Ceni quer Ganso mais competitivo durante jogos
do São Paulo (Foto: Agência Reuters)
A ida de Paulo Henrique Ganso para a reserva continua sendo assunto no São Paulo. Após a goleada por 5 a 0 sobre o Bolívar, no Morumbi, pela Taça Libertadores, o capitão Rogério Ceni encheu o meio-campista de elogios, mas admitiu que ele precisa de mais vibração para chegar ao ápice de seu talento técnico.
- O Ganso é o cara mais talentoso para jogar no meio de campo que eu já vi. A jogada está na cabeça dele muito antes dos outros. Ele tem de ser mais competitivo. Se ele for, não consigo enxergar ninguém que possa superá-lo tecnicamente. É um bom menino, muito bom caráter e trabalhador. Vai ser uma peça extremamente importante – afirmou.
Contratado em meados do segundo semestre do ano passado, Ganso passou um período no departamento médico em virtude de uma lesão na coxa esquerda. Com a equipe pronta e sem estar em plenas condições, não conseguiu se firmar como titular.
Em 2013, porém, começou na equipe principal na estreia no Paulistão, diante do Mirassol. No entanto, a sequência durou pouco. O técnico Ney Franco optou por dar mais força ofensiva com a entrada do atacante Aloísio diante dos bolivianos. A troca surtiu efeito, e o Tricolor passou fácil, ficando bem próximo da classificação para a fase de grupos.
- Precisamos cada vez mais da parte física dele, da doação. Sabemos que ele tem uma característica de jogo e fica difícil encaixar Ganso e Jadson. São dois jogadores que há dois anos não tínhamos ninguém para essa função. Hoje, temos dois ótimos jogadores – ressaltou Ceni.
Ney Franco justificou a troca alegando também que Ganso ainda não está no mesmo nível de Jadson. Além disso, não quis mexer na estrutura da equipe que acabou 2012 com o título da Copa Sul-Americana.
- É difícil começar o ano disputando um mata-mata que define a classificação. Eu, como treinador, tenho de tomar decisões. Sei que essa decisão de tirar o Ganso mexe com todo mundo – reconheceu.