quinta-feira, 26 de julho de 2012

Atlético-GO 4 x 3 São Paulo: time da casa faz excelente primeiro tempo e vence a segunda partida no Brasileirão

Atlético-GO e São Paulo se enfrentaram em jogo válido pela 12ª rodada do Brasileirão e fizeram um dos mais interessantes jogos do campeonato até aqui. Apostando na ousada tática do técnico Jairo Araújo, que mandou a campo uma equipe com 3 atacantes, o Dragão foi preciso nas vezes que foi ao ataque e venceu, deixando a lanterna nas mãos do Figueirense, derrotado pelo Internacional. O São Paulo, por sua vez, perdeu o jogo e a chance de encostar nos líderes, caindo para a 7ª colocação.

Primeiro tempo eletrizante e com goleada do Dragão

Futebol é realmente imprevisível. O São Paulo foi ao Serra Dourada embalado pela boa vitória obtida fora de casa contra o Figueirense e buscava a vitória para se aproximar da zona de classificação para a Libertadores. Já o Atlético-GO, dono da casa, tinha pretensões bem mais modestas, desejando a segunda vitória no Brasileirão para tentar escapar da zona do descenso. O que se esperava portanto era um São Paulo mais ativo, mesmo fora de casa, e um Atlético mais fechado, atacando só "na boa".

O que se viu no primeiro tempo, entretanto, foi uma avalanche goiana, a despeito dos minutos iniciais de domínio são-paulino. Nas quatro vezes que desceu ao ataque, o Atlético-GO marcou quatro gols. O primeiro deles saiu aos 17: Marcos cobrou falta da intermediária e Marino subiu livre para mandar para as redes, contando com a colaboração luxuosa do goleiro Dênis. Quase dez minutos depois, Eron partiu para cima da zaga são-paulina e foi derrubado por Douglas dentro da área. Penalti que o goleiro Márcio cobrou no meio do gol, marcando o segundo do Dragão.

Se o São Paulo criou mais no início de jogo, após os dois gols do Atlético-GO, se desesperou. Jadson, camisa 10 da equipe, parecia perdido no meio campo e não conseguia conduzir a bola para organizar as jogadas. Pela esquerda, Cortez tentava os cruzamentos sem muito sucesso, e acabava deixando espaço nas suas costas. E foi por ali que, aos 31, Marcos cruzou na cabeça de Patric, que só teve o trabalho de deslocar o goleiro Dênis.

Somente aos 42 minutos que o São Paulo fez o que dele se espera: boa triangulação entre Jadson, William José e Denilson, que apareceu na área para servir com categoria o jovem Ademilson, que ajeitou para o pé esquerdo e chutou colocado para diminuir. A bola ainda tocou no pé da trave antes de morrer nas redes do goleiro Márcio. Mas não deu tempo do time tricolor se empolgar e planejar uma pressão para o segundo tempo: dois minutos depois, Ricardo Bueno recebeu na entrada da área e deu belíssima assitência para Wesley. Cara a cara com o goleiro, o atacante rubro-negro não titubeou e tocou no fundo das redes: 4x1 ainda no primeiro tempo. Ainda houve tempo para Rhodolfo, aos 46, arriscar de longe e obrigar Márcio a fazer uma bela defesa.

Ney Franco muda, São Paulo cresce, mas o Dragão sai vencedor

Para o segundo tempo, o técnico Ney Franco fez duas alterações ainda no intervalo: colocou Casemiro no lugar do zagueiro Edson Silva, saindo 3-5-2 para o 4-4-2, e também lançou Rodrigo Caio no lugar de Douglas. Com apenas 3 minutos, as alterações já mostraram serventia: Casemiro recebeu de Rodrigo Caio pela direita, invadiu a área e foi tocado por Eron. Penalti que Jadson cobrou com categoria, diminuindo o placar e mostrando que o São Paulo estava vivo no jogo.

As alterações de Ney Franco melhoraram muito o time tricolor. Jadson passou a ser um pouco mais participativo, passando a ter a companhia de Maicon na armação das jogadas. Além disso,  o meio campo mais compacto impediu que o Atlético tivesse a liberdade que usufruiu no primeiro tempo, fazendo com que o São Paulo dominasse os minutos iniciais da segunda etapa. Resultado disso veio aos 17 minutos, quando o São Paulo chegou ao terceiro gol, uma verdadeira obra prima assinada por Rafael Tolói: o zagueiro recebeu na intermediária e soltou uma bomba, que entrou no ângulo do goleiro Márcio. Um golaço, um dos gols mais bonitos do Brasileirão até aqui.

O terceiro gol do time paulista pareceu ter recolocado o Dragão no jogo. Jogando com inteligência, o time de Goiás passou a ter frieza para neutralizar as investidas do São Paulo, reequilibrando as ações no jogo sem abdicar de tocar a bola no ataque. Apenas perto do final que o São Paulo voltou a incomodar a meta do goleiro Márcio: aos 41, Jadson carregou a bola da esquerda para o meio e bateu com muita violência, obrigando o goleiro Márcio a operar um verdadeiro milagre. Aos 49, o último suspiro tricolor: Jadson cobrou falta da intermediária, Rodrigo Caio apareceu por trás da marcação e desviou. A bola passou muito perto da trave esquerda do goleiro Márcio, arrancando suspiros de tristeza dos paulistas e de alívio dos goianos.