segunda-feira, 2 de julho de 2012

Jogos dos líderes Atlético-MG e Vasco encabeçam as polêmicas da rodada#7

A sétima rodada do Brasileirão foi marcada por lances duvidosos envolvendo as vitórias dos líderes. Em São Januário, o Vasco teve uma partida difícil contra a Ponte Preta. O triunfo só veio aos 30 minutos do segundo tempo quando o árbitro Fabrício Neves Corrêa marcou pênalti do volante Lucas após um encontro com William Matheus, que caiu na área. No Olímpico, o técnico Vanderlei Luxemburgo reclamou de falta de Jô em Gilberto Silva no lance em que originou o escanteio do gol do Atlético-MG. Já no clássico paulista, Neymar ficou novamente em foco, mas desta vez por uma falta em Lima. Seria lance para amarelo ou vermelho? Veja abaixo as principais polêmicas do fim de semana:

Santos 0 x 0 Portuguesa - Neymar nos holofotes

No primeiro tempo, a polêmica ficou por causa de uma falta de Neymar. O atacante estava com a bola, mas acabou acertando o braço no rosto de Lima ao tentar a arrancada. Os jogadores da Portuguesa cercaram o árbitro Raphael Claus pedindo a expulsão alegando agressão. Mas o santista recebeu o cartão amarelo.

- O amarelo foi bem aplicado - analisou o comentarista de arbitragem Leonardo Gaciba.

Gaciba destacou também a diferença de critérios entre Raphael Claus, que apitou o clássico paulista, e Paulo Cesar de Oliveira, que trabalhou na vitória do Atlético-MG sobre o Grêmio por 1 a 0 e expulsou Anderson Pico em um lance bem parecido.

- Note que na jogada de Neymar, o atleta (Lima) está longe do seu corpo e ele joga o braço para proteção em uma ação temerária. Recebeu cartão amarelo. Mas foi (uma falta) mais forte que a do Anderson Pico, que foi expulso - afirmou.

No segundo tempo, Neymar caiu duas vezes na área da Portuguesa. Mas Raphael Claus não considerou falta e deixou o jogo continuar. Gaciba considerou as decisões corretas. Ele também não viu simulação do santista, o que forçaria o segundo cartão amarelo e, consequentemente, a expulsão do atacante. 

- Não caracterizaram simulação. Faltou só uma advertência verbal no primeiro lance para evitar a segunda jogada.

Grêmio 0 x 1 Atlético-MG - Expulsão rigorosa

O Atlético-MG assumiu a liderança do Brasileirão com a vitória sobre o Grêmio por 1 a 0, gol de Jô. A partida no Olímpico terminou com os gremistas cercando Paulo César de Oliveira para reclamar da arbitragem. O lance mais polêmico aconteceu aos 37 minutos do segundo tempo quando Anderson Pico foi expulso por causa de uma falta em Pierre. O gremista acertou a mão no rosto do adversário. Mas Leonardo Gaciba considerou o árbitro muito rigoroso no lance.

- Achei exagerada a punição. Não vejo uma agressão no lance, e sim, uma imprudência do atleta. Anderson Pico, no máximo, poderia ser advertido. Particularmente só vejo falta - disse.

Após a partida, o técnico Vanderlei Luxemburgo reclamou de uma falta do atacante Jô em Gilberto Silva no lance que originou o escanteio que saiu o gol mineiro. Apesar disso, o treinador não culpou a arbitragem pela derrota. Para o comentarista e ex-jogador Edinho, o lance citado por Luxemburgo na entrevista coletiva foi normal.

- O Gilberto Silva colocou o braço também (no Jô). Os dois colocaram - disse Edinho.

Flamengo 3 x 2 Atlético-GO - Gol válido

Flamengo Atlético-GO lance duvidoso (Foto: Reprodução SporTV)Felipe em condição legal no gol do Atlético-GO

Na vitória de virada do Flamengo sobre o Atlético-GO, o trio de arbitragem acertou ao validar o segundo gol do time goiano marcado por Felipe na etapa final. O atacante recebeu o passe de Elias atrás da linha de impedimento e, com tranquilidade, tocou na saída do goleiro Paulo Victor. Na lateral direita, um jogador rubro-negro dava condições ao adversário. Mas apesar do gol, o Atlético-GO não teve força para buscar o empate no Engenhão e perdeu pela quinta vez no Brasileirão. O time goiano está na lanterna com apenas dois pontos conquistados após sete rodadas.

Palmeiras 3 x 1 Figueirense - Lance duvidoso entre Román e Caio

Na vitória palmeirense, o atacante Caio, do Figueirense, reclamou muito no primeiro tempo querendo a marcação de um pênalti após ser derrubado pelo zagueiro Román dentro da área. O árbitro Francisco Carlos do Nascimento mandou o lance seguir e a bola ficou com o goleiro Deola. Na jogada, Román escorregou ao correr para a marcação do atacante e os dois se embolaram.

- Ele (Román) se desequilibrou, mas não foi pênalti. O Caio forçou a barra - disse o comentarista Luiz Ademar.

Bahia 1 x 1 Internacional - Reclamações sem motivo

Em Salvador, os jogadores do Bahia questionaram duas vezes Sandro Meira Ricci durante o empate por 1 a 1 com o Internacional. Mas na visão do comentarista e ex-jogador Batista, as decisões do árbitro foram corretas e as jogadas, normais. 

O primeiro lance aconteceu aos 40 minutos do primeiro tempo. Marcado por Bolívar na área, o volante Fahel não conseguiu dominar a bola e caiu alegando ter sido derrubado pelo jogador colorado.

- Ele passou da bola. Não teve pênalti, não - disse Batista.

Já aos cinco minutos do segundo tempo, o atacante Elias ficou preso entre dois marcadores colorados e caiu na área. A torcida protestou bastante querendo a marcação da falta, mas o árbitro mais uma vez mandou a jogada seguir em frente.

- Os dois (jogadores) se trancaram com o ombro, com o braço. Foi uma disputa por espaço. E o Elias ficou para trás. Não daria pênalti, não - completou Baptista.

Náutico 0 x 2 Fluminense - Arbitragem em cima dos lances

Os jogadores do Náutico reclamaram no primeiro tempo querendo a marcação de penalidades. Mas para o comentarista de arbitragem Renato Marsiglia, as duas vezes sem razão. No primeiro lance, Souza cruzou para a área e a bola bateu no corpo de Edinho. O meia queria pênalti alegando toque de mão. Pouco depois houve um lance parecido. Derley tentou aplicar um chapéu em Carlinhos e ficou pedindo um toque de mão do lateral tricolor.

- Não houve nada. A bola nem bateu no braço do Edinho. Ela bateu na coxa e subiu. E no lance do Carlinhos também não houve nada de errado - disse Marsiglia.

No segundo tempo, a reclamação foi em cima de uma falta de Deco, que já tinha recebido o cartão amarelo. A torcida do Naútico queria a expulsão do tricolor. O árbitro Evandro Roman chegou a ameaçar puxar o amarelo, mas acabou desistindo quando percebeu que era Deco.

- Não foi uma falta para expulsão. Para um árbitro expulsar um jogador com o segundo amarelo precisa ser algo mais grave. Aquela lance indiscutível - completou Marsiglia.

Cruzeiro 2 x 3 São Paulo - Amarelo curioso

A partida teve um lance bem estranho. Luis Fabiano recebeu o cartão amarelo por arrancar um tufo de grama do campo e jogar longe logo depois de ter perdido um pênalti. Segundo o comentarista de arbitragem Leonardo Gaciba, a atitude do juiz Marcelo de Lima Henrique de punir o atacante foi acertada.

- Cartão bem aplicado. O jogador não pode fazer marcas ou retirar “pedaços” do campo. Mas compreendo a atitude de Luis Fabiano, estava frustrado com a perda do pênalti - disse.

Na visão de Gaciba, o árbitro também acertou ao marcar um pouco antes o pênalti de Souza, do Cruzeiro, em Lucas, do São Paulo. No lance, um fato curioso. William Magrão, que estava aquecendo atrás do gol, foi reclamar com o árbitro assistente e foi punido com cartão amarelo.

- Entre a bola e o pé do jogador do São Paulo existe o pontapé do Souza. Ele acaba tocando na parte de fora do pé do Lucas. O Lucas vai fazer a passada normalmente e o Souza acaba atingindo. Penalidade - disse Leonardo Gaciba.

Vasco 3 x 2 Ponte Preta - Pênalti polêmico no final

O jogo acabou decidido em um lance polêmico, bastante contestado pelos jogadores da Ponte Preta em campo. Foi aos 30 do segundo tempo. William Matheus tabelou com Diego Souza pela esquerda, invadiu a área e caiu após dividir com o volante Lucas, que recebeu ainda cartão amarelo pela falta. O árbitro Fabrício Neves Corrêa marcou pênalti considerando que o jogador vascaíno foi empurrado. Diego Souza bateu e garantiu a vitória por 3 a 2. O comentarista André Loffredo deu o seu ponto de vista.

- Que noite do Lucas. Ele falhou no segundo gol do Vasco e depois cometeu o pênalti no William Matheus - disse.