Jadson prevê forte pressão para o São Paulo
na Bolívia (Foto: Carlos Augusto Ferrari)
O adversário é outro, a cidade não é a mesma, mas os jogadores acreditam que eles e os torcedores do São Paulo não serão bem recebidos na Bolívia depois da morte do garoto Kevin Espada, de 14 anos, atingido por um sinalizador no duelo entre Corinthians e San Jose, semana passada, em Oruro, pela fase de grupos da Taça Libertadores.
O Tricolor, que já enfrentou o Bolívar nesta edição do principal torneio da América do Sul, voltará ao país para encarar o The Strongest. O confronto está marcado para o dia 4 de abril, às 21h30m, no estádio Hernando Siles, em La Paz, mesmo palco do duelo válido pela fase prévia.
– Temos de esquecer essa tragédia. Claro que a pressão será forte para todos os brasileiros que jogarem lá. Vamos pensar também na segurança dos torcedores. Espero que resolvam tudo para que não aconteça mais nada – afirmou o meia Jadson.
Depois do incidente, 12 torcedores do Corinthians estão presos na Bolívia e sem previsão de retorno ao Brasil. Nesta segunda-feira, o menor H.A.M, de 17 anos, se apresentou à Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos como o autor do disparo que matou o torcedor.
Como penalização, a Conmebol determinou que o Corinthians jogue com portões fechados até o fim da competição. O clube recorreu da decisão, já que havia vendido mais de 80 mil ingressos para seus jogos como mandante, todos no Pacaembu – o prejuízo deve passar de R$ 15 milhões.
O São Paulo, aliás, também se envolveu em problemas com a entidade que controla o futebol no continente. O clube perdeu o mando de campo de uma partida e levou multa de US$ 100 mil (R$ 200 mil) pela confusão na final da Copa Sul-Americana do ano passado, contra o Tigre. O Tricolor deve enfrentar o Atlético-MG, em 17 de abril, no Pacaembu.