Lucas, do São Paulo, no desembarque na Argentina
(Foto: Marcelo Prado / globoesporte.com)
Rogério Ceni não esconde de ninguém sua admiração por Lucas. O capitão do São Paulo tenta superar a chateação pela venda do companheiro, 19 anos mais jovem, para o PSG, e na semana passada disse que todos os demais jogadores eram coadjuvantes de Lucas, e que o atacante representava 40% da equipe. As palavras do goleiro mexeram com o rapaz.
Agora, Lucas sente responsabilidade ainda maior de ajudar o Tricolor a conquistar o título da Copa Sul-Americana. E a troca de gentilezas não acabou. O garoto, que tem ótimo relacionamento com o capitão também fora de campo, rechaçou o posto de craque do time. Disse que é “mais um” a se espelhar em Ceni.
- Nem sei como agradecer as palavras do Rogério. O cara é um mito, meu ídolo, espelho para todo mundo dentro e fora de campo. Só tenho a agradecer, e isso só aumenta minha responsabilidade. Ele é mais que a metade do time, com sua experiência, liderança e qualidade, que evita muitos gols. Ele sempre me deu muita força, eu o admiro muito e fico honrado em ouvir isso.
A negociação do atacante com o clube francês foi praticamente inevitável depois da proposta de R$ 108 milhões, sujeitos à correção da moeda quando o pagamento for efetuado, em janeiro. A tendência é que o São Paulo receba até mais do que isso. Cofre cheio, mas time em risco. Ceni está preocupado com o futuro sem Lucas, que não se considera protagonista.
- Eu é que sou coadjuvante do Rogério. Sou apenas mais um, que procuro fazer minha parte, me divertir em campo e ajudar o São Paulo. Se cada um fizer o seu papel, ficamos muito fortes.
Na casa do Boca
A definição de La Bombonera como palco do primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, contra o Tigre, agradou ao craque. Antes de embarcar para o PSG, em janeiro, Lucas terá a oportunidade de conhecer o mítico estádio do Boca Juniors.
O Tricolor não joga na Bombonera desde 2007, quando perdeu por 2 a 1 para o dono da casa, mas conquistou a vaga na fase seguinte da Sul-Americana ao vencer por 1 a 0 no Morumbi. Na época, Lucas estava para completar 15 anos. Em seu penúltimo jogo com a camisa do São Paulo, ele terá chance de atuar no local.
- Gostei. É um estádio famoso, todo mundo fala muito dele, vou ter oportunidade de estrear lá e espero um bom resultado para deixar o título bem encaminhado. Sei que é um caldeirão, com a torcida muito próxima do campo. Eles pressionam bastante, mas não faço a menor ideia de como é o restante do estádio.
O primeiro contato de Lucas com a Bombonera foi na noite de terça-feira, quando o São Paulo fez o reconhecimento do gramado logo após o treino do Tigre.
Estádio La Bombonera pertence ao Boca Juniors (Foto: Zé Gonzalez / Globoesporte.com)