A confusão nas arquibancadas do estádio Couto Pereira, após o empate entre Coritiba e São Paulo, não será prolongada no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O problema envolveu a torcedora são-paulina Milena, de 13 anos, que foi hostilizada nas arquibancadas do estádio coritibano, após receber uma camisa do meia Lucas. Junto com o pai, ela teve que ser retirada do estádio por uma escolta de policiais (veja o vídeo acima).
Segundo o procurador do STJD, Paulo Schmitt, a repressão da violência pela Polícia Militar foi satisfatória. Para ele, a atuação evitou que houve um problema maior. Apesar da violência de alguns torcedores, Schmitt acredita que ela não foi suficiente para enquadrar o Coritiba no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens no estádio.
- A princípio, não pretendo entrar com uma denúncia. A repressão foi imediata. Deu para ver nas imagens das televisões que estavam no local. Com seguranças e policiais agindo rapidamente, não teve como o tumulto ser ampliado. Se tivesse uma falha na segurança, eu poderia entrar com uma denúncia, mas não é o caso - explica.
A menina Milena reside na cidade de Rio Negrinho, na divisa de Santa Catarina com Paraná, e foi ao estádio Couto Pereira com a intenção de conhecer o ídolo Lucas. Porém, ao invés de ficar no lado reservado aos visitantes são-paulinos, ela e o pai ficaram nas arquibancadas da torcida coxa-branca.
Após gritar o nome de Lucas durante o jogo inteiro, com o objetivo de chamar a atenção do ídolo, o meia jogou a camisa na saída do gramado. Revoltados, alguns coxas-brancas xingaram a menina e tentaram agredi-la. Para evitar um desastre, os seguranças e policiais tiraram os dois do estádio. Porém, Milena e o pai foram recebidos no vestiário do estádio e ganharam uma nova camisa do craque são-paulino.
Pelo twitter, Lucas manifesta a indignação com a confusão (Foto: Reprodução / Twitter)
