terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Marin diz que lugar de empresário não é em hotel ou treino da Seleção

Ainda sob os efeitos do vexame da seleção brasileira sub-20 no Sul-Americano da categoria, realizado na Argentina no mês passado, quando o time caiu na primeira fase, o presidente da CBF, José Maria Marin, foi categórico ao afirmar que não permitirá a presença de empresários junto aos jogadores das seleções enquanto estes estiveram hospedados com a delegação ou mesmo nos treinamentos.

- Nenhum empresário teve a coragem de me procurar. O jogador pode conversar com o seu empresário, mas fora do hotel onde a seleção está hospedada e fora do campo de treinamento. Pode ser em qualquer lugar, menos no local de trabalho de uma seleção brasileira. Nesse vexame (do time sub-20) fiquei assustado pelo número de empresários que vi em San Juan (na Argentina, sede da competição). Acredito que tinha mais empresário do que público - contou Marin.

A interferência que o presidente da CBF disse que pode ter é apenas na relação entre os clubes, em conversas para mediar soluções para o futebol brasileiro e jogadores, e citou os imbróglios recentes que envolviam Oscar, hoje no Chelsea, e Paulo Henrique Ganso, do São Paulo.

- A CBF pode falar de clube para clube, de presidente para presidente. No caso do menino Oscar, tanto o presidente do Internacional como do São Paulo pediram para eu ver o que podia fazer pra resolver, e eu tinha interesse que ele saísse do foco dos tribunais e fosse pro campo, que é o lugar dele. E então ele foi pra seleção olímpica e teve sucesso. No caso do Ganso, interferi junto aos dois presidentes (de Santos e São Paulo) pra que conversassem, mas não participei de nenhuma conversa, fiz apenas uma ponte - revelou José Maria Marin.

- Com empresário nunca tive (conversa), não tenho e nunca terei, porque não tem razão para que o presidente da CBF tenha conversa com empresário - voltou a afirmar o presidente da CBF.