Fellipe Lucena e Kaíque Ferreira - 16/12/2012 - 08:00 São Paulo (SP)
Lucas comandou o São Paulo na Sul-Americana. Agora, clube acumula opções para seu lugar (Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP))
Lucas ajudou o São Paulo a conquistar a Sul-Americana, ergueu a taça e se consolidou como ídolo da torcida, mas já é página virada. Pelo menos é este o pensamento de diretoria e comissão técnica, que se planejam para que a saída não seja tão sentida.
O meia-atacante deixou a camisa 7 vaga e prepara as malas para encontrar o elenco do Paris Saint-Germain (FRA) no dia 29 de dezembro para um período de atividades no Qatar.
A diretoria são-paulina, que cogitou organizar um jogo de despedida e não conseguiu, está se mexendo. Aloísio, ex-Figueirense, e Negueba, ex-Flamengo, estão acertados. Wallyson, do Cruzeiro, negocia. Novas opções para Ney Franco, que deve insistir em Ganso no início de 2013.
O técnico costuma dizer que o camisa 8 foi contratado para 2013 e vai tentar encaixá-lo no time, até porque a comissão técnica espera tê-lo com 100% das condições físicas. O problema é que, na vaga de Lucas, o Maestro mudaria o esquema que deu resultado.
O São Paulo embalou no Campeonato Brasileiro e na Sul-Americana quando passou a jogar no 4-2-3-1, com Jadson centralizado, Lucas de um lado e Osvaldo do outro, todos municiando Luis Fabiano. Com Ganso e Jadson juntos, a equipe passaria a jogar em um 4-4-2 clássico, com apenas um atacante de velocidade (Osvaldo).
O atacante Osvaldo, que formava o trio ofensivo ao lado de Lucas e Luis Fabiano, acredita que o time manterá o bom rendimento.
- O Lucas é um cara diferenciado, ele dá mais velocidade ao ataque. Mas, taticamente, no 4-4-2, eu também consigo render muito bem como segundo atacante. A diretoria está buscando um segundo atacante, mas o nosso grupo é forte - declarou, em entrevista ao LANCE!Net.
Com Lucas em campo, o aproveitamento da equipe em 2013 foi de 67,7%. Sem ele, decaiu para 55,5%. Rogério Ceni já declarou que Lucas equivale a 40% do time e previu mais dificuldades sem ele.
O time tem seis torneios pela frente: Paulista, Brasileiro, Libertadores, Sul-Americana, Recopa e Copa Suruga, além da chance de Mundial, em caso de título da Libertadores. A intenção é montar um grupo numeroso, com cerca de 27 jogadores.
Perder outros titulares não está nos planos. Pelo contrário: o clube quer ampliar o leque de opções e incentivar a briga por algumas posições, como zaga e lateral esquerda.