alguns jogadores que, hoje, brilham pelo clube. São os casos do meia Jadson e do atacante Osvaldo, titulares absolutos com Ney Franco.
– Se fosse (contratado), provavelmente, o Cañete não iria para lá. Sabíamos que o Leão tinha diferenças como Cañete, com o Jadson. Ele gosta de uns, não gosta de outros. Nós sabíamos que não seria bom para a evolução do Cañete – ressaltou Baptista.
Emerson Leão comandou o São Paulo em 2012 (Foto: Anderson Rodrigues/Globoesporte.com)