O resultado complica a vida do Verdão, que fica a pelo menos duas rodadas de escapar da zona de rebaixamento: a equipe é 18ª colocada no Brasileirão, com 26 pontos, seis atrás do Coritiba, primeiro não-rebaixado. Já o São Paulo segue colocando pressão no quarto colocado Vasco, chegando a 46 pontos em 28 rodadas.
Só dá Tricolor
A facilidade de entrar na defesa palmeirense era tanta que Bruno já precisou mostrar serviço duas vezes em quatro minutos: primeiro, Denílson chutou e Paulo Miranda, no rebote, finalizou à queima-roupa; na sequência, Luís Fabiano ganhou dividida após bola levantada na área e arrematou fraco, quase na pequena área. Era o resultado do jogo coletivo que os tricolores imprimiram na primeira etapa, pressionando na saída de jogo e trocando passes no ataque, enquanto os alviverdes optavam pela insistência nas invidualidades, como Valdivia e Barcos. O argentino foi finalizar a primeira bola perigosa do time visitante aos 18 minutos, quando ajeitou para a perna esquerda e mandou ao lado do gol de Ceni.
Por um momento, o time de Gilson Kleina conseguiu ajeitar sua defesa e diminuir o ímpeto de seu adversário, mas o Tricolor arrumava um jeito de superar os obstáculos. Lucas chutou da entrada da área com muito perigo aos 28 minutos e, três minutos mais tarde, Bruno fez um milagre após cruzamento de Osvaldo que encontrou Luis Fabiano completamente sozinho.
Do jeito que as coisas transcorriam no Morumbi, o gol era questão de tempo. E assim o foi. Aos 35 minutos, Lucas recebeu lançamento no canto esquerdo da área após contragolpe, deixou Juninho sentado e bateu cruzado. Bruno tocou na bola com a ponta dos dedos, ela foi lentamente em direção à trave e se ofereceu para Luis Fabiano concluir com o gol aberto.
Os esforços que o Palmeiras empreendeu nos minutos anteriores pareceram ter ido por água abaixo antes mesmo do fim do primeiro tempo, quando Denilson apanhou sobra na entrada da área e, com a bola quicando, mandou um chute indefensável, no ângulo de Bruno: 2 a 0.
Sobrevida alviverde, expulsão e rede balançando
A conversa no vestiário parece ter surtido efeito, e o Verdão voltou visivelmente mais disposto para o segundo tempo. Logo no primeiro minuto, Assunção cobrou escanteio, Barcos desviou e Ceni precisou fazer intervenção importante. Aos oito minutos, porém, Artur recebeu o segundo cartão amarelo após falta em Osvaldo e foi para a rua, um duro golpe que quase poderia sido pior para o Palmeiras, já que Paulo Miranda não conseguiu capitalizar após a cobrança de Rogério Ceni.
Com as trocas feitas no entretempo e, surpreendentemente, com a desvantagem numérica, o time alviverde conseguiu exercer alguns minutos de domínio sobre o rival, pressionando a saída de bola e conseguindo trabalhar os passes com mais velocidade, dando mais profundidade a seu jogo. Valdivia, que pouco depois passaria a jogar no sacrifício após dividida, foi bloqueado com o gol aberto após finalização forte de Tiago Real, que Rogério Ceni conseguiu defender.
Sem pressa, o Tricolor soube administrar a partida e dosar a energia no ataque, matando a partida aos 24 minutos: Paulo Miranda curtiu uma de meia e deu um toque pelo alto para Luís Fabiano, que escapou da marcação, girou e chutou forte, sem chances para Bruno.
O time da casa ainda construiu mais oportunidades na metade final da segunda etapa: Douglas finalizou com perigo aos 27; Lucas, aos 34, fez Bruno trabalhar novamente após jogada individual e Denílson, aos 41, poderia ter feito seu segundo ao isolar uma chance que recebeu após erro no corte de Assunção. Mas foi só.