Aloísio nem de longe é um dos jogadores badalados do São Paulo, mas, em quatro meses, ganhou o respeito da torcida. Guerreiro em todos os jogos, vibrante a cada lance, o atacante terá contra o Atlético-MG, pelas oitavas da Libertadores, mais uma chance de ser titular. Com Luis Fabiano em má fase e suspenso, o “Boi Bandido” aproveita para se firmar como um dos destaques do Tricolor na competição.
O número é baixo, mas Aloísio foi, ao lado de Rogério Ceni, o artilheiro da equipe na fase de grupos da Libertadores, com dois gols. Contabilizando a fase prévia, em que os são-paulinos enfrentaram o Bolívar, o Fabuloso lidera, com quatro. No entanto, o camisa 9, punido por quatro jogos pela Conmebol, fez apenas um nos duelos contra Galo, The Strongest e Arsenal.
Aloísio teve destaque mesmo sem marcar. Ele sofreu o pênalti convertido por Ceni na derrota por 2 a 1 para os bolivianos, em La Paz. O mesmo aconteceu no decisivo duelo diante dos mineiros: acabou puxado na área por Leonardo Silva e vibrou como se tivesse feito um gol em final de Copa do Mundo. O capitão converteu e abriu o caminho para a classificação.
Quando (a torcida) pede raça, corro mais, dou mais carrinho ainda, não tem problema"
Aloísio
– Quando cheguei aqui, me perguntaram sobre a Libertadores, que era uma competição com as minhas características, um jogo mais pegado, em que o árbitro não marca tantas faltas. É um jogo mais de contato. Fico feliz por estar ajudando – disse.
A vibração durante as partidas virou a marca registrada do Boi Bandido. O jogador busca forças até quando a torcida mostra irritação e cobra raça da equipe, como vem acontecendo nas últimas partidas. Para o jogador, a bronca vinda das arquibancadas serve de motivação.
– Quando pede raça, corro mais, dou mais carrinho ainda, não tem problema. Tenho saúde e sempre vou dar meu máximo – ressaltou.
Apesar de ter uma nova oportunidade para fazer Ney Franco vê-lo como titular, Aloísio mantém o discurso humilde e volta a dizer que a vaga pertence a Luis Fabiano. O Fabuloso estará liberado da suspensão no segundo confronto, dia 8 de maio, em Belo Horizonte.
– Não quero ser reserva e vou brigar pela posição. Mas não tem esse ponto de interrogação. Não está em discussão o que o Luis fez ou faz pelo São Paulo. Estou aqui para ajudar o São Paulo – disse o atacante, autor de seis gols no ano, metade de seu “concorrente”.
