Ney Franco, em entrevista coletiva do São Paulo
(Foto: Rodrigo Faber / Globoesporte.com)
Com sete pontos a mais que o Internacional, quinto colocado, o São Paulo está bem perto de se garantir na Libertadores do ano que vem. Na Sul-Americana, o time também faz boa campanha - pode até perder por um gol de diferença para a Universidad de Chile, quarta-feira, no Pacaembu, e, ainda assim, garante vaga nas semifinais da competição.
Mesmo assim, o trabalho de Ney Franco não é unanimidade - e o técnico sabe disso. Nesta sexta-feira, ele voltou a se mostrar incomodado com as críticas que recebeu por uma alteração feita no intervalo do jogo contra La U, em Santiago. Com o São Paulo vencendo por 2 a 0 e um homem a mais em campo, Ney trocou Cortez por Maicon, mexendo em três setores da equipe - Wellingon foi para a lateral direita, Douglas passou para a esquerda e Maicon ocupou uma vaga no meio. O time chileno acabou crescendo em campo depois disso. Ney foi criticado e se irritou com os ataques.
- O importante é que a equipe evoluiu tecnicamente e fisicamente. Como qualquer treinador, eu estou sujeito a fazer uma substituição e não dar certo, o jogador não entrar bem. Mas nós vencemos uma equipe que não tinha perdido em casa este ano (La U), com dois gols feitos, esse é o número que me importa. O resto é fofoca. Às vezes, a crítica é construtiva, mas, às vezes, é um pouco de maldade no coração - disse.
O treinador mandou um recado aos críticos: é preciso ter o mesmo equilíbrio para elogiar e para criticar.
- Contra a Portuguesa, por exemplo, fiz uma alteração acertada porque não tinha lateral no banco. Não ganhamos por um placar maior porque a substituição foi errada. Outra coisa: algumas enquetes colocavam o Willian José como jogador menos votado pela torcida para jogar. Banquei o jogador e ele deu o resultado esperado. Isso faz parte do trabalho do treinador, da responsabilidade que ele tem - finalizou.