Bruno Quaresma
Publicada em 12/08/2012 às 08:06
São Paulo (SP)
Cícero Pompeu de Toledo e Cícero Santos. Se o nome igual ajudasse no entrosamento, a relação entre os dois xarás seria muito melhor. Não que o segundo - o camisa 16 do São Paulo - não jogue bem no primeiro - o estádio do clube -, mas ainda falta algo. Faltam gols!
– Acho que foram só dois gols no Morumbi. Tenho vontade de marcar mais gols no Morumbi, mas isso é trabalhando e, aos poucos, as coisas vão acontecendo – declarou o são-paulino, que acertou nas contas.
Dos 14 gols anotados com a camisa do Tricolor, apenas dois foram no palco em que o time manda suas partidas. Neste domingo, contra o Grêmio, às 16h (com transmissão em tempo real pelo LANCENET!), eles se encontram novamente em mais uma tentativa de levar alegria aos torcedores.
E essa estatística não é exclusividade do jogador. Dos 11 titulares, apenas três (Rogério Ceni, Douglas e Maicon) fizeram mais gols em casa do que em outros estádios.
O jogo contra o Grêmio pode ser diferente para Cícero. Volante de origem, ele já foi zagueiro, lateral-esquerdo, meia e atacante. E é nessa última função que o polivalente atleta deve jogar, caso Jadson seja confirmado para o duelo.
Com Luis Fabiano lesionado, o homônimo do estádio ganhou a vaga de Willian José, especialista na posição. Diante do Fluminense, na última quinta-feira, Cícero jogou dessa forma e marcou de cabeça.
No Campeonato Paulista, ainda quando Emerson Leão era o técnico, ele também foi centroavante contra o Bragantino, e balançou a rede duas vezes, também fora de casa:
– É uma posição que eu gosto de jogar também, se puder estar mais próximo do gol, ali como segundo atacante ou até primeiro. Pude fazer três gols e espero que, se continuar naquela função, eu possa ajudar o São Paulo a alcançar os objetivos.
Atuar na frente pode ser a solução para Cícero desencantar no Cícero.
Confira um Bate-Bola com Cícero:
Por ter feito um gol e jogado bem contra o Fluminense, acha que assegurou a vaga de titular?
A gente sabe que a atuação foi boa, mas infelizmente saímos com a derrota. Não estava nos nossos planos, foi desatenção nossa. Mas é aquele negócio, é o tal do trabalho que a gente tem que ter atenção para não se repetir na próxima.
O que esperar do duelo com o Grêmio, que está na frente do São Paulo na tabela do campeonato?
Será um jogo difícil, jogo contra um time experiente. E o Brasileirão é assim, é um campeonato muito nivelado e muito difícil. A gente tem que ter atenção para estar sempre somando pontos.
Deu para tirar alguma lição da derrota para o Fluminense, na última quinta-feira, em São Januário?
A desatenção que tivemos nos gols que tomamos tem que servir de lição para os próximos jogos. Temos que entrar mais ligados nos próximos jogos para evitar surpresas. Esse é o caminho.
Que avaliação você faz de seu desempenho no último jogo, já que atuou fora de sua posição?
Infelizmente perdemos, mas eu estava me sentindo bem e fazendo um bom jogo na função de atacante. Consegui fazer o gol, mas não foi suficiente para fazer o resultado. Agora é colocar a cabeça no lugar e pensar no Grêmio. Uma vitória pode nos colocar no G4.