Bruno Quaresma e Guilherme Palenzuela - 17/01/2013 - 17:46 São Paulo (SP)
O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, cobrou nesta quinta-feira o presidente da CBF, José Maria Marin, por pagar R$ 120 mil/mês de salários ao ex-presidente Ricardo Teixeira, como consultoria. Para Juvêncio, que tinha relação ruim com Texeira - principalmente nos últimos anos, Marin já deveria ter suspendido o pagamento de salários.
Questionado sobre a possibilidade de utilizar as obras de modernização do Morumbi para mostrar à CBF que o estádio teria, sim, condições de ser a sede paulista para a Copa do Mundo de 2014, Juvenal Juvêncio negou que o clube queira usar a reforma como resposta, e disparou contra Ricardo Teixeira, que renunciou à presidência da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa de 2014 em março do ano passado.
- Não tem nada a ver com a Copa. Copa foi uma idiossincrasia pessoal do Ricardo (Teixeira), que está ganhando mais de R$ 120 mil por mês da CBF. Ele não gosta disso, não gosta de futebol. Não gosta de povo, pessoas, é um negócio confuso. Marin tem que parar de fazer isso. Ele não vai sossegar, não vai conseguir dormir uma noite sem os R$ 120 mil que ele paga para o Ricardo. Ele tem que parar de pagar esse salário. Ele deve o que para o Ricardo? Não deve nada! Ricardo teve que ir embora. Em um avião pessoal, que negócio de aeroporto é meio perigoso para ele. Para de pagar esse negócio, que ele não pode pagar. Estou avisando: vai crescer esse negócio - disse o presidente do São Paulo, nesta quinta-feira, no Morumbi, em eventou que marcou o lançamento dos novos uniformes do clube.
Juvenal Juvêncio também comentou sobre a ausência do Morumbi na Copa de 2014, e creditou ao ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira o veto à casa são-paulina. O presidente ainda se disse decepcionado com o ex-governador de São Paulo José Serra que, para ele, não demonstrou interesse em defender o Morumbi, ainda em 2010.
- Foi ele que brigou comigo e falou que matou todos os inimigos dele e só faltava um, o Juvenal Juvêncio. Ele se aproveitou e tirou o estádio. Eu disse a ele: "Ricardo, você vai brigar comigo? Eu sou presidente de um dos clubes mais importantes do país. O que você vai falar lá fora para seus pares?". Ele não era malandro à toa - acrescentou.
- Fiquei muito decepcionado, muito decepcionado. O governo dirigido pelo Serra não respondeu. Eu tive que responder àquela provocação. O governo não reagiu, não disse uma palavra, nem uma nota oficial. Claro que fiquei magoado e completamente chocado - concluiu.