Principal jornal dos Estados Unidos, o "New York Times" publicou extensa matéria nesta sexta-feira sobre a paixão do futebol no Brasil. Com detalhes sobre a atmosfera nos estádios e fora deles, calendário e até vocabulário estilizado, um guia foi preparado de olho no aumento de turistas por causa da Copa das Confederações, neste ano, e da Copa do Mundo em 2014, com 12 sedes espalhadas pelo país.
Para ilustrar a publicação, um gráfico resume a história de personagens locais do esporte, citando Pelé e Garrincha até Ronaldo e Neymar. Além disso, descreve gritos e apelidos dos clubes para não fazer feio nas arquibancadas. O Fla-Flu do Campeonato Brasileiro de 2012, vencido pelo Tricolor com gol de voleio de Fred, abre a reportagem. Curiosamente, as equipes voltam a se enfrentar neste domingo, às 16h, em Volta Redonda, pela Taça Rio.
Infográfico do NYT cita times, gritos de torcida e informações históricas (Foto: Reprodução/New York Times )
Segundo o relato, "dizer aos torcedores que parem de cantar porque o outro time fez um gol é como falar ao DJ para parar de tocar a música porque alguém dançou mal". O jornal enaltece a "máquina de samba" que os rubro-negros revelaram ser, apoiando os jogadores.
Palavras do escritor e jornalista Nelson Rodrigues, morto em 1978, também são lembradas: "No Brasil, o futebol desempenha o papel da ficção". De acordo como texto, "os brasileiros falam a língua do futebol fluentemente, enquanto todos os outros têm um sotaque".
No entanto, o "New York Times" alerta que o momento no país não é só de encanto. Além da eventual violência entre as organizadas, cita o caso da americana estuprada após pegar um van em Copacabana, no Rio de Janeiro, e a surpresa pelo fechamento do Engenhão por problemas estruturais. Alerta ainda as famílias para os cantos agressivos dos fãs contra árbitros e rivais.
Em virtude da dificuldade para obter ingressos e do clima diferente em 2014, o jornal avisa que "o melhor momento para aproveitar o futebol brasileiro é fora da Copa".
Passado e presente: Garrincha, Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho no NYT (Reprodução/New York Times )
.