Ney Franco não concorda com cobranças da
torcida (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Ouvir a torcida do São Paulo pedir raça ao time nos momentos de dificuldade virou rotina. Contra o Penapolense, enquanto o jogo estava 0 a 0, os torcedores voltaram a cobrar mais disposição dos jogadores e não agradaram ao técnico Ney Franco. Após o confronto que colocou o Tricolor na semifinal do Campeonato Paulista, o treinador defendeu o time.
- Se tem algo que não falta é raça. Esse cântico é de costume da torcida quando não estamos ganhando. Nós não entramos em nenhum jogo com falta de empenho - afirmou.
São Paulo e torcida vivem uma temporada de amor e ódio. Além de vaias e cobranças nas partidas, os tricolores chegaram a protestar na porta do CT da Barra Funda contra a má campanha na fase de grupos da Taça Libertadores, não poupando nem o atacante Luis Fabiano, um dos ídolos.
Apesar disso, os são-paulinos lotaram o Morumbi no momento de decisão. Mais de 50 mil pessoas foram ao estádio empurrar a equipe rumo à vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-MG que a classificou para as oitavas de final, enfrentando o mesmo adversário mineiro.
No último domingo, a cena se repetiu. Antes mesmo do fim do primeiro tempo, os torcedores pediam raça e gritam “É quinta-feira” em alusão ao jogo com o Galo. A frequência aumentou na segunda etapa, mas, depois do gol contra de Jailton em grande jogada de Osvaldo, a cobrança acabou.
- Se o grito é para demonstrar que a equipe está sem raça, acho que é uma injustiça - ressaltou Ney Franco.