Quando Ney Franco chamou Paulo Henrique Ganso para entrar em campo na etapa final do duelo desta quinta-feira, contra a Universidad Católica, ninguém esperava que Lucas é que sairia, já que era o melhor jogador do São Paulo na partida, em Santiago.
Ao fim do jogo, o treinador explicou que a decisão da substituição partiu do camisa 7. Mais tarde, ele próprio confirmou essa versão, justificando exaustão para ir para o banco de reservas aos 25 minutos do segundo tempo.
"O jogo estava muito corrido, pegado, lá e cá. Acabei sentindo muito cansaço, além das pancadas que tomei. Pedi para sair porque tinha jogador com sangue novo para ajudar a equipe", disse o jogador, que infernizou a defesa chilena.
Abusando da velocidade e dos dribles, com direito a um belo chapéu no meio-campo, Lucas foi caçado pelos adversários. Apesar da forte marcação, o brasileiro não entrou na pilha dos rivais.
"Até pensei (em revidar), mas sou um cara muito tranquilo e dificilmente vou perder a cabeça. Tem que saber levar na malandragem. Isso é normal de jogo. Estavam me beliscando, pisando, dando soco, mas competição sul-americana é assim, e o juiz deixa o jogo correr", comentou.
Negociado com o Paris Saint-Germain por 43 milhões de euros, Lucas se apresentará ao clube francês em janeiro. Formado no clube paulista, o jogador de 20 anos tem dito repetidamente que seu maior sonho é sair com o título da Copa Sul-americana. Para disputá-lo, depois do 1 a 1 em Santiago, o São Paulo depende de empate sem gol na quarta-feira que vem, no Morumbi.