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lance capital
19 do 2º tempo
Willian José recebeu no meio, passou por dois marcadores e, de pé esquerdo, abriu o marcador com chute de fora da área no canto direito de Marcelo Lomba.
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acordou
São Paulo
Depois de administrar boa parte do jogo no Morumbi, Tricolor paulista acordou após fazer 1 a 0, venceu com extrema facilidade e garantiu sua classificação.
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decepção
Bahia
Mesmo com a formação ofensiva adotada pelo técnico Caio Júnior, o Bahia levou pouco trabalho ao gol defendido por Rogério Ceni durante todo o jogo.
A paciência foi a virtude que garantiu a vitória do São Paulo, nesta terça-feira. O time, que já tinha a vantagem de ter vencido o Bahia por 2 a 0, jogou com o resultado na mão, esperou o adversário se cansar para depois colocar fogo em uma partida que começou gelada. Em casa, no Morumbi, o time até fez brincadeiras no fim do confronto. Com gols de Willian José e Maicon, o São Paulo repetiu o placar e garantiu a classificação à fase internacional da competição.
Não teve reza forte ou orixá capaz de fazer o milagre que o Bahia esperava. Apenas uma vez na história o time venceu o São Paulo por 2 a 0, no Morumbi – em 1988. O visitante não ficou contando apenas com as forças divinas e se entregou em campo, mas não teve fôlego para uma virada histórica. Está fora da disputa da Copa Sul-Americana.
Agora, o Bahia junta os cacos da eliminação precoce na competição internacional para fugir da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. A primeira oportunidade para isso será no próximo domingo, às 18h30m, quando o time recebe o Atlético-GO em Pituaçu.
O São Paulo, por sua vez, comemora a classificação e espera o vencedor do confronto entra a LDU de Loja, do Equador, e o Nacional, do Uruguai. O desempenho no fim do jogo agradou a torcida que fez a cobrança: "ganhar domingo virou obrigação". A equipe se prepara para o clássico com o Corinthians, às 16h do domingo, no Pacaembu, pela 19ª rodada do Brasileirão.
Lucas tenta passar pela marcação de Fahel, no Morumbi (Foto: Dorival Rosa / Vipcomm)
Só tropeços
A promessa era de um jogo aberto. Depois de perder em casa por 2 a 0, o Bahia foi ao Morumbi como franco-atirador. Vencer por apenas um gol de diferença ou ser goleado não faria diferença. Assim, o técnico Caio Júnior municiou o visitante com mais armas ofensivas. O anfitrião esperava, então, ter mais espaço para atacar. Nada disso foi visto em campo.
O Bahia até que foi mais agressivo que o São Paulo. Zé Roberto tentou diversas vezes pelas pontas. Mancini arriscou chutes de fora de área. Sobrava vontade aos visitantes, que atacavam em defendiam em bloco, mas faltavam pontaria e qualidade nos passes.
O único susto na torcida são-paulino ocorreu aos 13 minutos de jogo. Zé Roberto foi à linha de fundo pela esquerda e perdeu a bola para Maicon, só que o volante entregou a bola nos pés de Lulinha. O atacante, em um lance raro de capricho, chutou cruzado, e a bola triscou a trave esquerda de Rogério Ceni.
O São Paulo não foi muito melhor. Paciente, o time jogou com o resultado do primeiro duelo debaixo dos braços. O anfitrião tentava furar a barreira baiana com passes curtos, apostando nas assistências de Jadson. No entanto, assim como o rival, o São Paulo falhava nas definições.
Depois do susto na bola de Lulinha, o time até saiu da zona de conforto e foi mais incisivo em seus ataques. Cícero obrigou Marcelo Lomba a fazer sua única defesa em um chute da intermediária, aos 15 minutos. Mas foi só aos 43 minutos que o time realmente teve uma boa oportunidade. Jadson abriu na esquerda para Cortez, que passou para Cícero, invadindo a grande área. O meia, só com Marcelo Lomba à frente, tropeçou. Um retrato do fraco primeiro tempo.
São-paulinos comemoram classificação na Copa Sul-Americana (Foto: Dorival Rosa / Vipcomm)
Festa são-paulina
Depois de uma etapa inicial para se esquecer, os dois técnicos mexeram nos seus setores ofensivos. Caio Júnior logo colocou em campo os atacantes Vander e Ciro no lugar dos pouco produtivos Gabriel e Júnior. Ney Franco, por sua vez, sacou Ademilson e Jadson para a entrada de Osvaldo e Willian José. As mudanças deram outra cara ao jogo. Melhor para o São Paulo.
Coube a Willian José ser a centelha para acender a então gelada partida. Em uma bela jogada individual, o atacante arrancou sem marcação e soltou o pé esquerdo para estufar a rede de Marcelo Lomba, aos 19 minutos, apenas nove depois de ele ter entrado em campo.
O gol foi um ducha de água fria no já cansado Bahia. Sem forças, o time passou a bater cabeça, especialmente na defesa. Empolgado, o São Paulo aproveitou o momento de desencontro do visitante para ampliar a vantagem. Aos 23 minutos, Osvaldo encontrou Maicon livre na grande área. O volante chutou meio sem jeito. A bola desviou nem Lulinha para enganar Marcelo lomba e entrar no canto direito da meta.
O Bahia precisaria então de quatro gols para seguir na competição. O time então desistiu, parou em campo e só assistiu às brincadeiras são-paulinas. Os minutos finais da partida foi um festival de gols perdidos. Paulo Miranda tentou por cobertura, mas Marcelo Lomba se esticou para evitar mais um tento. Osvaldo arriscou de letra e também parou no goleiro. O anfitrião jogou para fazer a festa da torcida.