Pouco antes de o Grêmio fazer sua estreia na temporada 2013 em jogo pela pré-Libertadores, diante da LDU, no Equador, o ex-técnico Valdir Espinosa, responsável por levar o clube gaúcho à conquista da Libertadores de 1983 - e que resultaria na conquista do Mundial do mesmo ano, lembrou no 'Arena SporTV' algumas passagens daquela competição continental e características dela. Como torcedor do Grêmio, Espinosa ressaltou sua torcida pelo clube gaúcho, mas acredita que, dentre os brasileiros, Corinthians e Fluminense largam na frente na briga pelo título, que aposta que seguirá no Brasil depois do título do Timão no ano passado.
- Essa pergunta é fácil (sobre quem é o favorito ao título da Libertadores dentre os brasileiros). Se eu responder com o coração, o favorito é o Grêmio. Se olhar o aspecto técnico e tático, Corinthians e Fluminense estão largando na frente, e o Grêmio e o São Paulo um degrau abaixo. E o Palmeiras é a equipe que entra em piores condições. E digo uma coisa: o campeão da Libertadores está entre esses brasileiros - afirmou o também ex-jogador.
Grêmio, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Fluminense e Atlético-MG são os clubes brasileiros que podem ser campeões da competição nesse ano, e os quatro primeiros já conquistaram ao menos uma vez a América. Os dois últimos ainda buscam o título inédito. Espinosa diz que, mesmo que não sofram a pressão pelo título inédito, os que já venceram não podem relaxar.
- A pressão (para ganhar a Libertadores) ela existe. Mas tem outro detalhe. Aquele que ganhou não pode relaxar. Você saber trabalhar com pressão é muito melhor que trabalhar relaxado, você não enxerga bem quando está relaxado - lembrou o hoje comentarista.
Grêmio joga nesta quarta na pré-Libertadores, em Quito, contra a LDU (Foto: Hector Werlang/Globoesporte.com)
Antes de ver a bola rolar em Quito para o duelo entre Grêmio e LDU, no estádio Casa Blanca, Valdir Espinosa relembrou uma das partidas do Tricolor gaúcho pela Libertadores de 1983, quando tiveram que jogar na altitude de La Paz, na Bolívia, contra o Bolívar.
- O que ainda hoje atrapalha é essa história de 'não podermos cair na catimba do adversário', é aí que a gente parte para o desequilíbrio e até para a violência. O importante é que os jogadores e treinador se conheçam bastante. A minha preleção em La Paz não durou um minuto, mas eu conhecia os jogadores, sabia o momento de fazer com que a pressão diminuísse. Naquela oportunidade, a altitude era um fantasma muito maior do que é hoje. E eu disse aos jogadores: 'vamos jogar fazendo um bobinho, reunir quatro, dominar a bola e ficar tocando, quando o adversário vier e igualar o número (de jogadores), nós viramos o jogo e vamos para o outro lado. Não vamos nos preocupar em atacar. No intervalo disse para mantermos esse toque, essa aproximação, e agora sim andando à frente. Moral da historia: vencemos por por 2 a 1, terminamos inteiros o jogo, e aquele fantasma ficou esquecido - concluiu Espinosa.