Marcos em evento na noite desta segunda-feira,
em São Paulo (Foto: Maria Clara Ciasca)
Aposentado dos gramados desde janeiro de 2012, Marcos não escapou da polêmica sobre a adiantada de Rogério Ceni no pênalti de Alexandre Pato, neste domingo, na semifinal do Campeonato Paulista. Para o ídolo palmeirense, o árbitro acertou em mandar voltar a cobrança, mas o goleiro são-paulino também foi bem ao tentar desestabilizar o atacante corintiano.
- Não tem o que discutir, o Rogério adiantou muito, mas muito mesmo. Do jeito que foi, seria muito difícil o árbitro não mandar voltar. Mas o Rogério fez certo, era a última cobrança, ele não tinha nada a perder. Foi inteligente e tentou desestabilizar o Pato.
Especialista em pênaltis ao longo da carreira, Marcos entende que a regra gera interpretações. O ex-goleiro é a favor que se limite o número de passos que se pode dar na hora da cobrança para evitar novas polêmicas. Num dos principais lances de sua vida profissional, quando defendeu o chute de Marcelinho Carioca na semifinal da Taça Libertadores de 2000, há quem diga que ele também se adiantou.
O Rogério adiantou muito, mas muito mesmo. Mas ele fez certo, era a última cobrança e não tinha nada a perder"
Marcos
- Teve uma final de Champions, não lembro qual, que o goleiro adiantou demais e colou. Já numa Copa do Brasil, o Diego Cavalieri (contra o Ipatinga, em 2007) caiu em cima da linha e mandaram voltar. Tem de se criar uma regra. Se o goleiro não der um passo para frente, pelo menos, ele bate a cabeça na trave.
No último fim de semana, Marcos viu pela televisão Rafael, do Santos, e Cássio, do Corinthians, se destacarem nas penalidades. Com os dois envolvidos na final do Campeonato Paulista, o ídolo palmeirense aposta que os batedores terão problemas caso a segunda decisão, marcada para o dia 19 de maio, na Vila Belmiro, vá para os pênaltis.
- O Rafael tem uma agilidade absurda. E deve ser horrível bater pênalti no Cássio, o cara é muito grande. Os jogadores vão sofrer, vai ser difícil para os dois lados - apostou.
* Maria Clara Ciasca colaborou sob supervisão de José Gonzalez