O São Paulo quer se precaver contra qualquer problema que os 3.640m de altitude de La Paz possam trazer a seus jogadores, contra o Bolívar, dia 30 de janeiro, pelo último jogo da fase prévia da Taça Libertadores. Para evitar que sintam algum desconforto com a mudança de ambiente, os jogadores só chegarão à capital boliviana poucas horas antes da partida.
Assim que o adversário ficou definido, em sorteio no dia 21 de dezembro, no Paraguai, a comissão técnica enviou à diretoria um roteiro de viagem. Nele, a delegação ficará concentrada por cerca de dois dias em Santa Cruz de la Sierra, distante mais de 800km de La Paz. O grupo treinará na cidade e viajará no período da manhã do dia do confronto.
- Faltam algumas questões de logística para definirmos, mas a ideia principal é essa. Chegando no dia, o atleta não sente tanto, os efeitos da altitude são menores. É chegar e jogar o mais rápido possível - afirmou o preparador físico Alexandre Lopes.
São Paulo teme os efeitos da altitude de La Paz (Foto: Site Oficial/saopaulofc.net)
A cúpula do futebol tricolor teme que um período maior em La Paz traga prejuízos físicos aos jogadores, como dores de cabeça, náuseas e vômito. Por outro lado, o grupo terá de se adaptar rapidamente à maior velocidade da bola, principalmente em chutes de longa de distância, uma das armas preferidas dos clubes bolivianos.
No ano passado, pelas oitavas de final da competição, o Santos teve problemas contra o mesmo adversário. O Peixe perdeu por 2 a 1, em La Paz, com dois gols partindo de cobranças de faltas. Na Vila Belmiro, porém, massacrou por 8 a 0 e se classificou.
O São Paulo decidirá a classificação para a fase de grupos em solo boliviano, já que o primeiro confronto está marcado para o dia 23 de janeiro, no Morumbi.
- O segundo e o terceiro dia são os piores. A grande questão da nossa chegada é se acostumar com a velocidade da bola. É o mais difícil - acrescentou Lopes.
Para evitar sustos, os jogadores do São Paulo admitem a importância de construírem uma boa vantagem de gols no duelo inicial, na capital paulista. A disputa pela vaga vale o futuro do clube no torneio mais importante das Américas.
- Temos de fazer alguns gols e não tomar. Todos os jogos são importantes, mas esse é o do ano para nós - disse o zagueiro Rhodolfo.